76- Pílula

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Eu: Como que a gente esquece logo disso?!
   Falei meio desesperada.
Chandler: Não vem me culpar, não. Que eu nao sou o único culpado aqui, você também esqueceu.
Eu: Até parece que eu iria lembrar de preservativo enquanto tu beijava meu pescoço. Nessa hora eu não lembrava nem do meu nome, Chandler!
Chandler: Bom saber disso...
   Falou com um sorriso sacana no rosto.
Eu: Nem vem com essa, Chandler.
  Falei rude.
Chandler: Calma, Kat. Faz assim, você comprou a pílula do dia seguinte?
    Disse tentando me acalmar.
Eu: Acho que sim.
Chandler: É só tomar ela, mulher!
   Falou e eu peguei a camisa dele que estava no chão, vesti a mesma e eu fui até o banheiro ver se estava lá junto com os outros remédios.
Comecei a procurar dentro da caixa, mas não achei. Depois de algum tempo procurando senti as mãos de Chandler passarem pela minha cintura me abraçando por trás.
Chandler: Achou?
Eu: Não. Acho que esqueci de comprar.
   Disse e ele me soltou do abraço e ficou de frente pra mim.
Chandler: É só ir comprar. Não precisa ficar preocupada.
Eu: Certo, certo. Vou trocar de roupa.
   Falei e fui em direção ao closet. Peguei uma roupa íntima e um short, vesti e fui com a camisa de Chandler mesmo.
Chandler: Não sei se essa blusa é sua...
   Disse quando eu saí do closet ja indo comprar a pílula.
Eu: E não é. Ilusão sua achar que eu não uso suas camisas.
Chandler: Por isso que elas somem do nada...
   Falou pensativo.
Eu: Isso mesmo.
   Falei já saindo do quarto. Fechei a porta do quarto e desci as escadas correndo. Peguei as chaves do carro indo em direção à garagem. Entrei no carro e fui. A farmácia que havia aqui perto fechou havia alguns dias, então tive que ir no centro.
  Parei na primeira farmácia que vi e entrei. Quando fui entrando, foi que percebi que estava de pé descalço, ri e entrei mesmo assim.

Eu: Boa tarde.
Falei sorrindo para a balconista que sorriu de volta.
Balconista: Boa tarde, em que posso ajuda-la?
Eu: Vou querer uma cartela de pílula do dia seguinte.
Balconista:  Vou pega.
  Falou sorrindo e fou buscar. Quando ela voltou, me entrou ja em uma sacola e com a nota, fui até o caixa e paguei. Entrei no carro já procurando uma garrafa de água que havia dixado. Achei e bebi logo a pílula. Voltei para e casa já com o coração menos acelerado.

Quando abri a porta de casa encontro Chandler deitado no sofa.

Eu: jogado no sofá desse jeito até parece que mora sozinho, não é?
Chandler: Mas que piadista...
   Falou com um sorriso falso.
Eu: Sou sim.
   falei me jogando em cima dele. O mesmo me abraçou.
Eu: O que é isso?
Chandler: Um filme.
Eu: Idiota. Mas que filme é?
Chandler: O chamado.
Eu: Certo, vou embora.
   Falei me soltando do abraço e levantando.
Chandler: Você ainda tem medo desse filme? Não acredito.
Eu: Pois acredite. Tem uma TV no meu quarto, vai que sai uma louca de lá.
Chandler: Única que tem aqui é você. É só um filme, Kat.
Eu: Certo, Chandler. Então fique aí com seu filme que eu irei me deitar.
   Falei indo em direção às escadas e pude ouvir ele rir.
Quando cheguei na metade da subida, Chandler me chama.
Chandler: Ei, Kat.
Eu: Eu nao vou voltar.
Chandler: Eu sei disso, sua preguiçosa. Mas eu quero saber se conseguiu comprar a pílula.
Eu: Sim, e ja tomei ela.
   Falei sorrindo.
Chandler: Certo. Ah, e minha mãe ligou, ela quer que a gente vá jantar lá.
Eu: Só nós dois?
   Falei confusa.
Chandler: Sim, ela disse que queria ter uma "conversa" com a gente. E quando Emylle sair do hospital, ela disse que quer todos lá para um almoço.
Eu: Certo, estarei pronta às sete.
   Falei sorrindo e fui em direção ao meu quarto. Nao estou com um bom pressentimento dessa conversa.

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