Capítulo 35 - A Thing Called Love

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Six foot six stood on the ground, weighted 235 pounds

But I saw that giant of a man brought down to his knees by love.

He was the kind of man who would                                            gamble on luck
 
Look you in the eye and never back up But I saw him crying like a little whipped pup because of loveJohnny Cash, A thing called love.

As horas tornaram-se dias, dias tornaram-se meses e meses pareciam anos. O tempo vagava devagar, lento, disfuncional, desregulado... parece que estava vivendo em câmera lenta, o mundo não parava do lado de fora daquela casa mas eu me encontro inerte trancafiada em um quarto, completamente sozinha.

Fazem exatamente duas semanas desde a última vez em que ele esteve nesse cômodo. Sem nenhuma despedida, o beijo não parecia que seria o último. Suas mãos deslizaram pela minha cintura, apertaram meu dorso contra seu corpo pálido e quente, os lábios macios me tomaram como sua propriedade, volúpia e desejo. Foi tão intenso... que poderia sentir seu coração batendo mais forte dentro do peito.

Se eu soubesse que seria o último, teria feito diferente. Talvez, teria pedido pra ele ficar um pouco mais ou falaria que o queria de imediato no final do dia.

Justin Bieber se foi pela porta e não apareceu aqui desde então. Nossos encontros eram durante as refeições e seus olhos ignorava a minha presença, ele passava por mim uma hora ou outra pelo corredor, a mesma reta, o mesmo caminho...e ele me ignorava, como se eu não existisse dentro daquela casa.

Eu sou a mais nova rejeitada, isso estava nítido até para as pessoas de fora que encaravam aquela atitude de Justin como vazia. E eu questionei aos seus amigos, tentei saber o que tinha feito e nenhum deles tinha uma resposta concreta.

Aquele vazio começava a doer, Justin Bieber era a unica maldita alma que falava comigo nem que fosse palavras meia boca como palavras de baixo calão... ele sempre tinha algo a dizer.

Aos poucos me sentia usada, uma peça fácil e descartável nas suas mãos.

Mantenho minhas mãos ao redor do corpo enquanto caminhava pelo jardim da sua casa, ainda era cedo e eu não tinha vontade alguma de me juntar a eles na mesa. Não sentia fome, não queria ter que encara-lo enquanto minha ficha caia aos poucos.

Encaro meus pés descalços entre a grama semi úmida, enquanto os irrigadores faziam seu trabalho. Solto os braços, levando minha mão direita até o meu busto passando suavemente sob a pele molhada, não me importo com o que ele falaria se me visse ali. Com o vestido molhado colado ao corpo, praticamente transparente e bem próximo à casa de acesso onde Zayn Malik e Niall Horan estavam sob sua tutela.

Me abaixo devagar, sentando sob meu joelhos. Estico os braços para trás e apoio as mãos no gramado, sentindo o sol tocar minha pele, afagando meus sentimentos com seu calor.

Fecho meus olhos, tentando manter a minha cabeça completamente limpa. Não posso deixar meus pensamentos me dominaram, muito menos entrar em pânico por ter admito aquele sentimento.

— Está um dia agradável. -a voz de Horan me faz abrir os olhos. Encaro o homem por alguns segundos e abro um sorriso tímido.

— Faz um bom tempo que não saia na luz do dia.

— Sei como é. O banho de sol era a minha hora favorita no presídio.

— E esse é o meu presídio.

— O nosso. -Horan aperta o livro na mão direita e suspira — Ele não nos deixa sair sozinhos. Diz que é um risco.

smooth criminalOnde histórias criam vida. Descubra agora