White Day - 3º Dia de Amor na Coreia

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Acho que a pessoa que popularizou o ditado de que "no amor e na guerra vale tudo" não fazia a menor ideia do tamanho do caos que estava ajudando a levar para a vida das pessoas. Prefiro acreditar que isso foi dito pensando em reis, rainhas, czares, imperadores e ditadores. Não em jovens de 19 anos com uma vida amorosa turbulenta.

Mas ainda assim, um ditado nunca se encaixou tão bem à minha vida.

No instante em que Yul bateu a porta do quarto, pulei da maca e tentei vestir a minha roupa por cima do biquíni. Mas tanto o biquíni quanto o meu corpo estavam besuntados de óleo, o que fez com que a tarefa fosse dolorosamente longa. Cada segundo a mais que eu demorava para ficar minimamente apresentável era um segundo a mais que eu permitia que a imaginação de Dong-Yul voasse livre e para cada vez mais longe.

- O que você vai fazer? - Sang-Woo perguntou displicentemente ao retornar para a sua cama de massagem. - Vai esmurrar a porta de Dong-Yul e explicar que ele entendeu tudo errado? Que o meu jeito de te proporcionar a melhor noite da sua vida foi pagando uma massagem para você?

- Isso mesmo - respondi enquanto pulava em um pé só para conseguir calçar o sapato. - O plano era fazer ele se tocar de que tem que se comunicar comigo, não magoá-lo a ponto de ele nunca mais querer olhar na minha cara.

- Se ele realmente quisesse te ouvir, teria me empurrado e entrado neste quarto à força. Então teria visto que não estava acontecendo nada demais.

- Mas...

- E você realmente acha que ele vai acreditar em você? Olha só o seu estado May!

Sang-Woo estava certo. Meu cabelo estava uma confusão de óleos e nós, minha roupa (colocada às pressas) estava toda embolada e meu rosto estava todo vermelho por conta da correria para me aprontar.

- Vai para o seu quarto, toma um banho e amanhã a gente cuida de tudo certo?

Como a minha vontade de ficar e conversar com Sang-Woo era zero, recolhi minhas coisas e fui para o meu quarto. Graças a Deus Choi In-Ha ainda não havia chegado. A última coisa que eu queria era ter que explicar para ela o que eu estava fazendo. Pena que eu não tive muito tempo para comemorar essa pequena vitória porque, enquanto eu me preocupava com o que diria para Yul, ele agiu pelas minhas costas e fez algo que só uma criança faria: ligou para os meus pais.

Só isso explicaria a quantidade de chamadas não atendidas e a mensagem da minha mãe que encontrei no celular.

Só isso explicaria a quantidade de chamadas não atendidas e a mensagem da minha mãe que encontrei no celular

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