Não existia nada que me prendesse aquele lugar. Minhas têmporas doíam, como se tivesse sido golpeada na cabeça e desmaiado por um tempo. Esse era o resultado de ter passado tanto tempo chorando.
Desde a saída do presídio até as últimas 72 horas de folga, minha consciência pesava, as lembranças se tornavam cada vez mais difíceis de desaparecerem e por algumas vezes, antes dele desencadear tudo aquilo dentro de mim. Lá estava Justin Bieber, me tomando para si como se fôssemos amantes.
Eu perdi toda a dignidade que tinha, perdi a cabeça. Esse talvez fosse o motivo de não quererem uma mulher na investigação, Justin Bieber é nocivo é completamente manipulador.
Tinha ódio, ódio da minha conduta, dos meus pensamentos e da maneira que estada lidando com toda a situação.
Me dopei com todos os remédios que poderia, tirando aquela vontade insana de puxar o gatilho contra a minha cabeça. E o pior de tudo é que não tinha ninguém que pudesse me ajudar, não existia uma palavra amiga ou alguém que notasse o que estava acontecendo comigo.
Ao lembrar de Justin (talvez seja a única lembrança dos últimos dias que eu preferia manter na cabeça) me sentia uma vagabunda, a pior vagabunda de todas, ingênua por ter se deixado manipular por um bandido. E esse bandido me tirava completamente do sério.
Meu corpo estava exausto, adormecido com tantos remédios, mal comi aqueles dias e hoje tinha que tomar coragem e ir até o departamento. Assumir que falhei, abandonei o cargo há três semanas e que eles teriam que escolher entre eles quem seria a próxima vítima corrompida dentro daquele lugar.
Não dei o braço a torcer, admiti para o meu noivo que estava sofrendo uma pequena perseguição dentro do presídio e que isso poderia acarretar em situações perigosas aqui fora. Harry teve uma pequena falha no freio do carro recentemente e tomou isso como as fosse algo premeditado. Eu fui hipocrita em agradecer a Deus uma falha mecânica, assim, não existiriam mais questionamentos sobre o porquê de voltar atrás com minha decisão.
E foi onde todos os problemas começaram entre nós dois.
Seu toque era diferente, por todas as vezes que o procurei em desespero querendo sentir alguma coisa, sentir que estava sendo tocada porquê eu queria. Eu tentei inúmeras vezes aqueles dias e acabava lembrando do homem que tinha me levado as ruínas. O toque áspero tentando usar seu dedos delicadamente, como se pudesse me dedilhar aos poucos, arranhando a minha pele e me causando arrepios e calafrios pelo corpo, suas mãos tinham um encaixe perfeito nos meus seios, o encaixe dos seus lábios. Tudo em Justin Bieber, queimava como se ele fosse o próprio diabo, pronto pra te levar ao inferno.
E ele me fez chorar, por não sair da minha cabeça, por ser a única coisa que me tirava todos os malditos pensamentos. Eu nunca chorei por homem nenhum em toda a minha vida, pelo menos nenhum outro homem me machucaria outra vez.
— Amor? -escuto a voz de Harry, logo atrás da porta do banheiro. Enxugo as mãos na toalha e respiro fundo.
— Oi! Já estou acabando.
— Que mania nova é essa de trancar o banheiro. -ele gira a maçaneta, dou alguns passos é giro a chave. O vejo cansado, o semblante abatido e as olheiras embaixo dos olhos após dois plantões seguidos. Harry entra no banheiro tirando a blusa que vestia e logo vai a privada — Você está bem? -sinto aquele frio na barriga ao ser perguntada.
— Claro que estou. -minto, pelo o reflexo do espelho o vejo balançar devagar o pênis após urinar. Ele fecha a tampa e começa a se despir pra tomar um banho.
— Acho que você se livrou de um problema grandão.
— Qual deles, doutor?
— O presídio. Chegou alguns detentos lá no hospital, parece que teve uma rebelião ou algo do tipo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
smooth criminal
FanfictionJustin Drew Bieber, era membro da máfia russa ao dar sua primeira entrada em uma penitenciária nos Estados Unidos. Um homem ambicioso, perigoso e cruel, que não mede esforços para passar por cima de qualquer um é alcançar os seus objetivos. Kristen...