Capítulo sem título 32

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                             Daniel

-Caralho, parceiro!

DJ está sorrindo de orelha a orelha depois de passarmos por um grupo de meninas em vestidos muito curtos.

-Eu to sentindo! É hoje que vamos nos dar bem!

Meu amigo diz, esfregando uma mão na outra, e olhando para a multidão como se você criança em uma loja de brinquedos.

-Nada de calças coloridas hoje, cara! Eu vou arrumar uma gata para você, e ela vai superar a Diana, você vai ver!

Reviro os olhos e dou risada. Se o DJ soubesse o verdadeiro motivo de eu estar aqui. Eu já tenho a minha garota. Só preciso de um jeito de trazê-la de volta. Passo meus olhos pela festa a procura de Melinda. Já faz meia hora que estou esperando e nada dela aparecer. Até que noto seu cabelo ruivo perto da escada.

-DJ! Preciso ir ao banheiro!

Grito para meu amigo para que me ouça sobre a música alta.

-Ah, cara! Qual é? Nosso somos como Bo e Luke Duke.

Dou risada.

-DJ eu só vou ao banheiro. É sério, eu volto logo cara! A menos que você queira ir lá segurar pra mim.

Digo irônico e rio da cara de nojo de DJ. Ele me da um soco no braço.

-Você tá maluco, se acha que vou encostar nessa sua coisa fedida aí! Vai logo, porra! Pra gente começar a divertir essa festa!

Dou um passo em direção ao banheiro e então me viro novamente para meu amigo.

-Espera! Você acabou de nos comparar aos caras do filme OS Gatões?!

-Foi!

Me responde confuso.

-Bom, então eu sou o Luke! Sabe ele é bem mais charmoso e inteligente!

Eu e DJ rimos e quando me viro Melinda está parada quase na minha frente.

-O que foi isso? Conversa de homens?

Ela diz fazendo uma cara debochada. Reviro os olhos e digo banheiro baixinho. Ela coloca seu ouvido mais perto da minha boca. É parece que espíritos também não ouvem bem. Com ela tão próxima fico nervoso. A vontade de tocá-la é grande. Mas eu sei que não tem como. Melinda levanta o rosto e me olha primeiro irritada, acho que ela pensa que estou fazendo alguma brincadeira, mas então ela nota minha expressão e seu rosto se suaviza. Nossos olhos se encontram por alguns segundos e posso sentir meu coração batendo em um ritmo descompassado. Ainda bem que maioria do pessoal dessa festa está chapado, pois eu pareço um maluco no meio da galera olhando fixo para o nada. Mas é isso que torna mais especial, é um momento só nosso. Saímos do nosso pequeno delírio e digo novamente para Melinda seguir para o banheiro. Ela vai na frente me guiando. Sei que ela conhece muito bem está casa. Entramos no banheiro e Melinda me da um pequeno resumo do que aconteceu até agora.

-Então você quer que eu vá lá, tentar consolar a Laura?!

Digo incrédulo.

-Bom... Na verdade você não precisa ser tão receptivo! Apenas use esse momento de fraqueza dela para conseguir uma admissão.

Ela gesticula com as mãos e parece nervosa.

-Beleza! O que é um peido para quem já todo cagado, não é mesmo?!

Melinda dá de ombros e então começa rir sem parar.

-Isso foi bem apropriado para este lugar, Daniel!

Uma Patricinha em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora