21 [Ladrãozinho]

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O sangue manchava a roupa da garota na altura do estômago, as pálpebras se fecharam e Tina sacudiu com delicadeza, que não combinava com o desespero nos olhos, os ombros dela.

Nos braços dela estava uma garotinha de cachos castanhos claros que Tina não daria mais do que oito anos.

— GOLDSTEIN! — a voz de Sthepen entrou distante nos ouvidos de Tina. — TEMOS QUE IR!

Sthepen a puxou pelo braço e com um feitiço impediu que um pedaço do teto caísse sobre eles, Tina correu junto com ele e então ela parou. Talvez um instinto ou uma sensação, mas a mensagem do cérebro foi clara: Pare. Ela virou a cabeça para trás e forçou os olhos a enxergar na nuvem de poeira e na fumaça que começava a tomar conta do lugar.

Ela avistou um braço que saía de baixo de um armário derrubado. Um movimento.

— TINA! — ela ignorou a voz de Percival.

O armário foi arremessado ao comando da varinha e revelou um garoto. Ela pegou o menino, os braços dele prenderam-se no pescoço dela. Ela virou a tempo de ver uma mulher atrás de Percival.

— Sr. Graves! — ela ergueu a varinha, mas não rápido o suficiente.

Percival foi lançado para cima, ele caiu no chão e em seguida ouviu-se o som de algo quebrando. Um raio vermelho atingiu ele e ocorpo dobrou com a dor.

— Expelliarmus! — Tina segurou com mais firmeza o menino enquanto desarmava a mulher. — Incarcerous!

Collins pegou a mulher pelo braço e ela lançou um sorriso de desdém para ele e Tina.

Ross passou o braço de Percival pelo próprio pescoço e segurou o auror quase inconsciente. Tina seguiu para a rua com passos velozes e frenéticos, desviando dos escombros e do fogo.

Ela barrou um auror francês. O homem olhou com confusão para ela e a criança.

— Besoin de l... — a morena não conseguiu formular a frase em francês. — Precisa leva-lo ao hospital! Entende? — ela passou a mão pelo cabelo do menino. — Está ferido!

O auror francês franziu o cenho e houve um momento de hesitação antes de pegar o garoto.

Tina viu a mesma mulher que atacou Percival fugindo pela rua, ela dobrou a esquina seguindo a bruxa. Apontou a varinha e a mulher caiu de joelhos e com as mãos para trás.

— Goldstein, não é? — a mulher tinha um sorriso petulante e os olhos brilhavam com diversão, realmente não se importando em ter sido pega. — Vocês são tão ingênuos pensando que prendendo meia dúzia de nós vão impedir o bem maior.

— Accio.

— Minha varinha ficou lá trás — as palavras carregadas com o sotaque e provocação. — Se é isso que está procurando.

— Como fugiu? — a varinha ainda era apontada para a dominada.

— Estão enganados pensando que tem tudo sobre controle. Nós temos olhos em todos os lugares.

Tina levantou a mulher e encarou a expressão ainda sorridente e quase vitoriosa. Apertou uma mão ao redor do braço dela e a puxou pela rua.

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Newt estava em pé no salão da mansão esperando por Tina e Theseus. Erguendo a cabeça toda vez que escutava a porta abrir ou quando aparatavam. A morena e o Scamander mais velho entraram na mansão, ambos com os cabelos e casacos sujos com poeira.

Theseus falava com Tina, a americana por sua vez apenas assentia e mastigava o lábio inferior. Ele tocou o ombro de Tina e indicou o magizoologista que vinha na direção dos dois.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora