Chegamos no hospital e ela logo foi atendida, ates de entrar para uma parte que nem eu nem Kat podíamos entrar, escutei alguém gritar " É cirurgia, chamem o pessoal da neuro". Óbvio que iriam chama-los. Ela bateu com a cabeça muito forte, mas isso me deixou bastante preocupado.
Enfermeira: Você não podem passar daqui, sinto muito. Venham por aqui.
Disse e nós a acompanhamos até recepção.Enfermeira: Podem se sentar ai, daqui a pouco vem um médico dar notícias.
Nos sentamos e ela saiu. Kat não falava, apenas olhava pro nada, dava pra ver as lágrimas dela escorrendo.
Eu: Kat?
Katherine: Eu não posso perde-la, Mingus. Ela não poder ir embora assim. Ela me prometeu que nunca iria me deixar e eu acreditei.
Disse sem olhar para mim.
Eu: Você não vai perdê-la, ela não vai morrer, Kat. Vamos pensar positivo.
Katherine: Me lembro de quando nós eramos pequenas, a gente tinha saído de férias. Fomos à praia. Comemos o juízo dos nossos pais para eles nos levarem ao Rio de Janeiro. Lá, nós fizemos uma promessa, de dedinho, naquela época aquilo era tipo um pacto. "Nenhuma das duas irá abandonar a outra, em hipótese alguma", essa era nossa promessa.
Falou e sorriu, mas ainda não olhava pra mim.
Katherine: Até hoje nós levamos aquilo a sério. Semana passada a gente fez uma promessa de dedinho. Ninguém descumpre uma promessa dessas.
Eu: Qual era a promessa?
Katherine: Ela não iria morrer antes de mim, e nem eu antes dela. E agora ela está numa mesa de cirurgia entre a vida e a morte.
Eu: Ai meu Deus, Kat.
Ela começou a chorar desesperadamente, eu não deveria ter feito essa pergunta, não agora. Puxei Kat um pouco mais pra perto e a mesma apoiou a cabeça no meu peito e me abraçou. Ela me abraçava forte, abracei ela de volta tentando acalmar ela. Foi aí que vi meu pai, a tia Gina, Chandler e os outros entrando pela porta giratória da recepção. Haviam alguns jornalistas do lado de fora do hospital. Ótimo, tudo que nós não precisamos agora é isso. Eles não entraram por causa da segurança, agradeço bastante por isso. Chandler correu para nosso encontro quando nos viu.Dove estava com eles, o quê raios essa garota está fazendo aqui? Ela nem ao menos conhece a Emylle direito. Por mim, ela dava meia volta e ia pra casa da porta mesmo. Chandler chegou primeiro que os outros e logo abraçou Kat. Norman veio logo atrás e me abraçou. Fazia tempo que eu recebia um abraço assim dele, quando ele fez isso, as lágrimas que eu estava segurando para não chorar na frente de Kat escorreram, não aguentei.
Eu: Pai...
Norman: Mingus, não. Não precisa falar nada, filho.
Disse e pela voz dele, ele estava prestes a chorar.PtVst Katherine
Quando Chandler me abraçou, eu soltei um suspiro aliviado por ele estar aqui, mas não consegui parar de chorar, eu só iria me acalmar quando algum médico viesse aqui e me dissesse que ela está bem e que já podemos vê-la.
Eu: Chandler, é a Emylle. Meu bolinho...
Chandler: Não precisa falar nada, Kat. Eu entendi.
Disse e senti um beijo no alto da minha cabeça.Percebi que Norman havia soltado Mingus, Débora e Kaydan estavam sozinhos, então eu cheguei mais perto deles junto com Chandler e nos abraçamos, um abraço em grupo. (~está na mídia, finjam que a do meio é a Kat e que ela está chorando~)
E lá estava eu, nunca pensei que isso iria acontecer com alguém próximo, na verdade ninguém espera uma tragédia. Pensamos que pode acontecer com todos, menos com as pessoas que amamos.
Dove: Nós não deveríamos ligar para a família dela, não?
Gina: A família dela está bem aqui, reunida.
Disse olhando pra gente.
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A different life
RandomKatherine é uma garota que morava no Brasil, mas não era o que ela queria. Ela queria ser livre, queria viver o sonho dela, morar na grande Atlanta. Lá ela vai conhecer o amor da vida dela. Vai viver os melhores momentos, vai rir, chorar e muito mai...