14 [Vivo]

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Era o primeiro sábado do mês de junho. Uma parte dos aurores estava reunida na sala após o jantar. Em algum momento, enquanto Tina lia uma entrevista com os jogadores de Appleby Arrows — soube que era um time muito popular entre ingleses e irlandeses — uma auror francesa cantou o trecho de uma música.

Logo boa parte dos franceses a acompanharam e alguns americanos começaram a bater palmas no ritmo da canção. Stephen puxou a esposa para uma dança, a animação se espalhou pela sala e todos ali precisavam de um pouco de diversão.

Os britânicos se empolgaram também, uma outra canção encheu os ouvidos dos que estavam presentes. O casal Ross dançando com entusiasmo e rindo, música após música.

Tina observou tudo com um sorriso pequeno, todos ali rindo e tendo um momento alegre — mais que merecido com o tanto que estavam trabalhando em rondas por diversos pontos da cidade — foi o suficiente para renovar suas energias. Ela voltou a ler o jornal com o humor melhorado.

Tina ergueu os olhos do jornal para ver o motivo da cantoria ter parado.

Um auror que ela reconheceu ser francês pelo casaco cor de areia aparatou no meio da sala e começou a falar rapidamente. Ele se aproximou e trocou um rápido diálogo com outro. Todos os aurores franceses desaparataram, apenas Burnier ficou.

— Está tendo um ataque. — disse a voz carregada com o sotaque francês e cansaço.

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— Não faça barulho. — recomendou Queenie.

Jacob concordou com a cabeça e continuou a subir as escadas.

— QUEENIE? — a voz da Sra. Esposito fez Jacob paralisar.

— Sou eu! — disse Queenie.

— Está com alguém?

— Claro que não. — Queenie gesticulou para que Jacob continuasse.

Quando a loira entrou Jacob já estava sentado no sofá. Ele batia a mão esquerda no estofado tentando liberar o nervosismo que sentia. Ela havia dito precisar conversar sobre um assunto sério, mas não especificado. Ele temia que ela quisesse terminar o namoro.

— Se acalme. — disse ela. — Não é nada disso.

Jacob olhou para ela, pensando se estava com uma expressão tão nervosa assim no rosto.

Ela pegou a mala de couro que estava perto da lareira e foi para o quarto, Jacob esticou o pescoço para tentar vê-la antes da porta ser fechada.

Ela abriu a maleta e entrou.

— Queenie? — Newt deixou de lado as próprias anotações. — Já é hora do jantar?

— Na verdade não, preciso de um favor. — ela fez uma pausa e mordeu o lábio. — Vou contar para o Jacob que somos bruxos.

Um som de engasgo escapou da garganta do britânico.

— Perdão?

— Você está parecendo Tina pensando desse jeito! — Queenie cruzou os braços.

— Desculpe. — disse Newt. — Ela pediu que eu ficasse justamente para assegurar que você ficaria bem.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora