29 [Desafio]

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— Eu duvido. — declarou Theseus.

Theseus instalou-se na hospedaria a menos de uma semana. Após um dia particularmente estressante com decisões que foram tomadas em conjunto entre o ministério local e o britânico, ele decidiu descer pelo menos uma vez ao bar. E lá estava ele, acompanhado por Robert e decidido a provar que as brasileiras estavam erradas.

Acho que entendi errado. — Mariane balançou a cabeça e cutucou Beatriz. — Ele não disse isso.

Beatriz recuperou-se do ataque de risos:

Disse que não acredita que os brasileiros saibam aproveitar melhor uma bebida que os escoceses.

Ele não é escocês. — replicou Mariane.

Ele estudou em Hogwarts, fica na Escócia. — lembrou Beatriz.

Desculpe se como todo bruxo brasileiro eu estudei na Castelobruxo. Diferente de você. — Mariane revirou os olhos. — Agora voltando ao ponto brasileiros versus ingleses que se consideram escoceses...

Mariane sumiu para baixo do balcão e voltou distribuindo duas fileiras de copos pequenos. Theseus franziu as sobrancelhas.

— É um desafio. — explicou Beatriz. — Mari vai colocar apenas bebidas nossas. Tome uma atrás da outra. Quem parar ou demorar perde.

— Sério? — Theseus soltou algo entre um riso e uma bufada. — Senhoritas, eu tenho um grupo de aurores para comandar amanhã.

— Está com medinho de perder? — perguntou Robert, erguendo uma sobrancelha.

— Fique quieto. — Theseus mandou. — Ainda sou seu chefe.

— Você é meu chefe quando estamos com o departamento. — corrigiu o Robert. — Não sabia que esse bar tinha virado sede do ministério.

Theseus bufou antes de voltar a encarar a fileira de copos. Mari já os preenchia com bebidas, cada uma de cor distinta.

— Com quem eu vou competir? — perguntou o Scamander.

— Comigo. — Beatriz levantou, já pronta para pegar um dos pequenos copos.

— A senhorita? — Theseus duvidou. — Não tem cara de quem bebe muito.

— Como se isso estivesse escrito na testa de alguém. — Mariane bateu a garrafa no balcão dizendo a frase no melhor inglês que pode. — Vamos logo. Preparar... — ela fez uma pausa dramática enquanto os dois desafiantes colocavam os dedos sobre os copos. — Já!

Beatriz e Theseus tomaram a primeira, a segunda, a terceira e assim por diante até chegar a sétima e última dose. Theseus engasgou com a bebida final. Beatriz tomou o curto gole apenas enrugando o nariz.

Eu sabia. — Mariane sorriu. — 1×0 para os brasileiros.

— O que é isso? — Theseus soltou uma lufada de ar tentando tirar a ardência da garganta e percebeu uma fina fumaça, saindo dele mesmo, subir.

— Nariz do diabo. É uma receita da Mari. — revelou Beatriz. — Uma melhorada no whisky de fogo, junto com caipirinha, mais umas coisinhas e bem... o resto é segredo da receita.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora