60- Inferno

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PtVst Mingus

Eu vi ela cair, eu vi a Emylle despencar de mais de 50 metros de altura e não pude fazer nada porque estava descendo primeiro, se eu tivesse descido ao lado dela, isso não teria acontecido. Não consigo parar de pensar nas coisas que eu poeria ter feito para salvar ela, para impedir que ela caísse e não fiz.

  Quando vi ela caída no chão, desci o mais rápido possível para ver ela. Julian não parecia muito comovido com a situação, o que me deu mais raiva ainda.

Cheguei no chão e as pessoas já estavam tumultuando perto dela. vi Kat ao seu lado, ela não parava de chorar, corri até elas e me ajoelhei.

Eu: Eu não podia ter deixado isso acontecer, ela disse que não queria ir eu eu insisti.
 Falei enquanto chorava e passava a mão pelos cabelos atordoado. Eu não sabia o que fazer, não tinha o que fazer.
Katherine: Isso não foi sua culpa, não foi você que empurrou ela.
Eu: Mas eu insisti que ela fosse, eu fiz ela ir.
Katherine: Você não iria adivinhar que isso iria acontecer, não tem que ficar se culpando.
  Falou enquanto chorava. Aquela cena era perturbadora.
Chandler: O que... o que é isso na cabeça dela?
   Cheguei mais perto e vi que era sangue.
Eu: Ai meu Deus. A cabeça dela tá sangrando. Kat, não mexe nela de jeito nenhum.
  Disse e ela parou, não se mexeu mais.
Eu: Ninguém vai chamar um Médico ou algo do tipo?!
  Gritei o mais alto possível enquanto olhava para todos que estavam ali.
Eu: Vocês vão deixar ela morrer para fazer alguma coisa?!
Gritei desesperado. 
  Senti uma não no meu ombro e me virei rapidamente
Julian: Mingus, calma. Vai ficar tudo bem. Já mandei chamarem o médico daqui, já devem estar votando.
Eu: Olha, não vem com essa de calma pra cima de mim, não. Isso não vai colar. E você deveria estar bem preocupado sabia, porque se algo acontecer com ela, eu juro por Deus, Julia, eu vou cuidar para que sua vida vire um inferno!
Julian: O quê?! Você não pode fazer isso.
Chandler: Ele pode, sim, Julian. Você era o instrutor dela e deixou ela cair. Ele tanto pode, como vai fazer. Ele tem total apoio de todos aqui e provavelmente o pai dele vai apoia-lo também.
Julian: E quem é o pai dele na fila do pão?
Eu: Apenas Norman Reedus.
Julian: Norman... Reedus? O ator de The Walking Dead?
Eu: Existe outro? Acho bom você arranjar um bom advogado, porquê eu garanto, que os meus serão bons, e muito.

    Eu não tinha porte físico para falar com um cara como ele, normalmente eu nem ao menos ousaria levantar meu tom de voz. Mas agora é diferente, totalmente diferente. Estou com ódio del, do que está acontecendo, de tudo. É uma sensação horrível ver uma pessoa que você gosta praticamente com o pé na cova. 
Eu acabei de conhecê-la, não posso perdê-la, e ainda mais dessa forma. Nunca conheci alguém como Emylle, ela é uma pessoa extraordinária.  

Kat não falava nada, Kaydan muito menos. Eles apenas ficavam parados chorando. Aquilo era agoniante, toda aquela esperava já estava me deixando louco. Estava andando de um lado para o outro até que alguém grita e eu paro na hora.

Pessoa: Aqui estão eles.
 Olhei na direção da voz e vi um cara alto com uma maleta na mão, provavelmente o médico, eu espero.
Dr. Argent: Sou o Dr. Argent. Christopher Argent. Pode me contar o que aconteceu?
Eu: Sou Mingus. E com certeza eu vou te falar.
  Comecei a contar tudo a ele e de como ela caiu.
Dr. Argent: Faz tempo que a cabeça dela está sangrando?
Eu: Faz uns 10 minutos.  
Dr. Argent: Ótimo. Quer quiser ajudar vem aqui me ajudar a levar ela e quem não quiser saí da frente. Se não ajuda, não atrapalha também. Mingus, você está abalado demais para carregar ela, então peço que não se aborreça com isso.
Eu: Tudo bem.
  Ele estava certo, eu realmente não tinha condições de carrega-la. Quatro garotos vieram para ajudar, e um deles era o tal de Peter, junto com ele, veio a Débora. Meu Deus, ela não estava sabendo até agora.

Débora: Gente, o quê que tá acontecendo?
  Falou passando pelas pessoas. 
Débora: Não. Não! Por quê ela tá assim? O quê aconteceu, Mingus?!
  Falou segurando na gola da minha camisa e chorando.
Eu: Ela caiu, ela despencou despencou na metade da decida.
Débora: Você esta dizendo que ela despencou de lá, mesmo com você e o Julian lá com ela?!
Eu: Sim.
  Disse meio sem jeito, ela estava transtornada, dava pra ver a raiva pelos seus olhos.
Débora: Onde está aquele filho da puta?
Eu: Quem? Julian? Ali.
   Disse e apontei para uma direção. Débora caminhou rapidamente até ele.
Débora: Seu filho da puta desgraçado! Como você deixa isso acontecer?! Você é realmente um inútil mesmo. Fique sabendo que era pra ser você ali e não ela!
 Gritou a mesma estérica. Ela foi pra cima dele e parece disposta a dar uma surra nele.
Débora: Eu vou fazer da sua vida um inferno!
Julian: Você não está em condições de falar nada, sua estérica.
Débora foi pra cima dele, deu alguns tapas na cara dele que me fizeram sorrir. Kat não saia de perto de Emylle, Chandler não saiu de perto de Kat e Kaydan sumiu. 

  Débora parou de gritar. Olhei de volta para ela e a mesma estava c om a mão no rosto. Ah eu não acredito que ele teve essa audácia. Antes que eu pudesse fazer algo, vi Peter dar um soco no rosto de Julian que fez o mesmo cair no chão.

Peter: Além de não fazer nada pra salvar aquela garota, você ainda tem coragem de bater nela?
 Apontou para Débora que ainda estava com a mão no rosto.
Peter: Nunca mais ouse chegar perto dela pu de qualquer outra garota, outra pessoa pode não ter pena de você e lhe dar mais que um simples soco.

  Falou segurando o colarinho de Julian e depois jogou ele contra a árvore.
Olhei bem para o rosto de Julian e vi que estava sangrando. Peter era alto e forte, não me admira que o rosto de Julian tenha ficado daquela forma, e eu confesso que queria que Peter não tivesse dado apenas um murro. Poderia jogar ele na cachoeira também, de preferencia desacordado.

Peter estava com Débora, então outro garoto veio para ajudar e logo levaram ela. Caminharam rápido para chegar lá antes que anoiteça. Chegamos lá e já havia um ambulância esperando, e a mãe do Chandler? Quê? E meu pai? Como assim?
  Não falei com nenhum dele e entrei na ambulância junto com Kat.

Enfermeira: Você são parentes dela?
Katherine: Irmã.
Eu: Namorado.
   Ela apenas assentiu com a cabeça e senti a ambulância sair. Fomos em direção ao hospital central de Atlanta.

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