Emily
Um ano depois:
Foi com certeza um dos melhores anos da minha vida.
Para começar eu e Madison nos tornamos muito amigas, fazíamos quase tudo juntas. Conversávamos até tarde, saíamos nos fins de semana, e nos dias que não tinha aula. Ela me contou da vida dela, eu contei da minha, era realmente divertido conviver com ela, além do mais ela era um gênio, não tinha uma equação que ela ou o Josh não soubessem resolver, eles até competiam as vezes.
Especialmente nas noites em que Josh colocava em prática o plano dele de visitar a Madison escondido e arrastava o pobre do Noah com ele, depois enquanto eles se agarravam no banheiro, eu, Noah, Nicoly e Ella (nossas outras companheiras de quarto), brincávamos de algo ou só conversávamos até amanhecer.
As duas tentaram nos ensinar francês mas eu desisti depois de um tempo sem sequer pronunciar uma sentença corretamente, em compensação Noah ficou fluente em três meses o que me chocou e me fez ter que pagar uma sobremesa cara para ele na lanchonete.
Noah é um cara super legal, veio de Dublin na Irlanda, para fazer curso de fotografia, as fotos dele eram simplesmente perfeitas, ele consegue deixar qualquer coisa bonita através de uma lente.
Como aprender uma língua nova não deu certo eu resolvi tentar algum esporte, já que eu sou aquele tipo de pessoa que sobe uma escada e já está morrendo por falta de ar.
Escolhi o surfe por já ser um esporte bem comum naquela região e por ser na água o que diminuia bem as chances de uma lesão séria, pelo menos foi o que pensei.
Praticamente um mês depois quando enfim consegui me equilibrar na prancha, eu caí bem feio, o que me deu uma cicatriz estranha no tornozelo quando bati num coral e tive que levar pontos, também fez os meninos me chamarem de Harry Potter o resto do ano, sim a cicatriz era igualzinha a que ele tem na testa.
Tive vários outros arranhões e hematomas, mas segui na plena força do ódio e posso dizer que sou boa agora. Noah diz que eu sou na verdade “incrível” mas eu sei que é só para me agradar.
Agora uma das coisas boas que o surfe me trouxe foi a boa forma, ganhei curvas que eu nem sonhava que poderia ter, eu me sentia muito bem me olhando no espelho agora, me sentia bonita de verdade. Isso me fez querer sair mais, querer comprar mais coisas para mim, coisas que fossem meu estilo e não coisas que minha mãe escolhia. Foi transformador. Amadureci bastante também, quer dizer, um pouco, já que eu ainda fazia muita merda.
Como quando passamos em frente a um estúdio de tatuagens e piercings e eu insisti para por um piercing no nariz, todo mundo riu do meu desespero e choradeira depois mas ficou uma gracinha. Também queriam fazer uma tatuagem juntos, mas eu xinguei todo mundo e eles desistiram, já achei que estava ferrada o suficiente com meus pais por causa do piercing mesmo.
Falando neles, meus pais, as meninas e o Zack me ligavam ou mandavam mensagens quase todo dia, era bom ao mesmo tempo que um pouco triste conversar com eles, a saudade era gigante. Soube que o Elliot finalmente pediu a Nath em namoro, comemorei muito por ele ter me ouvido mas percebi naquele mesmo dia que as duas estavam meio tensas falando comigo.
— E o Zack? Por que não falou comigo essa semana? – Estava falando com elas pelo Skype, faltava só um mês para acabar o intercâmbio e eu confesso que não via a hora de voltar.
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When we fell in love...
Teen FictionEu sempre fui apaixonada por ele. Desde criança, desde que ele me protegeu naquele primeiro dia de aula. Só tem um problema, a partir daquele dia Zack me trata como uma gatinha indefesa, pequenininha e que precisa de ajuda para tudo, e não me leve a...