Capítulo 26 - Is it wrong?

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Bateram na porta do quarto levemente, abri meus olhos e senti eles doerem com a claridade já existente no cômodo. Não queria levantar, ainda sinto o corpo adormecido. Estava exausta!

Me levantei antes que pudessem abrir a porta, não queria que me pegassem despida.

— Pode entrar. -aviso cordialmente, me acomodo embaixo das cobertas sentando com as costas encostada à cabeceira.

Vejo a mulher loira abrir com cautela, um pouco desconfiada ao passar os olhos para dentro do cômodo que ela já teria entrado diversas vezes. Afinal de contas, essa casa é sua!

Não sabia quais eram as horas exatamente, não tinha um relógio comigo e perder a noção do tempo era como se ele me lembrasse sutilmente a minha posição. Entretanto, parecia ser um pouco mais tarde, pois a mulher já estava impecavelmente bem vestida com seus cabelos arrumados em um coque bonito e lábios rosados. Á medida com a qual se aproxima da cama posso sentir o cheiro adocicado do seu perfume.

Tudo nela beirava a graciosidade e elegância.

— Bieber pediu para te entregar isso. -mostra a cartela de comprimidos um pouco receosa. Eu não acreditava que ele tinha feito a própria esposa vir entregar pílulas anticoncepcionais para a amante.

— Me perdoe! Não precisava trazê-los até aqui.

— O que está pensando? São os remédios que você toma, não são? -arqueou a sobrancelha direita — Meu marido falou que tinha problemas para dormir e eu providenciei isso. -colocou a cartela na mesa ao lado.

— Compreendo. Muito obrigada.

— Pelo o quê? -indaga com escárnio — Pelo remédio ou pelo marido?

— Talvez pelos dois. -a retruco.

— Parece que vai ficar por mais tempo aqui. Então, saiba que ele não gosta de atrasos.

— Acho que você ainda não entendeu. Eu não tenho acesso livre aos outros cômodos, eu sou uma prisioneira, você está com a chave. Então, eu não sei se posso chegar no horário certo.

— Uma prisioneira que tem regalias.

— Eu não vejo nenhuma até agora. -levanto da cama ficando da mesma altura que ela. A mulher suspira olhando para o lado e depois me encara.

— Está fodendo com ele, isso é uma regalia.

— Vocês todas não tem? -refuto, pelo o olhar presumi que a resposta fosse "não".

— Não percebeu que ele não dorme com nenhuma de nós?

— Eu pensei que dormissem as três juntas. Como um grande harém! -ironizo. Eu não consegui entender o meu próprio comportamento, estava sendo hostil ou retrucando na mesma moeda?

A loira dá um passo à frente de uma forma ameaçadora.

— Meu pai não sabe sobre você. E eu não fiz questão de contar, mas se acha que vai ficar sob o mesmo teto que eu e ter o meu homem, está muito enganada. -meu pai? Santo deus! Agora fazia sentindo! Ela acabava de confessar de quem era filha. E isso não era nada bom.

— Você entende que tem mais outras duas pra alertar?

— Com elas eu me resolvo. Agora você...-me olha dos pés à cabeça com desdém — Nem um Versace faz uma cucaracha parecer gente.

Estreitei os olhos a encarando firme.

— O que você disse?

— O que você ouviu. Deveria se lavar um pouco mais pra perder esse cheiro de emigração. -eu não deixei ela continuar com a aqueles ataques, a primeira coisa que fiz foi segura-lá pelo braço virando rápido para imobiliza-la. A loira fica sem ação ao ter o braço torcido para trás.

smooth criminalOnde histórias criam vida. Descubra agora