O magizoologista desceu para o bar, a pedido de Jacob, e ficou surpreso ao encontrar Leta no meio dos outros bruxos frequentadores de lá. Não certo dizer ela o motivo de estranhamento, estava hospedada lá afinal, mas a presença de outro homem.
Era loiro, de feições que pareceram simétricas e proporcionais demais para Newt, alto e esguio. Sorria para ela e segurava o paletó nos braços, Leta sorriu também, ato que pareceu de real felicidade. O homem inclinou-se, mas Leta deu um passo para trás e estendeu a mão, o sorriso tornou-se mais provocativo. Ele beijou a mão da Lestrange e depois deixou o terno nos ombros da mulher. O homem sumiu pela porta que levava a biblioteca das brasileiras, Leta tirou o terno dos ombros e o deixou pendurado no braço.
— Newt, Sr. Kowalski. — ela saudou, aproximando-se da mesa que estavam os dois.
— Quem era? — perguntou o bruxo.
— Tenho meus conhecidos. — ela respondeu, enigmática. Sentou, deixando a peça masculina dobrada em cima do colo e pondo fim ao assunto.
Um trio aparatou em meio aos clientes. Theseus, Robert e Tina pareciam miseráveis com as roupas sujas de pó e rostos cansados.
— Eles são burros! — definiu Theseus num tom alto o suficiente para Newt conseguir distinguir a voz do irmão em meio a tantas outras.
Newt e Jacob levantaram da mesa, Leta demorou mais alguns segundos para decidir acompanha-los.
— Tiveram notícia de Grindelwald desde março, os ataques começaram logo depois, mas não! — Theseus bateu uma mão no balcão. — Não acharam necessário colocar um feitiço anti-aparatação no ministério!
— Serio que o ministério daqui ainda não aderiu feitiços de anti-aparatação? — perguntou Marina, que pausou a conversa com Beatriz e redirecionou a atenção para os aurores. — Uau, não mudou muita coisa por aqui.
— Eles tem em algumas partes, sala de interrogatório, onde há julgamentos, celas temporárias. — Robert explicou e sentou no banco com um suspiro. — De qualquer forma, não acho que impediria o ataque.
— Sim, mas dificultaria. — rebateu Theseus. — Que tipo de ministério não aplica o mínimo de segurança ao ter um bruxo das trevas no país? Agora eles decidem colocar, depois que o estrago foi feito.
— É o modo daqui. — Tina deu de ombros, apesar de concordar com Theseus. — Como as leis menos rigorosas do seu ministério.
— Lembre que agora também é o seu. — Theseus apontou. — E está sugerindo que nossas leis são frouxas?
— Bem, em comparação com o MACUSA, sim. — ela assentiu para reforçar as palavras.
— Vocês americanos que tem leis desnecessárias. — Theseus declarou. — Ah, por favor, proibir relacionamentos entre trouxas e bruxos? Restrição total ao porte de animais mágicos? Permissão para varinhas? Nos poupe.
Tina abriu a boca para defender as regras americanas, mas - em parte — era verdade, a lei de rappaport havia impedido a irmã dela de casar-se com Jacob, resultando que os dois tiveram de mudar. Permaneceu calada, sem mais argumentos para defender o congresso.
— O que aconteceu? — perguntou Jacob para nenhum dos aurores em particular.
— Grindelwald invadiu o ministério. Como a entrada para lá fica no teatro daqui, causou confusão com os trouxas também. — respondeu Robert. — Noite de estreia, o lugar estava cheio.
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Como prometi, voltei [Newtina]
FanfictionO coração da auror palpitava. Um ano e três meses. Foi esse o tempo que Tina não tivera contato com Newt, exceto pelas cartas que trocavam. E agora o magizoologista estava a sua frente segurando sua maleta e o próprio livro recém publicado. Ele havi...