18 [Palak paneer]

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A porta se abriu com um 'clic' e Tina não desviou a atenção dos papéis que tinha em mãos.

— Esqueceu seu chapéu. — ela molhou a pena no tinteiro.

— Me disseram que estaria aqui.

Ela levantou o rosto e deu um sorriso cansado para o magizoologista.

— Suponho que tenha sido Sthepen Ross. — ela ergueu um chapéu. — O dono.

— Ele se apresentou assim. — Newt olhou para as pastas que estavam espalhadas pela mesa. — Melhor parar por hoje.

— Estou pensando nisso. — ela juntou os papéis e guardou a pena e o tinteiro na gaveta. — Eu preciso jantar.

— Você ainda não jantou? — ele recebeu uma afirmação. — São quase nove horas, o jantar já foi faz tempo.

Tina alargou as orbes ao verificar o relógio no pulso.

— Não acredito que fiquei aqui tanto tempo. — ela lamentou.

— Quer entrar? — ele bateu o dedo na maleta. — Eu posso preparar alguma coisa.

Uma semana passou desde a última vez que esteve lá. Considerou que precisava de uma pausa e a melhor maneira de faze-la era isolar-se naquela mala, que parecia não ser afetada por nada do mundo afora.

— Eu gostaria disso. — ela declarou com um sorriso.

Newt colocou a mala no chão e abriu as presilhas de metal, ele desceu antes de ouvir um protesto da auror. Ela olhou para dentro da mala e balançou a cabeça em desaprovação.

— Alguém vai pegar isso por engano de novo. — ela gesticulou para que o magizoologista subisse. — Coloque no meu quarto, não precisamos de criaturas mágicas pelas ruas de Paris.

Newt concordou com um dar de ombros e juntamente um sorriso rápido e meio torto. Seguiu Tina para quarto e dessa vez foi uma felicitação não vê-a com lágrimas nos olhos e muito menos com o tom de voz elevado.

— Alguma preferência? — ele foi  pra fora da cabana, onde havia um pequeno fogão.

— Qualquer coisa está bom. — ela entrou por inteiro na maleta. — Estou começando a me cansar de comida francesa.

Ela observou Newt cortando habilmente pedaços de legumes e os colocando no fogo. Mais alguns minutos e Tina estava sentada no chão usando um caixote como mesa improvisada com uma tigela contendo uma boa porção de pasta verde

— Eu sei que a aparência não é das melhores, mas é muito bom. — ele ofereceu uma colher a ela. — Vamos, eu não vou envenenar você.

— Essa frase é minha. — ela pega a colher e a tigela oferecidas.

O aroma de temperos invadiu o nariz dela ao aproximar a colher da boca.

— Mercy Lewis! — ela exclamou. — Isso é uma delícia. O que é?

O magizoologista sorriu e ela engoliu mais uma colherada.

— Palak paneer. — ele respondeu.

— Como? — ela riu pelas palavras que nunca escutou. — Palaky pener?

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora