Crystal
— Droga, para! – Empurrei a enfermeira para longe. – Sai daqui, você já fez demais.
— Mas, tem que limpar o sangue ainda...
— Não ligo, você está me irritando, agora SAI! – Assim que ela saiu, tentei limpar aquele sangue que já tinha até secado, nem doía mais, mas era uma nojeira.
— Amiga, trouxemos suas coisas. – Sarah disse entrando na enfermaria junto com a Carly.
— Por favor me deem uma notícia boa, me falem que aquela vadia foi expulsa! – Pedi ainda tentando limpar aquilo.
— Não sabemos, vimos a diretora entrar lá assim que saímos.
— Mas é difícil ela ser expulsa, com uma média tão alta quanto a dela. – Sarah completou.
— E os prêmios das feiras de ciências que ela já ganhou para a escola. – Carly continuou.
— E as...
— Eu já entendi que ela é um génio! Não precisa ficar citando tudo o que aquela nerd já fez para a escola! Ela tem que ser expulsa e acabou! Eu conversei com a diretora, mas tenho que ter certeza de que ela vai ser expulsa. Eu quero falar com o meu pai! – Elas me deram meu celular e tentei ligar para o número pessoal dele, que só atendeu na terceira tentativa. – Papi!
— O que foi amorzinho? Papai está ocupado.
— Eu quero que você mande expulsar alguém da minha turma. – Fiz voz de choro. – Ela me fez muito mal papai...
— De novo isso Crystal? Já conversamos sobre expulsar colegas.
— Conversamos? – Perguntei me fingindo de desentendida.
— Sim, você não pode fazer isso. Na verdade, achei que tinha parado com isso no oitavo ano.
— Mas papai...
— Por que você não vai ao shopping com suas amigas, ou qualquer coisa assim para esquecer os problemas? É isso que sua mãe faz, só que ela compra diamantes.
— Pai...
— Não adianta discutir Crystal, papai vai começar uma reunião agora, preciso ir. – E ele desligou fazendo eu me estressar ainda mais.
— Nada deu certo! Que ideia idiota foi aquela de trocar o uniforme dela? Nenhum garoto tirou os olhos dela a aula toda! PRINCIPALMENTE O ZACK!
— Não era aquele que iríamos pôr, era um com um monte de insetos sabe? Mas as garotas da torcida se recusaram a encostar no uniforme cheio de insetos. – Carly se defendeu.
— Mas também, quem em sã consciência encostaria naquelas coisas nojentas? – Sarah revidou.
— Da próxima vez façam direito! Eu quero acabar com ela, humilhar ela! Não fazer ela parecer uma maldita coelhinha da playboy! Agora me ajudem com esse machucado. – Disse entregando um algodão para Carly e um remédio para Sarah. – Como ela pôde me acertar uma bolada? E o Zack não fez nada! Que tipo de namorado ele é que não me defendeu e brigou com aquela nojenta?
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When we fell in love...
JugendliteraturEu sempre fui apaixonada por ele. Desde criança, desde que ele me protegeu naquele primeiro dia de aula. Só tem um problema, a partir daquele dia Zack me trata como uma gatinha indefesa, pequenininha e que precisa de ajuda para tudo, e não me leve a...