Capítulo 7

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Ford* 

Finalmente tinha chego a segunda feira.Ah enfim eu poderia por meu plano de ficar grudado em Moose em prática. Eu só queria entender o por que passei todo o final de semana pensando naquele garoto fechado.

Assim que cheguei a empresa pedi a Miss.Plaai que me avisasse assim que ele chegasse. o que ela fez prontamente. Pedi a ela então que o chamasse em minha sala.  Alguns minutos depois ele pedia licença ao abrir a porta do meu escritório.

- Bom dia Sr.ford. O senhor pediu para que eu viesse aqui. Posso ajudar em algo.

Seu rosto estáva melhor do que na última vez que nos vimos, mas como de costume ele falou comigo olhando para o chão.

- Moose bom dia, sente-se por favor. - Apontei para a cadeira a minha frente. ele se sentou com aquela postura desconfortável, os braços em cima do colo. 

- Moose, eu acredito que você já esteja com a sua parte dos novos projetos pronta não é? - "Vamos ver o quanto posso te entender se ficar muito tempo com você", era só isso que passava pela minha cabeça enquanto fiz essa pergunta.

Ele finalmente mas visivelmente a contra gosto me encarou. Seus olhos direto nos meus.

- Sim Sr.Ford. está tudo pronto,posso pegar para o senhor agora mesmo se quiser.

-Não é preciso, me traga após o almoço para que eu possa olhar com toda a atenção.

Seu rosto ficou um pouco chateado e ele não fez nenhuma questão de que eu não percebesse. Por que ele era tão arisco comigo? eu nunca o tinha tratado mal nem feito nada a ele para que ele tivesse tal comportamento. Mas também o que eu estáva esperando? ele também mal me conhece e além disso é a pessoa mais tímida da terra.

- Tudo bem Sr.Ford, após o almoço trago toda a papelada para que o senhor possa olhar.- Ele já estáva se levantando da cadeira quando eu disse.

- Que tal se almoçarmos juntos? conheço um ótimo restaurante. Tentei soar o mais natural possível mas se tivesse alguém naquela sala  que me conhecesse pelo menos um pouco teria notado que não soei nada natural.

- Obrigado Sr.Ford, mas eu já tenho um compromisso na hora do almoço.

- Tudo bem,vejo você após o almoço então. pode voltar aos seus afazeres. - Dei um pequeno sorriso mas na verdade eu tinha ficado  frustrado. Droga! era só um almoço!por que ele não aceitou!

Na parte da tarde daquele mesmo dia ele levou toda a papelada da sua parte do projeto para que eu olhasse, eu tinha que admitir, ele tinha feito um ótimo trabalho. tudo estáva muito detalhado e bem explicado, tudo de uma maneira simples e direta, exatamente do jeito que eu gostava. Exatamente do jeito que nós na Owan costumávamos fazer. Mas  eu não podia dizer isso a ele ( não nesse momento), eu tinha que ganhar tempo com ele.E  já que convida lo para almoçar provávelmente não iria funcionar, eu iria ter que achar outra forma de faze lo ficar mais um pouco comigo. Ele iria passar  mais horas no trabalho então. Sim eu sei que isso é errado,eu sei que é uma tremenda sacanagem. mas o que eu podia fazer?

E assim seguiu toda a semana, eu inventava mil desculpas enfarrapadas para fazer ele vir até a minha sala, o chamava para checar pontos que poderiam ser alterados na parte que era sua responsabilidade nos projetos. tudo o que eu podia fazer para ele ficar perto de mim eu fiz. Eu tinha que saber o que estáva acontecendo comigo. quando eu não estáva com ele eu passava o tempo todo pensando nele,no que ele estáva fazendo, no que estáva pensando. Quando eu chegava em casa ficava lembrando do seu rosto, da sua voz baixa e fraca. Eu tenho certeza que ele está muito irritado comigo, no inicio quando o mandava vir até minha sala ele vinha bastante solicito, mas depois de alguns dias ele passou a demostrar que não tinha nenhum propósito eu a todo momento mandar chama lo. Ele começou a me tratar mais distante ainda.

Que merda! não era esse o plano! Afinal o que eu acho que iria conseguir com isso? Lógico que ele tinha motivos para estar irritado comigo. eu estáva sendo um babaca chato! O tipo de chefe que todos odeiam. Mas quando ele estáva perto de mim em minha sala ( mesmo estando com raiva) era tão bom, eu me sentia tão bem com a sua presença, mesmo que ele ficasse horas sem dizer uma palavra, mesmo que ele não me olhasse, eu ainda assim ficava inexplicávelmente feliz.

Naquele dia quando cheguei ao meu apartamento fiquei muito tempo pensando sobre esse assunto. Eu não poderia ficar prendendo ele na minha sala durante todos os dias,além de só estar irritando ele, eu acabaria por atrapalhar seu rendimento no estágio e isso não seria justo. Cada vez que eu fechava meus olhos eu lembrava do rosto dele,das suas  mãos magras com dedos compridos, o seu jeito de se vestir como um estudante do ensino médio, o cabelo que constantemente ele tirava de cima dos olhos. E cada vez que pensava nele eu sentia uma necessidade de estar com ele,de cuidar dele. Eu queria tocar seu rosto. Eu queria abraça lo.

Oh Não! então será que isso era estar apaixonado por alguém? Era isso que eu estáva sentindo? Paixão? como pode ser? Eu não tinha certeza do que eu estáva sentindo.Só tinha certeza de que nunca tinha sentido nem uma fração disso por ninguém. Eu queria estar com ele. Eu queria que ele fosse meu! Como eu jamais  quis tanto alguém. Agora eu me sentia tenso por não saber o que fazer e surpreendentemente  animado por imaginar nós dois juntos.

Affection Rain (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora