Capítulo 58 - Die for you

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POV JUSTIN BIEBER

Sei exatamente como entrar em um hospital sem ser reconhecido.

As pessoas se corrompem fácil, principalmente quando o dinheiro está nafrente. 

Arrumo o boné de beisebol, tiro os óculos escuros e encaro a mulher com um prontuário nas mãos. Ela abre um sorriso ao me ver, provavelmente usando o artificio mais antigo do mundo, a simpatia. Umedeço meus lábios, encostando os cotovelos no balcão.

— Então? -indago mais uma vez  — Eu só preciso de cinco minutos com Kristen Silver.

— Tem três federais no andar que ela está. Posso até ajudá-lo, mas vai ter que falar com eles. -estico a mão, puxando ela devagar pela correntinha de ouro que usava, deslizo o seu pingente de borboleta de um lado a outro, mantenho o contanto visual com ela enquanto a vejo ruborizar. 

Sinto sua respiração ficar mais pesada, a mulher que se chamava Nina Monteiro. Usar o seu nome com palavras mais adocicadas a faz se desmanchar. Claro, que oferecendo uma gratificação logo em seguida, com a desculpa de que realmente estava interessado no quanto o salário miserável dela é.

— Acho que me entende, um velho amigo de escola querendo apenas umas palavrinhas com ela.

— Eu sei! -suspira. — Eu não posso. 

— Ela foi meu primeiro amor! E me dói saber que alguém tão boa quanto Kristen está passando por uma situação como essa. Você parece ser uma mulher encantadora, senhorita Monteiro.

Ela morde o lábio inferior, escreve em um papel pequeno e me dá. Vejo o andar e setor que ela estava. Coloco a mão esquerda no bolso, puxando cinco notas de cem dólares. Deixo as notas por baixo e toco em sua mão onde ela pega o dinheiro.

— Quando eu voltar, podemos tomar um café?

— Claro que podemos, senhor Wayne. -pisco para a mulher e me viro, eu não sou um homem que consegue com facilidade esse tipo de troca, não faz parte da minha personalidade. 

Subir de elevador seria mais arriscado, vou pelas escadas de emergência. É mais fácil para Horan conseguir desligar as câmeras daquele andar e não envolver a parte hidraulica e seu funcionamento. Me apresso, cada degrau era menos um segundo que passaria longe dela.

Estou ficando maluco! Nenhuma mulher fez minha cabeça como Kristen, e a única coisa que eu queria era ao menos vê-la com meus próprios olhos e garantir de que minha mulher estava bem.

Uma ansiedade descomunal passava pelo meu corpo, era a sensação do primeiro tiro na cabeça de alguém. Um tiro único que te faria vomitar o resto do dia, pensando em como o cérebro estourou tão rapido, como o corpo humano é tão frágil.  

Abro a porta do andar onde ela estava, o lado esquerdo do corredor tinha apenas um policial comum de rua, e uma médica saindo do quarto. Era aquele, com toda certeza!

Dois homens sentados do lado direito, nenhum deles eram suspeitos para mim. Fico entre a parede que leva até o outro corredor, vejo uma mulher limpando em uma distância minima, ela estava distraida com fones no ouvido. Precisava de uma distração maior, algo que pudesse tirar aquele pessoal dali. No meu bolso direito tinha um canivete pronto para cortar a artéria de qualquer pessoa que passe na minha frente. Mas, algo desse tipo me faria sujar as mãos de sangue e não é isso que eu pretendo. Me aproximo da mulher sorrateiramente, que toma um breve susto ao me ter tão perto, no momento exato a puxo para trás colocando a mão na frente da sua boca. 

— Você vai me prometer uma coisa. -falo calmo em seu ouvido, ela ainda está em choque e mal consegue se mover em braços — Vai ficar calada se eu soltar sua boca?

smooth criminalOnde histórias criam vida. Descubra agora