47. It sucks.

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Olá a todos novamente! Sim, eu tenho estado desaparecida, sim, eu não mereço desculpa por isso, mas aqui estou e pronta para vos deixar dois capítulos! Vou explicar-vos o que andei a fazer este mês. Comecei a faculdade e com isso veio a receção aos caloiros pelo que tive a acompanhá-los enquanto veterana (pela primeira vez), as aulas sobrepuseram-se e eu simplesmente não consegui conciliar tudo. Aproveitei os fins de semana para desanuviar, sou sincera. Aconteceu uma pequena peripécia não muito boa na minha vida, no entanto, positivismo! Vai correr tudo bem! Espero que gostem do capítulo (e do que se segue), aguardei muito por este momento! Beijocas.


{Aimee}

Larguei o par de sapatos em cima da mesa de trabalho. Uma dor atravessava a minha cabeça como agulhas, não me fazendo aguentar o mau estar. Nunca fui boa a tolerar remoinhos a formarem-se na fonte, metendo-me logo fraca ao primeiro impacto. As minhas mãos estão firmes na mesa, com a cabeça baixa enquanto mordiscava o lábio. Suor estava presente na minha testa, não só das horas de trabalho que havia feito.

- Estás bem, Aimee? – Reconheci de imediato a sua voz, tratava-se de Mermaid. Vendo-me num estando lastimável, senti a sua mão a posicionar-se no meu ombro direito e com a outra, a afagar-me as costas delicadamente.

- Nem por isso. Sinto-me fraca. – Confessei. Virei a cara para a minha amiga e um sorriso penoso começou a formar-se nos seus lábios.

- Já comeste? – Voltou a questionar-me.

- Sim, já comi o lanche do meio da manhã e tudo. – Suspirei. – Não consigo ser útil no trabalho hoje, vou falar com o patrão e pedir para que me desconte estas horas no ordenado. – Desisti.

- É o melhor a fazer. Liga ao Zayn para que te venha buscar, não vou ficar segura em deixar-te ir embora sozinha. – Mencionou.

Não queria que Zayn soubesse deste meu pequeno mau estar, sabia que iria fazer um filme de sete cabeças e eu, com a dor de cabeça extasiante com que estou, não iria ter forças para discutir com ele e afirmar que está tudo bem comigo e que se tratava apenas de cansaço. Ele é muito mais persistente que eu, não me vai deixar impune. De qualquer forma, entreguei o telemóvel a Mermaid e esperei pela sua resposta. Imagino a reação do meu namorado ao perceber que, eventualmente, a chamada pudesse ser uma armadilha, visto que se tratava de Mermaid, uma das pessoas com quem ele dificilmente lidará.

- Depois de me ter acusado de algumas coisas, consegui com que se acalmasse. – Gargalhou. – Ele disse que ia pedir boleia ao vizinho para que chegasse aqui mais rápido. Vai lá falar com o chefe, vai ser tranquilo. – Assenti.

Despedi-me de Mermaid, agarrei no avental sujo de óleo e dirigi-me para o meu espaço. Despi a minha roupa com calma para que não tivesse mais nenhuma quebra de tensão, tomei um duche rápido, respirando fundo para aguentar a água fria que caía sob o meu corpo. Quando estão muitos funcionários a tomar banho ao mesmo tempo, a água quente não chega com a mesma força a todos. Nem com isso consigo reclamar, quero apenas despachar-me, tomar um comprimido e deitar-me no sofá, à espera que este martírio passe.

Vesti as mesmas calças de ganga de manhã, juntamente com uma camisola de malha bege, uns botins rasos castanhos e uma parka do mesmo tom para dar de caras com o tempo frio do nosso estimado Inverno. Quando saí do meu gabinete, estava já a figura do meu namorado encostado à parede, com um pé contra a parede. Zayn sorriu fracamente, conseguia ver preocupação no seu rosto. Vai começar o drama.

- Oi. – Pronunciei com um sorriso. Não me respondeu, nem desenhou apenas um sorriso como resposta nos seus lábios. Eu sabia que ele sempre teve razão, que eu devia ter procurado logo ajuda médica para saber o que se está a passar comigo, contudo, para além da escassez de tempo, umas simples mal disposições e dores de cabeça, não iriam ser grande assunto para se comentar numa consulta. Hoje, percebi que cheguei ao meu limite.

Challenge {z.m}Onde histórias criam vida. Descubra agora