Meu estômago estava revirando, uma azia que me faz apertar o abdômen e sentir um dos piores mau estar que já tive na vida. Parece que todo o jantar seria posto pra fora pela segunda vez aquela noite enquanto tentava me manter calma dentro do banheiro.
Cada segundo que se passava meu corpo reagia de uma maneira diferente. Saio daquele cômodo e não penso duas vezes em pegar o maço de cigarros jogados em cima da mesinha de cabeceira, os dedos tremem ao riscar o fósforo e tentar acender pela terceira vez.
Caminho em direção a varanda, abro a porta e sinto meu corpo inteiro arrepiar com uma corrente gélida que passa por ele. Me sento na cadeira do lado de fora olhando na direção da floresta, as árvores são tão grandes que fazem o palacete de Mads Malkov pequeno, poderia enxergar entre elas, ao menos no o começo que levava a uma imensa escuridão sendo iluminada pelas poucas luzes acesas da casa e a lua. Uma neblina esbranquiçada e visível demonstram o quão o clima ficaria pior.
Me agarro a coberta que tinha entre os ombros, encolhendo os pés para cima da cadeira. Trago o cigarro devagar, sentindo aquecer o meu corpo enquanto minha mão direita tem dificuldade ao segura-lo.
Olho para o relógio de pulso que ele tinha deixado comigo, era marcado no fuso horário daqui. Marcava exatamente uma da manhã e a sua promessa de que retornaria ao quarto na calada da noite me pareceu falha.
Eu estava sozinha, a ponto de bater de porta em porta procurando por Vick ou Briana, alguém que pudesse me fazer esquecer aquele discussão no jantar, eu precisava me sentir independente e dona das minhas próprias palavras.
Desde o fim do jantar, Justin me trouxe as pressas de volta ao quarto e apenas me disse que em hipótese alguma pregasse meus olhos até ele está aqui, nu e confortável dentro de mim.
Pela primeira vez, eu tinha medo! Uma angústia subia em meu peito como nunca tinha acontecido antes, era como se me torturassem aos poucos, aquela apreensão chegava a me dilacerar.
As palavras de Mads me assustavam.
Ele em si, me assusta.
Olhei para o meio daquelas árvores, tentando descobrir se iria muito longe se fugisse daqui... Acho que a primeira coisa que aconteceria comigo era a morte. Se não fosse por um tiro na minha nuca, seria pelo frio daquele lugar.
O rangido da porta fez meu coração bater mais forte, me encolho entre as cobertas, abraçando meus joelhos e escondendo meu rosto. Céus! Estava parecendo uma criança indefesa com medo de tudo.
Passos largos cada vez mais próximos de mim, poderia respirar aliviada? Era Justin que estava ali, ele seria meu agora.
— Quer um conselho? -a voz estava muito longe de ser a do Justin, meu coração quase parou nesse instante.
Passei a língua entre meus labios ressecados e virei meu rosto para garantir minha confirmação. Ivank estava com suas mãos nos bolsos e usava um casaco mais pesado, aparentava ser quente.
— Onde está o Bieber?
— Jogando xadrez com o Mads.
— Menos mal. -balbucio.
— Não é o que está pensando. -me cortou — Se eu fosse você fugiria.
— Porque?
— Quem perder a partida fica com a estrangeira essa noite. -ele sorriu zombeteiro e caminhou até meu lado, esticou sua mão esquerda para colocar em cima do meu ombro.
— Isso é ridiculo.
— Mads quer você. Pela primeira vez o vi interessado em uma mulher diferente, geralmente é o mesmo padrão.
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smooth criminal
Hayran KurguJustin Drew Bieber, era membro da máfia russa ao dar sua primeira entrada em uma penitenciária nos Estados Unidos. Um homem ambicioso, perigoso e cruel, que não mede esforços para passar por cima de qualquer um é alcançar os seus objetivos. Kristen...