EPÍLOGO

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5 anos depois.

Quando abri os olhos, ainda faltava pelo menos meia hora para o despertador tocar, mas o sol já escapava pelas frestas das cortinas anunciando a chegada do novo dia. Tentei não me mexer demais na cama para não acordar Yul, mas a dor que subia pelas minhas costas tornou essa missão impossível.

—  Quando tempo nós ainda temos? —  ele perguntou enquanto se esticava todo até transformar a espreguiçada em um tática para me puxar mais para perto.

— Cinco minutos, talvez menos.  

Me aninhei no peito de Yul e respirei fundo, tentando assimilar todas as sensações gostosas que ele desperta em mim sempre que estamos juntinhos assim. Senti os lábios dele deixarem um beijo doce na minha testa passando em seguida para um beijo menos casto no meu pescoço.

Ainda não consigo acreditar na sorte que tenho por acordar assim todos os dias nos últimos cinco anos.

Prendi a respiração quando uma de Yul mãos desceu até a minha cintura. Ele estava prestes a brincar com a ideia de descartar o meu pijama quando uma batida na porta interrompeu o nosso namoro matinal.

Yul soltou um gemido de decepção, me fazendo gargalhar.

— Você me prometeu uma família grande, não foi? A maior de todas se não me engano.   

Bater à porta do nosso quarto foi uma das primeiras lições que tivemos que ensinar a pequena Gong Young Mi. Só assim conseguiremos evitar lembranças traumáticas e embaraçosas para nossa filhinha e para nós dois.

— Mããããããe, paaaaaaaai já acordei! — Young Mi berrou a plenos pulmões enquanto esmurrava a porta mais uma vez. Juro que não sei de quem essa menina puxou esse gênio difícil. —  O Tio Sang-Woo mandou eu dizer que se vocês chegarem atrasados ele mata vocês.         

 — Pode entrar, docinho — falei enquanto Yul tentava se recompor.

Com todo cuidado e sutileza que uma criança de quatro anos de idade pode ter, Young Mi correu até a nossa cama e me abraçou com força.

  — Calma, assim você esmaga a mamãe e os seus irmãozinhos também! —  brinquei enquanto a enchia de beijinhos.

— Posso escutar eles, mamãe? — ela perguntou já encostando a orelhinha na minha barriga de oito meses e meio de gravidez. Gravidez de GÊMEOS!

Young Mi nasceu um ano depois que Yul e eu nos casamos. Ela foi uma surpresa bem-vinda e enche os nossos dias de alegria. Mas agora que ela já está crescendo e Kayng Joon já é um adolescente, Yul e eu decidimos que era hora de engravidar mais uma vez. Mal sabíamos nós que chegariam dois meninos DE UMA TACADA SÓ!

O parto está previsto para fim de março ou começo de abril, mas pelo tamanho da minha barriga e outra porção de sintomas já fomos avisados pelo médico de que o grande momento pode chegar a qualquer hora. Por isso, a ordem geral é fazer o máximo de repouso possível. 

Mas hoje, esta regra tem um motivo especial para ser quebrada. Sang-Woo e Joon Young estão celebrando a conclusão do processo de adoção de seus filhos! Depois de três anos correndo atrás de juízes e documentos, os dois conseguiram adotar três irmãos (dois meninos e uma menina) que foram sido abandonados em um orfanato quando ainda tinha poucos anos de vida.  

— Depois que eles chegarem, vocês podem me dar uma irmãzinha? Meninos são muito chatos!— Young Mi protestou.

— Ah, então foi aqui que você se meteu! —  Kyang Joon entrou no quarto, tomou a sobrinha nos braços e encheu ela de cosquinha. Mesmo com a diferença de doze anos de idade, os dois parecem mais irmãos que tio e sobrinha quando brincam juntos —  Então quer dizer que todos os meninos são chatos, é? Até eu.

Conexão Seul [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora