smooth criminal

Capítulo 16 - Transferência

POV KRISTEN SILVER

O dia em que eu mais temia estava acontecendo. Aquela cena era completamente horripilante e fazia meu estômago dar voltas e voltas.

Sinto-me enojada, pronta para colocar todo o café da manhã para fora enquanto me perguntava inteiramente que ainda estava fazendo dentro do Metropolitan Detention Center.

Posso pedir para sair da investigação a qualquer momento e acabar de uma vez por todas com esse sofrimento. Eu sou forte o suficiente para o sangue jorrando de uma artéria, uma faca atravessada em um crânio e até mesmo a massa cefálica despedaçada contra a parede. Mas, nunca seria forte para lidar com aquele tipo de situação.

Sabia que aquele tipo de coisa um dia iria acontecer mas não tão cedo. Dou passos firmes me auto ventilando enquanto me direciono até o banheiro masculino. Não estava sozinha dessa vez, os carcereiros colocavam todos para dentro de suas celas enquanto eu estou acompanhada de seis homens do batalhão de choque, armados e prontos para qualquer confronto.

Minha arma em punho, aperto sua trava sentindo o suor em minhas mãos.

Enquanto tinha uns quatro detentos completamente apáticos sem esbouçar reações perante a cena. O novato estava de bruços abaixo de uma poça de sangue da sua própria boca enquanto seu ânus estava completamente corrompido.

Respiro fundo, aperto os olhos tentando garantir que aquilo era real.

A água escorria pelo ralo junto ao que parecia ser alguns dentes e o homem desacordado com os pulsos roxos. Isso não foi apenas um homem, pela brutalidade e violência estava nítido que mais de quatro pessoas tinham participado daquela atrocidade.

Quatro carcereiros seguravam dois suspeitos do ato.

–Vocês dois se acham homens o suficiente não é? -falo incrédula, estendo a mão na frente do corpo fazendo um sinal para que os levem até o buraco. —Sabe muito bem para onde vão levá-los?

— Sim, chefe. -um dos carcereiros responde. Existia uma política dentro desse presídio que eu estava ciente, uma regra que eu não concordo, mas não iria contra nesse momento.

O antigo diretor jogava os estupradores dentro das celas dps maníacos sexuais, aqueles que estavam por anos na companhia de seus próprios pensamentos doentios. Isso era loucura, desumano em qualquer hipótese. Na prática de todos os direitos humanos, você pensa o quão errado é aquela "tradição" e se pergunta "foram eles? E se eles são apenas o bode expiatório assumindo a culpa por alguém". Mas no fundo, a revolta e indignação te faz ser complacente com aquilo, a vontade de jogá-los dentro da cova com os leões não parecia desumano perto do homem desacordado embaixo do chuveiro.

Que eles tivessem o mesmo fim.

— Cala a merda da sua boca. La puta só está fazendo isso porquê queria está no lugar dessa bichinha. Quer ser fodida pela gente. -o moreno disse em um tom pejorativo e desesperado, enquanto está sendo arrastado pra fora do banheiro. Ele sabia o seu destino.

— Qual é o nome do detento?

— Louis Tomlinson. Detendo 176

— Louis? -o chamo pelo nome, tentando saber se ele conseguia responder. Peço para um dos homens do batalhão de choque tentar acorda-lo de uma forma não tão brutal quanto os outros estavam sugerindo.

Os chuveiros já tinham sido desligados, restando apenas a equipe para acabar com aquela bagunça. O detendo tenta erguer a cabeça e não consegue, acordando completamente desnorteado.

Pego a toalha em cima da divisória entre as privadas e jogo na direção do policial.

— Louis, está conseguindo me ouvir? -indago, o homem ergue a cabeça em minha direção. Foi horripilante, os olha praticamente saltados para fora. —Vamos te levar a enfermaria e você prestará uma queixa formal sobre o ocorrido.