Capítulo sem título 20

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                           Daniel

Eu nunca acreditei nesse papo de almas gêmeas e nem pretendo começar a acreditar. Eu acredito sim que exista um motivo para somente eu poder enxergar a Melinda, mas com certeza não tem nada haver com isso. Aquela vidente é uma maluca. Mas uma coisa ainda me intriga; como ela sabia do relacionamento do meu pai e meu avô? Resolvo tomar um banho para esfriar a cabeça que está a milhão depois de tantas coisas acontecendo. Quando saio do banheiro tem uma menina sentada na minha cama. Ela está de costas para mim, porém eu sei bem que é.

-Eu não esperava te ver aqui.

Digo e ela se vira.

-Ah, Meu Deus! Me desculpa, eu posso voltar outra hora.

-Não, tudo bem!

Digo para acalmá-la.

-Sério?

Ela pergunta envergonhada.

-Sério! Diana.

Eu estou apenas de toalha novamente e ela está vermelha por ter me encontrado assim.

-É que eu queria te ver... e a sua mãe já me conhecia então me deixou subir. Eu ouvi o barulho do chuveiro, mas pensei que você fosse se vestir lá dentro.

Ela diz nervosa.

-ahh, claro! Eu posso voltar e me vestir se você achar melhor.

Digo apontando para o banheiro.

-Não! Tudo bem.

Ela responde e parece estar tomando coragem para fazer algo. Então de repente ela se levanta e vem na minha direção. Ela passa a mão no meu rosto e então me puxa para perto dela e me beija.

-Você tem um corpo lindo!

Ela diz quando paramos de nos beijar.

-Obrigado!

Ela sorri e volta a me beijar. Ela esfrega seu corpo no meu e eu percebo que ela quer mais do que uns amassos. Mas a pergunta verdadeira é, será que eu quero também? Diana é uma garota incrível e combina muito comigo. Sem contar que ela é uma gata. Mas então por que uma grande parte minha acha que isso é errado?

-Não Diana! Espera.

Interrompo o beijo e seguro em seus ombros para afastá-la.

-Tudo bem.

Ela diz e então sorri e tira algo do bolso. Uma camisinha.

-Estou preparada!

-Nossa!

Digo. Essa atitude me surpreende e eu penso; porque não? Eu e Diana já temos um relacionamento, ainda não bem definido, mas é um relacionamento. Nos só saberemos se vai dar certo se seguirmos adiante. Eu a puxo para outro beijo e então a deito na cama. Me deito por cima dela e continuamos a nos beijar. Ela tira a blusa e a calça numa velocidade impressionante. Nos beijamos ardentemente e ela chupa meu pescoço. Isso com certeza vai ficar roxo. Mas quem se importa, não é mesmo?

-Nossa que pé horrível! Será que ela não sabe pra que servem os salões de beleza?

Não acredito. Melinda. Sempre ela. Eu a olho repreendendo-a. Enquanto Diana continua a me beijar.

-E esse sutiã!? Parece com os da minha avó.

Melinda faz cara de nojo.

Saio de cima de Diana. Que faz uma cara de quem não está entendo nada.

-Só um momento Diana. Eu preciso ir no banheiro. Um minuto.

Ela balança a cabeça concordando. Eu entro no banheiro e Melinda logo aparece.

-O que você quer?

Pergunto em um tom baixo para que Diana não escute, mas que Melinda note minha raiva. Eu me arrependo quando noto que Melinda está se segurando para não chorar.

-O que aconteceu?

Pergunto num tom mais ameno.

Ela se senta no chão e diz:

-Eu descobri que a minha mãe está tendo um caso e não o meu pai.

Eu arregalo os olhos e cruzo os braços. Não sei o que dizer nessa situação. Ficamos em silêncio por um momento.

-Você não vai falar nada idiota?

Ela me pergunta chateada.

-O quê você quer que eu diga?

-Quer saber eu não quero que você me diga nada! Volta lá para sua namorada. "Vocês fazem o casal perfeito".

Ela diz a ultima frase em tom de ironia e então se vai. Fico no banheiro um tempo. Eu me sinto mal por ela. Por não ter falado nada. Volto para o quarto e Diana está deitada.

-Você demorou!

Ela diz e eu sorrio.

Voltamos a nos beijar. Mas não consigo tirar Melinda da cabeça. Estou preocupado com ela. Eu não consigo. Não posso fazer isso com Diana. Eu me levanto e sento na beirada da cama.

-Desculpa Diana, mas não vai rolar!

Ela pula da cama e veste sua roupa tão rápido quanto tirou. Ela abre a porta e parece que vai sair sem falar nada, mas então se vira e diz:

-Eu pensei que você fosse diferente Daniel! Mas você é igual a todos os outros garotos, um babaca.

Ela sai e bate a porta com força. É parece que eu acabei de estragar todas minhas chances com ela. Mas no momento estou mais preocupado com outra garota.

Uma Patricinha em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora