Capítulo 56

8.5K 589 38
                                    

Emily

Eu encarava quatro rostos chocados sentados a minha frente na mesa de almoço da cantina. Eu finalmente tinha contado a todo mundo que iria embora.

— V-VOCÊ VAI O QUE? – Nath gritou depois de alguns segundos.

Leah me olhava com os olhos arregalados mas ela e Nath se entreolharam, Nath suspirou e em seguida as duas vieram juntas e me abraçaram.

— Uau amiga, isso é incrível! Parabéns. – Olhei para as duas e elas sorriam.

— Jura? Não estão bravas ou chateadas comigo?

— Só um pouquinho chateadas por que vamos perder você, mas a gente sabe como isso é maravilhoso Emily, poxa é a Austrália! E jamais ficaríamos bravas pelo sucesso da nossa melhor amiga.

— É, se todo mundo aqui estivesse na mesma situação faria a mesma coisa que você, eu tenho certeza. – Elliot disse sorrindo.

— Quando foi que todo mundo aqui ficou tão maduro desse jeito? – Os olhei incrédula.

— Acho que quando a gente passa por tanta confusão como foi esse ano acaba amadurecendo um pouquinho. – Ross deu de ombros.

— É mas só um pouquinho por que vamos passar todo tempo livre que tivermos juntas até você ir. Claro se o Zack não nos matar por isso. – Leah riu.

— Acho que ele não vai não. – Disse abaixando a cabeça.

Zack não fala comigo desde o dia que eu contei para ele e se por um lado isso estava me destruindo, por outro eu achei melhor assim, quem sabe seria mais fácil ir se nós não ficassemos grudados 24 horas por dia como era antes. Mas eu realmente queria saber como ele estava se saindo nas provas finais, tinha certeza que ele passaria sem problemas mas queria poder dar apoio.

— O que aconteceu? – Nath perguntou.

Contei tudo a elas, quase chorando. E elas me abraçaram e disseram que ficaria tudo bem, que ele talvez só estivesse dando tempo para mim e que logo voltaríamos a ser como éramos antes. Eu me agarrei a essa esperança com toda minha força, tudo que eu mais queria era voltar a ser como éramos antes.

A semana foi passando, as provas enfim iam acabar, minha prova final seria no sábado, depois que todos já tivessem terminado as provas e aí eu teria que me preocupar de verdade com essa viagem. Assinar todos os documentos necessários e tudo mais, ainda não tenho data para ir mas a diretora me prometeu que dessa vez eu teria mais tempo com minha família e todo mundo.

Assim chegou a última prova, matemática. Dizem que é a pior prova de todas, mas eu a faço em 20 minutos. Assim que comecei a ler percebi que ela estava até que razoavelmente difícil mas ainda assim eu sabia tudo. Já ia começar a responder quando por algum motivo eu olhei para o lado, Zack estava sentado a umas duas carteiras de distância de mim e ele parecia que ia desmaiar, eu sabia que matemática não era nem de longe a matéria favorita dele, mas nós estudamos aquilo por uma tarde inteira, ele só precisava se acalmar e lembrar.

Estava pensando até em jogar alguma coisa nele para chamar sua atenção mas não sei como ele olhou para mim e eu fiz o que sabia que acalmava ele. Mandei ele respirar fundo e sorri pedindo para ele se acalmar, fiz isso uma vez quando éramos pequenos e a tia Vivian e minha mãe nos levaram para tomar vacina, eu sorri desse jeito e ele foi comigo como se fosse a melhor coisa do mundo.

Assim ele virou para a frente, respirou fundo e começou a responder, fiz o mesmo e como disse acabei em meia hora, um pouquinho a mais do que eu esperava.

Sai da sala e estava pensando em ir embora quando encontrei com a Nath.

— Oi, já acabou? – Ela perguntou incrédula. – Meu Deus você tem um computador no lugar do cérebro?

— E você? O que faz aqui se não acabou?

— Vou ao banheiro, pensar tanto cansa minha beleza. – Ela suspirou. – Amiga tudo bem? Você parece meio nervosa. Acha que foi mal?

— Ah não, é que o Zack ainda está fazendo a prova, eu só queria saber como ele foi mas não acho que ele vai me contar.

— Aí amiga, sinceramente vocês estão sendo muito bestas.

— Como assim?

— É se fosse eu, trancaria o Elliot num quarto e só sairiamos no dia de eu ir embora. Sem essas frescuras de dar tempo para pensar ou ficar evitando um ao outro. Poxa vocês já vão ficar SEIS ANOS separados, isso para mim é muito tempo para pensar em muita coisa, agora vocês tinham é que estar mais juntos do que nunca.

— Nath...

— E nem vem com essa besteira de que namoro a distância não dá certo, se fosse qualquer outro casal eu concordaria amiga. Mas são vocês, e vocês se amam demais para deixar qualquer coisa atrapalhar, então se tem alguém que eu sei que faria dar certo, são vocês. – Ela sorriu amigavelmente para mim e saiu correndo dizendo que se não voltasse agora tirariam a prova dela.

