smooth criminal

Capítulo 19 - Garantia

Eu não tinha noção de quanto tempo estava dentro do carro, desde quando acordei após o desmaio. Fui jogada na mala escura enquanto ouvia o homem dar ordens do lado de fora, apaguei em algum momento e fui acordada no meio do nada.

Senti que aquele era o momento em que iria morrer, estava frente á frente com a morte e a única coisa que tinha em mente era que não me arrependeria do erro que cometi. Eu não errei! Eu fui justa e ele que acertasse suas contas comigo.

Jeremy me mandou ajoelhar no meio do campo escuro, pediu para que eu rezasse enquanto brincava com a sua arma em uma espécie de roleta russa.

Ele era um sádico!

Justin Bieber parecia um anjo perto do que aquele homem poderia fazer. Eu abaixei a cabeça tentando manter o apoio dos joelhos, já estava pesada e cansada. A corda ao redor do meu dorso me impossibilitava até mesmo de respirar.

Após receber uma ligação, seu foco mudou. Jeremy soltou as cordas que estavam ao redor do meu corpo, ele puxou a minha blusa de botões arrancando-a praticamente de mim. Jogou a peça para trás, me fez ficar descalço e se livrou do mesmo jeito que a blusa, jogando entre aquele lago.

Um de seus homens estava com um alicate nas mãos.

— Você é uma mulher de sorte, Kristen Silver! -exclama, Jeremy anda com uma bengala de marfim ao seu lado, a ponta dela o formato de um punhal dourado, aquela peça reluzia em frente à luz dos faróis do carro.

Ele passa a ponta da bengala sob meu busto de uma forma pejorativa, abaixa uma alça do sutiã e solta um risinho.

— Você gosta dessas mulheres assim. -olha para o outro como se fosse uma piada — Os peitinhos pequenos, uma boa bunda.

— Chefe, eu estou me segurando.

— Se bem que... -Jeremy abaixa meu sutiã e depois levanta a parte dele torcendo os lábios — Não faz o meu tipo.

— Bieber gosta de coisas exóticas.

O homem agachou na minha altura, usando luvas de couro ele aperta a minha mandíbula: — Abre a boquinha pra mim. -ordena.

Faço isso quase forçada pelos seus dedos apertando as bochechas.

— Vamos brincar de caça ao tesouro! -uma pequena amostra de DNA e vamos saber o quão você é importante pra eles.

O canivete foi entregue a ele que me analisa como se estivesse procurando alguma parte do corpo que não fosse ter tantos danos.

Puxa o meu braço esquerdo com força, tento lutar puxando de volta e recebo um puxão pelos cabelos do homem que estava com ele. Um segurou o meu braço enquanto Jeremy passa o canivete afiado sob meu antebraço esquerdo, a lâmina corta, arde traçando um caminho doloroso até próximo ao pulso.

Ele me ergue para cima deixando sangrar no lugar onde estava, me arrasta para um pouco mais perto de onde estava a blusa e aperta meu braço. O sangue pinga em cima da peça.

Antes de jogar a minha bolsa no lago, ele pegou meu celular me obrigando a destravar a tela. As mensagens não respondidas de Harry, poderia ver na tela sua inocente pergunta sobre o dia seguinte; o que iríamos fazer na folga.

O gosto amargo em meus lábios, aflição aumenta ao ter o celular destroçado embaixo do seu pé.

Minha bolsa foi jogada no lago, remédios, qualquer coisa que pudesse me identificar além de uma blusa suja de sangue e sapatos.

Jeremy amarra minhas mãos para trás do corpo, fez questão de me vendar, puxar a corda para cima erguendo meu corpo e me arrastar de volta para o carro; dessa vez, ao seu lado.