35 [Castelobruxo é a melhor]

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— Pelúcio ficaria louco com isso. — disse o magizoologista boquiaberto.

Ele encarou a enorme construção a frente dele e da auror. Castelobruxo era um enorme templo de pedras quadradas e douradas. A floresta em verde vivo que estendia-se até onde a vista poderia alcançar parecia dar espaço para a escola, uma companheira antiga da mata.

— Ainda bem que não trouxe sua mala. — Tina comentou.

Os dois avançaram para frente. Subiram as escadarias que levavam a uma grande entrada principal, alunos em roupas verdes, sem mangas e que pareciam um tecido bem menos grosso que o uniforme de Hogwarts passaram pelos estrangeiros, alguns lançaram olhares curiosos e outros nem repararam.

Newt tinha as passadas interrompidas por si mesmo ao tentar absorver todos os detalhes: as estátuas de animais nativos que saltavam das paredes, tapeçarias em verde, amarelo e azul, os traços entalhados nas pedra. Tina, apesar de surpreendida pela aparência da escola, conseguia manter-se focada em achar a sala da diretora.

— Desculpe. — uma garota de pele morena e cabelos cacheados curtos pediu quando esbarrou no homem.

Newt parou de olhar para o alto, a garota, que provavelmente estaria no último ano, arregalou os olhos ao olhar o britânico com mais atenção.

— Newt Scamander? — ela indagou.

O homem assentiu, não entendendo como a brasileira o reconheceu. Uma das coisas que Newt gostou nos meses que passaram-se no Brasil foi que ele ainda permanecia um bruxo qualquer. A brasileira remexeu a bolsa que tinha no ombro e tirou um exemplar de animais fantásticos, a edição de capa vermelha e obviamente em inglês. O livro do magizoologista ainda não havia sido traduzido para nenhuma outra língua, apesar que o tópico andava sendo comentado pelo editor.

— Você poderia assinar? — ela estendeu o livro e mais uma pena junto.

— Claro. — ele abriu o livro na palma da mão e pegou a pena, assinando o próprio nome na primeira página.

A morena pegou o livro de volta e sorriu, enfiando na bolsa e voltando a caminhar.

— Poderia nos mostrar onde é a sala da diretora? — perguntou o magizoologista. — Qual o seu nome mesmo?

— Ana Leal. — ela apresentou-se e começou a andar novamente na direção dos dois bruxos. — Eu mostro, é por aqui.

O corredor estendeu-se mais alguns metros e então alargou-se num grande salão, outros três corredores ligavam-se a ele. Havia enormes pilares, um distante dos outros, em que três estatuas de pedra apoiavam-se, cada uma diferente da outra, o teto era um mosaico que formava três figuras que Newt supôs ser as mesmas das estatuas, pedras mais escuras formavam desenhos pelo chão do salão.

Ana não ficou boquiaberta como o magizoologista, passava por ali desde os onze anos. Todo o ouro já havia se tornado comum.

Ana retomou as passadas, sendo acompanhada pelos dois atrás. Seguiram para o corredor, tão largo quanto o outro que haviam passado primeiro, corredores menores ligavam-se a ele. Entraram num deles e subiram escadas, pararam em frente a uma porta de altura maior que outras pela quais passaram.

A cacheada bateu duas vezes na porta, a madeira desdobrou-se como se fosse de papel. Ana entrou na sala e gesticulou para os dois acompanhantes. Uma mulher que aparentava ter seus cinquenta anos virou-se e afastou-se da janela onde estava, o magizoologista notou uma arara voando para longe.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora