Capitulo 59 - ordinary life

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Mantenho minha cabeça erguida na frente de cada flashs que me cegavam, um sorriso falso no rosto demostrando que não dava a mínima para toda aquela situação. Foram menos de dois dias para que o mundo soubesse sobre mim.

Dois dias malditos que eu não comia, muito menos bebia uma gota d'água, minhas roupas ainda estavam sujas de sangue e já não cheirava tão bem como costumava. Para a mídia isso era um prato cheio, quanto mais estressado estivesse, como minhas roupas parecessem visualmente perigoso, melhor.

A cela tinha menos de seis passos, era como uma solitária no presidio: pequena, escura e humilhante. Sinto meu estômago doer a cada segundo que passa, meus lábios secos e o corpo dolorido. Eu mataria alguém por um analgésico e um copo de água

Estava algemado por todo esse tempo, não podia urinar por causa das algemas, não podia me mover muito pois os pulsos já se encontravam com feridas expostas. Ouvia pessoas falando a cada minuto pelo corredor daquela delegacia, eu estava em uma delegacia onde não sabia sua localização e muito menos tentaria fugir com todo o FBI fazendo minha  guarda.

Collins havia morrido, Kristen tinha feito isso.

Um homem se aproxima das grades descascadas e coloca as mãos nela, levanto meu rosto e vejo um negro com vestes mais caras que as minhas. Ele abre um sorriso satisfatório.

— Justin Bieber, em pessoa. -fala irônico — Como as coisas mudam, não?

Ignoro suas palavras, mantenho a cabeça erguida olhando para ele.

— Está na merda, não te levaram ainda ao presidio federal, não te deixaram tomar um banho. Alias, nenhum familiar seu veio a sua procura. -o homem se abaixa ficando de cócoras para me encarar. — Você não tinha uma mãe? Onde ela esta?

— Eu gostaria de saber se você tem amor pela sua esposa. -pergunto descontraído, abrindo um largo sorriso. Ele tira a mão que estava usando a aliança da grade e levanta. — Espero que ela fique bem.

— Tirem ele daqui. -o homem ordena. Em torno de cinco homens fardados apareceram devidamente armados. Dois deles abriram a cela enquanto três ficam na minha frente. Encosto na parede colocando o peso do meu corpo para conseguir levantar, espero um deles tentar encostar em mim. O medo era visível, eles não tinham coragem de fazer absolutamente nada.

Sou conduzido pelo corredor de celas com mais cinco homens que acompanham o negro na minha frente. A pequena televisão próxima ao portão onde estava um policial local, ainda estampava o meu rosto a cada cinco minutos. O governo não pode me eliminar, seria um tremendo erro.

Entro em uma sala confortável, duas cadeiras, uma mesa e um filtro de água. Um dos policias solta minhas algemas, mas não para me deixar livre. Ele apenas muda a posição, deixando minhas mãos para frente.

O homem senta na cadeira do outro lado e logo em seguida bebe um copo de café que já estava na mesa.

— Podem nos deixar á sós.

— O detendo é de extrema periculosidade...-o policial é cortado pela risada do homem.

— Periculosidade? Olhem só as condições que ele se encontra. Acha mesmo que um cara como esse vai conseguir fugir daqui passando por mim? -realmente esse homem não me conhecia, me sento na cadeira a sua frente, relaxando ás costas.

— Um cara como eu, não vai conseguir fugir assim tão fácil. -enfatizo. Toda aquela gentinha miserável saíram da sala antes mesmo que eu terminasse a frase. O que esta acontecendo com a policia? Eles tinham medo de qualquer um ou é apenas comigo?

Observo o local e não vejo nenhuma janela, nenhuma tranca na porta onde estávamos. Seria fácil...

— Você aceita alguma coisa? Um café?

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⏰ Última atualização: May 06 ⏰

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