Fui pensando no que ela disse até lá fora e resolvi esperar o Zack para conversarmos e resolvermos isso de uma vez por todas por que eu já não aguentava mais a saudade que estava dele. Todos os alunos saíram e nada do Zack, fiquei pensando se ele ainda estava fazendo a prova e se seria boa ideia eu ir atrás dele quando ele enfim chegou.

— Emily... – Levantei o olhar para ele querendo mais que tudo abraça-lo.

— Zack eu... Eu queria falar com você...

— É, eu também. – Ele coçou a nuca como faz quando está nervoso. – Eu queria pedir desculpas por estar te evitando, eu só achei que seria mais fácil...

— Se a gente não ficasse tão junto? – Completei por que era exatamente o que eu achava.

— Sim.

— Mas não vai ser mais fácil Zack, de nenhum jeito, eu sei disso, por favor vamos parar com essa besteira? Eu te amo muito e...

— Não aguento mais ficar longe de você. – Ele foi se aproximando. – E também acho que devíamos aproveitar...

— Enquanto eu ainda estou aqui. – Encostei a testa na dele rindo quando ele me abraçou. – Já estamos completando as frases um do outro assim?

— Parece que sim. – Ele me deu um beijo na testa me abraçando e eu me aninhei no peito dele ouvindo seu coração, estava muito bom, até ele se afastar dando uma risada. – Ei sabe o que eu acabei de perceber também?

— O que?

— Acabou a semana de provas. – Sorri entendendo a onde ele queria chegar. – Significa que o acordo acabou também não é?

— É, acho que sim. – Tentei beijar ele mas ele desviou e beijou meu pescoço.

— Hum, eu tô doido para te agarrar, mas não vou fazer isso no estacionamento da escola bebê.

— Por que? Não tem ninguém por perto. – Tentei puxa-lo de novo mas ele era mais forte.

— Nossa, o que aconteceu com a minha namorada certinha e envergonhada? – Ele me olhou com a sobrancelha erguida.

— Ela tá carente. – Comecei a beijar o pescoço dele para ver se ele cedia e ele apertou minha cintura abrindo a porta do carro.

— Entra logo, ou vai ser aqui no estacionamento mesmo... – Ele sussurrou rouco no meu ouvido mordendo minha orelha em seguida.

Não sei como ele conseguiu dirigir até minha casa, por que eu fiquei provocando ele o caminho todo e ele só me olhava bravo, nem vi como ele estacionou o carro por que ele me puxou para dentro em segundos e agora Zack estava me pressionando na porta do meu quarto me beijando como se o mundo fosse acabar.

Abri a porta e nós dois quase caímos no chão rindo, Zack a fechou com o pé sem parar de me beijar um segundo.

— Finalmente a sós. – Puxei ele arrancando rápido seu casaco e largando em qualquer canto no chão, Zack se afastou e puxou a camisa jogando no mesmo lugar e eu suspirei.

— Gostoso... – Disse e ri.

— Tá bom, quem é você e cadê minha Emily? – Ele disse rindo também.

— Ela tá aqui, vem pegar... – Ele me beijou e eu gemi na boca dele quando Zack apertou minha bunda.

Ele me empurrou pra trás até que encostei na cama, ele me deitou passando os beijos para o meu pescoço enquanto levantava minha blusa, ajudei ele a puxando e jogando também longe, passei minhas unhas pelo seu peito descendo até a barra da calça quando ele me parou.

— Não não, você não pensa que vai ser fácil assim né? Me provoca e depois quer sair ilesa? – Ele sussurrou.

— Zack... – Gemi o nome dele quando ele deu um chupão forte abaixo da minha orelha.

— Lembra quando você disse que eu podia te marcar bebê? – Ele continuou mordendo e beijando o mesmo ponto sensível. – Então eu vou te marcar inteira. Para toda vez que um australianinho de merda se aproximar, ele saber que já tem alguém que cuida muito bem de você.

— Que ciumento. – Sorri, os chupões desceram lentamente até o meio dos meus seios, me deixando cada vez mais ansiosa, foi aí que ele percebeu que o fecho era na frente e sorriu.

— Gostei desse, é bem mais fácil de tirar...

Ele o tirou rapidinho e eu pensei seriamente em só comprar lingerie assim agora, Zack sorriu malicioso descendo a língua por um dos seios para em seguida chupar forte e eu quase tive um orgasmo só com isso. Ele continuou brincando comigo o quanto queria e por mais que eu tentasse reverter as coisas ao meu favor ele não deixava.

Então depois de deixar todo meu colo com marquinhas roxas e vermelhas, ele voltou a descer até que chegou a minha cintura, tirando minha calça. Zack mordeu cada centímetro das minhas coxas, mas não chegava nem perto de onde eu mais queria.

— Zack por favor... – Resmunguei tentando convence-lo.

— O que você quer bebê?

— P-para de me torturar. – Joguei a cabeça para trás quando ele finalmente deslizou a mão para dentro da minha calcinha.

— Não sei não, parece que você tá gostando em... – Ele deslizou um dedo para dentro de mim movimentando bem devagar.

— Eu quero você dentro de mim não seu dedo... – Mordi seu maxilar descendo as mãos até a calça dele onde eu desabotoei puxando pra baixo quando o senti tirar minha calcinha, em seguida ele se afastou pegando algo na calça antes de a jogar com nossas outras roupas.

Zack sentou encostado na minha cabeceira e me puxou para o colo dele, o beijei enquanto tirava a cueca dele por que eu não aguentava mais esperar. Foi tempo demais longe dele, depois a gente fazia com mais calma.

Zack puxou minha cintura me aproximando ainda mais do corpo dele mas parou de me beijar me estendendo uma camisinha, ele ainda estava com aquela paranóia de que meu pai ia matar ele se acontecesse alguma coisa.

— Põe pra mim? – Ele sorriu enquanto eu ri e a peguei da mão dele mordendo o lábio, a coloquei em seu membro e abracei seu pescoço.

— Prontinho. – Pensei que ele ia nos virar mas ele segurou no meu cabelo, o puxando e me fazendo inclinar a cabeça enquanto ele sussurrava no meu ouvido.

— Agora senta. – Zack mordeu minha orelha, me ajeitando em cima dele, me fazendo descer, gemi no pescoço dele enquanto o via morder a boca quando eu rebolei.

Eu subia e descia olhando nos olhos dele, as vezes devagar só para provoca-lo mais um pouquinho, o que o fazia fechar os olhos bravo e estocar em mim com força me fazendo tampar a boca para não gritar, mas confesso que eu amo.

— Vem cá. – Zack agarrou minha cintura me jogando contra a cama e ficando por cima enquanto me beijava, ele começou a estocar com força segurando meu lençol, arranhei as costas dele sentindo meu orgasmo se aproximar.

— Zack... – Apertei as pernas na cintura dele o fazendo ir mais fundo completamente tomada pelo prazer, e ele não estava tão diferente de mim.

— Ah Deus... – Ele disse contra o meu pescoço quando nenhum de nós aguentava mais, meu orgasmo fez minha cabeça rodar, era uma sensação perfeita, que me fazia queimar por dentro, ele apertou minha cintura e também gozou.

Zack caiu na cama, ofegante e cansado igual eu, ele me puxou para cima dele, e eu abraçei sua barriga deitando a cabeça no seu pescoço.

— Eu definitivamente amo sexo de reconciliação. – Ele disse ainda sem fôlego me olhando e nós dois rimos.

— Pois é, até a tortura foi boa. – Disse dando de ombros.

— Aé? Então acho que vou fazer mais vezes... – Ele ficou quieto quando ouvimos uns barulhos lá embaixo.

— Emily? – Era meu pai. – Filha é você que está aí em cima fazendo barulho?

— Ah não... – Zack levantou correndo e eu também, mas só deu tempo dele por a cueca e eu a calcinha e uma blusa antes do meu pai entrar e dar de cara com aquela cena. Maldita hora que esqueci de trancar a porta.

Ele apenas ficou parado encarando o Zack de cueca no meio do meu quarto e eu sentada na cama só com a blusa que acho que também era do Zack.

— P-pai? – Resolvi falar algo antes que ele caísse duro no chão. – Olha eu posso...

— Shh... Você, você... – Ele olhava de mim para o Zack, mas apontava para ele indignado e acho que querendo dizer mais coisas, até que ele começou a ficar meio vermelho. – VOCÊ!

Eu pensei “pronto, meu namorado vai morrer” mas o Zack estava com mais medo do que eu pensei por que ele simplesmente se jogou da minha janela. No segundo andar, e de cueca.

— Zack! – Corri até lá para ver se ele não tinha morrido na queda. – Zack?

— E-eu tô bem! – Ele disse com dificuldade.

— Não por muito tempo! – E meu pai saiu correndo escada abaixo, joguei a calça dele e os sapatos que ele conseguiu pegar antes de fugir pela rua até o carro dele, infelizmente eu não pude jogar a camisa por que eu ainda estava vestindo ela.

— Aí não. – Voltei para a cama vendo minha mãe entrar rindo no quarto.

— Não liga, seu pai sempre foi exagerado, ele não vai conseguir pegar o Zack. – Ela deu um beijo na minha cabeça. – E sabe, fico feliz que estejam usando proteção, mas eu jogaria isso fora antes do seu pai voltar.

Ela apontou para o pacote de camisinha no chão e eu afundei a cabeça nas mãos morrendo de vergonha.

Se você tiver a opção de ser pega pelos seus pais fazendo sexo ou pegar uma doença terminal, escolha a doença.

— Mãe...

— Tudo bem, mas você pode dizer que a mamãe sempre está certa? A mamãe adora ouvir isso.

— Tchau mãe. – Ela saiu rindo mais e eu me joguei na cama tentando não rir de nervoso também.



When we fell in love...Onde histórias criam vida. Descubra agora