36 [O brinde das brasileiras]

926 73 365
                                    

O magizoologista ficou alguns instantes com as costas coladas ao que deveria ser a base de uma estátua. Enquanto tentava normalizar a própria respiração, pode perceber que Grindelwald e Dumbledore continuavam a duelar, próximos a uma das entradas. Cada feitiço tentava sobrepor-se ao outro, mas com constante fracasso.

Ele avistou a americana, que duelava com um dos seguidores. A varinha dela saltou das mãos, a morena recuou tentando alcança-la, o homem abriu um sorriso perverso e ergueu um pouco mais a dele.

Newt reconheceu o feitiço que ele iria lançar pelo movimento dos lábios.

A auror foi lançada no chão, mas não por decorrência da maldição, por Newt. O britânico evitava que o peso de si próprio caísse sobre a morena mantendo os braços como apoio, ela empurrou o peito dele com o cotovelo e rolou para o lado, agarrou a varinha e investiu com o bruxo das trevas.

— Incarcerous! — as mãos do homem foram para trás de imediato. — Destruccio! — o homem soltou um grunhido pela dor no braço.

Tina procurou pela varinha do homem, que havia sido mandada para longe bem a tempo para evitar a morte da morena. Fez questão de pega-la e quebra-la ao meio.

Agarrou o braço ferido do homem, ignorando o segundo grunhido de dor mais alto, e seguiu para a entrada da escola. Deu uma rápida olhada em Newt por de trás dos ombros, mas continuou a andar.

Ele teve a chance de reparar que a batalha parecia tomar rumo para o fim. Haviam seguidores que estavam presos, viu vários dos aurores brasileiros levando outros bruxos escadaria acima. Também houve as mortes, ele notou isso quando avistou um corpo inerte de um dos brasileiros sobre os escombros do que deveriam ser das estátuas que enfileiravam-se até a entrada.

Não foi o último corpo que ele viu ali.

— Newton! — Theseus aproximou-se do mais novo. — Achei que tivesse caído fora.

Theseus bloqueou uma série de feitiços lançados por um dos seguidores, depois deixou o homem desconhecido inconsciente e continuou a correr.

— Voltei. — disse Newt num dar de ombros antes de virar-se para copiar o ato de Theseus contra outro seguidor.

O Scamander mais velho começou a subir as escadas, o avanço frenético de Theseus parou e Newt percebeu o motivo: Dumbledore segurava Grindelwald por um dos braços, estes atados, o bruxo loiro parecia indiferente pela derrota.

— Senhor Scamander — chamou Dumbledore. —, há uma prisão para ser feita.

Theseus voltou a subir as escadas, tomou o cotovelo do loiro. O homem sorriu para Dumbledore.

— Sabe que isso não adiantará de nada, Albus? Ninguém vai impedir o bem maior. É uma lei natural, nós somos superiores a eles.

Dumbledore manteve-se calado. Theseus apertou com mais força o braço do bruxo e conteve-se para manter a postura de auror e não dar um bom soco na cara.

Newt encarou o professor, mas não fez nenhum comentário. Não havia o que ser dito.

— Newt, peço mais um favor. — iniciou o bruxo mais velho. — Não fale sobre esse duelo para os jornais ou qualquer pessoa que não seja de sua total confiança. Não quero que isso se espalhe. Avise isto ao seu irmão, ele deverá passar as mesma instruções para os aurores aqui presentes. Sigilo, por favor.

O magizoologista assentiu, mesmo que não entendesse completamente os motivos de tal pedido; o professor deu o primórdio de um sorriso e saiu andando.

Newt observou a vista abaixo dele. Seria muito melhor sem os escombros e, de forma fatídica, alguns corpos.

— Acabou? — perguntou uma voz feminina.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora