30 [Ninguém gosta de hospitais]

751 72 346
                                    

Dois homens aparataram na sala. O que encontrava-se apoiado num brasileiro era Theseus, Newt soltou um suspiro de puro alívio em ver o irmão vivo; o mais velho olhou com fúria clara para o mais novo.

— Eu te disse para não entregar o garoto! — o tom de voz de Theseus beirava os berros.

Newt abriu a boca para responder, mas não havia nenhuma frase formulada. Tornou a abri-la de novo, dessa vez conseguindo falar:

— Eu não o entreguei. — disse Newt. — Ele está com Queenie.

— Eu o vi, Newton. — Theseus bateu os dedos no peito. — Alguém o entregou. Você não podia ficar olhando ele?

Robert aproximou-se e colocou uma mão no ombro do outro auror. Theseus livrou-se da palma do amigo e deu um passo manco na direção do mais novo, ignorando a dor nos músculos e ossos.

— Você precisa ir a um hospital. — disse o Possey.

— Não me venha com essa. — Theseus cuspiu as palavras e voltou a olhar Newt. — Uma única coisa. Só não deixar Grindelwald ter o obscurus de novo. Só isso.

Em completa exasperação, Robert agarrou o ombro do bruxo enraivecido e desaparatou, sem tempo para qualquer protesto. O magizoologista aparatou no bar, estava prestes a subir as escadas quando viu os cachos de Queenie em alta velocidade.

— Newt! Newt! — a loira corria escada abaixo ao encontro do magizoologista, empurrando aqueles que estavam na frente. — Você viu a Teenie?

— Estava procurando ela.

A loira tinha ambas as mãos apertadas em punhos em cima do peito, mastigando o interior da bochecha e tomada pela preocupação.

— Eu sinto que tem alguma coisa errada. — ela confidenciou. — Mas eu não consigo saber o quê.

A expressão da loira ficou horrorizada e depois mergulhada em completo estado de pânico.

— Não! — a loira quase gritou quando finalmente conseguiu ler os pensamentos da irmã.

O magizoologista deu um passo hesitante em direção a mulher, os ombros tremiam e os olhos envoltos pelo desespero.

— Queenie? — Newt tocou o cotovelo dela.

— Eu não acredito que ela fez isso. — a loira tentava ficar calma para concentrar-se no local exato que a irmã estaria, mas a dor da mais velha tomava tudo.

Os olhos do magizoologista eram preocupados, nunca viu a loira daquele jeito. Qualquer vivacidade ou alegria nata parecia ter sumido.

— Vamos, Teenie. — a loira murmurou, então ela conseguiu ver a casa velha perto do viaduto.

A loira tirou a varinha da manga do vestido e aparatou lá. Entrou na casa com a varinha erguida, subiu as escadas e olhou cada um dos quartos. Concentrou-se novamente nos pensamentos da irmã, ela estava ferida e a dor enchia toda a mente, sem deixar espaço para qualquer outra coisa.

Queenie voltou para o bar, no corredor do andar de cima, e empurrou a porta do quarto seis. Encontrou a morena no chão, o sangue pintava a pele dela e as roupas de Credence, desajeitadas nela, estavam rasgadas e mostravam parcialmente os ferimentos no lado direito do corpo.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora