36. Wheelchair

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Tudo parece tornar-se cada vez mais estável na minha vida, a partir do momento em que decidi deixar de parte um dos problemas que me atormentava de dia para dia. Os meus sentimentos era algo que me deixavam perturbado e eu não sabia mais escondê-los quando estava com a rapariga que, hoje em dia, se tornou a mulher que está ao meu lado. Este sentimento, o amor, já não é nada estranho para mim, uma vez que Aimee ajuda-me a ambientar-me a esta nova fase da minha vida. Entretanto, passaram-se as quarenta e oito horas de vida de casados que assumimos durante um tempo. Para lá da sua porta há uma vida à nossa espera, onde o mundo cor-de-rosa já não existe mais.

"Os primeiros raios de sol penetraram os estores mal fechados na noite anterior, levando-me a abrir os olhos lentamente até que me habituasse à luz proveniente da rua. Aimee ainda dormia encostada ao meu braço já dormente, com as suas bochechas avermelhadas denunciando o calor que estava a sentir. A rapariga por quem estou perdidamente caído de paixão mexe-se constantemente a partir do momento em que me tentei soltar da morena. Estava dorido e não conseguia mais estar naquela posição apesar de sentir que Aimee precisava de mim neste momento.

Ela acordara, entretanto, ainda despida da noite anterior. O seu corpo apenas estava revestido com as suas cuecas rendadas na costura e com o seu sutiã branco, assim como eu que me mantinha somente com uns boxers para proteger o meu órgão sexual. A morena encara-me já afastada do meu corpo e presenteia-me com um mero sorriso. Sei que Aimee sente dúvidas apesar de termos esclarecido quase tudo na noite passada. Sinto-me perdido e não a julgo por se sentir também.

- Estás arrependido? – Aimee volta a questionar-me e eu apenas mantenho-me no silêncio profundo que anteriormente já estava presente no seu quarto.

O silêncio que se desenvolveu entretanto, fez-me tomar a decisão de prosseguir com aquilo que já havíamos começado e não perdi tempo algum até colidir os meus lábios inchados nos seus, iniciando um pequeno beijo saudável e recheado de amor. As suas mãos depressa se pressionaram nas minhas bochechas dando ênfase ao acontecimento que, caso fosse há alguns dias atrás, não teria qualquer coragem para o fazer acontecer. Não foi em questão de horas que mudei de opinião, a realidade é que me sinto bem a seu lado e que a morena me faz bem.

- Não estou arrependido de maneira alguma. – Decido responder à sua pergunta. – Não precisas de ter medo, Aimee. Eu abri o meu coração para expressar o que sinto por ti, por alguma razão. A única coisa que peço é que a nossa amizade seja mais importante do que aquilo que possamos construir juntos. – Sou completamente sincero quando dito tais palavras enquanto encaro o seu olhar perturbado mas ao mesmo tempo cheio de brilho. Ela é completamente linda.

- Eu não vou deixar que aquilo que nos juntou se perca. – Aimee sorriu para mim. – Eu quero ou preciso, hm, apenas perceber a que nível estamos, hm, entendes? Se estamos...

- Juntos? – Corto o seu pensamento por alto. – Não considero que seja a melhor altura para te pedir em namoro. A tua cama e nós deitados nela não é, de todo, o melhor cenário para o fazer. Posso adiantar que se aceitares estar comigo, eventualmente, podemos assumir que estamos juntos, independentemente de haver um pedido oficial ou não. Não sou muito bom com essas coisas. Acho que a teoria dos teus amigos relativamente a nós, até é algo que faz sentido. Não é preciso haver um rótulo que nos defina, somos grandes amigos, apaixonados um pelo outro e que querem estar juntos por alguma razão.

- Sinceramente, a teoria deles pode fazer muito sentido na tua cabeça mas não acontece a mesma coisa com a minha, Zayn. Tu aos meus olhos já não és um grande amigo, és o rapaz por quem me apaixonei e que pretendo ter ao meu lado até que o destino nos quiser separar.

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