Emily
Estou namorando. É tão surreal dizer isso, mas ao mesmo tempo tão bom que eu não canso de dizer. Estou namorando, estou namorando com o Zack! Eu sei, sou ridícula.
Bom eu nunca namorei, mas como o Noah disse, não deve ser nada muito diferente do que o que eu e o Zack fazíamos antes, a diferença é que agora a gente se beija, e tenho que dizer que a gente se beija muuuito, e é tão bom.
Mas falando daquele loiro chato do Noah, eu sentiria muita saudade dele, mas sei que sempre que eu precisar ele estará lá por mim, mesmo de longe e ele também sempre pode contar comigo.
Domingo de manhã Zack me avisou que a mãe dele tinha me chamado lá e ele queria aproveitar para contarmos sobre nosso namoro. Isso se minha mãe não tivesse contado antes. E quando chegamos lá tia Vivian estava nos esperando zangada.
— Sério que eu tive que saber da minha melhor amiga que meu próprio filho está namorando? – Ela perguntou fazendo uma cara magoada. – Por que eu sou sempre a última a saber das suas coisas Zack? Você não confia mais na mamãe é isso?
Se eu não conhecesse a tia Vivian até ficaria chateada também, mas sabia que aquilo era só drama e ela não estava magoada de verdade.
— Mãe não é nada disso, nós estávamos vindo te contar agora mesmo, a tia Marisa só soube primeiro por que ela estava lá quando eu fiz o pedido.
— Ah então quer dizer que na frente dela você faz pedidos de namoro e declarações românticas né? E na frente da mamãe não?
E ele teve que me pedir em namoro de novo, na frente da mãe dele, foi muito engraçado mas o bom é que a tia Vivian adorou. E depois ela passou o dia inteiro dizendo que intuição de mãe nunca falha e que Zack deveria a ouvir mais, por que ela sempre esteve certa sobre nós dois.
Segunda-feira entramos na escola abraçados, mas não vou falar que todo mundo olhou por que na realidade ninguém olhou. Nós já andávamos daquele jeito normalmente então inicialmente ninguém estranhou nada.
A primeira que reparou mesmo no nosso clima de casalzinho apaixonado foi a Crystal, durante a aula de educação física que tínhamos juntos e o Zack ficava me abraçando e brincando comigo, mas por incrível que pareça ela não disse ou fez nada, só nos olhou de longe.
Agora quando Zack me deixou na porta da próxima aula me beijando antes de ir para sala dele, várias pessoas nos encararam o que me fez ficar um pouquinho envergonhada mas ele apenas riu e disse para mim não me preocupar. Algumas delas até me falaram que sempre acharam que eu e Zack éramos irmãos.
O dia começou a passar rápido e sem nenhum problema depois disso e devido as últimas semanas doidas que eu tive, eu estava agradecendo bastante.
No fim da aula a diretora pediu pelos auto falantes que todas as turmas do segundo e terceiro ano comparecessem ao auditório por que ela tinha um anuncio importante. Nós nos juntamos e seguimos até lá como ela mandou.
— Bom dia jovens, eu queria primeiramente parabenizar mais uma vez nossos jogadores pelo incrível desempenho no campeonato deste ano. – Ela disse no microfone e nós aplaudimos os meninos que já estavam sem graça com toda essa atenção. – Como eu os informei a alguns dias, hoje nós faremos a votação para saber o que faremos com os 6 mil reais ganhos do prêmio. Conversei com todo o corpo de professores e decidimos entre duas opções. Vocês podem escolher entre uma viagem com as turmas, ou uma maravilhosa reforma no laboratório de química!
Acho que não preciso dizer que foi quase unânime os votos para a viagem né? O que não deixou a diretora muito animada pelo visto, afinal, aguentar mais de 60 adolescentes em uma viagem não deve ser tão fácil assim.
— Que pena, eu gosto tanto de química. – Zack disse, sorrindo brincalhão (não é muito seguro o Zack em um laboratório de química, por que uma vez na oitava série, ele “acidentalmente” pôs fogo na peruca do professor de química, nunca ri tanto em toda minha vida mas Zack pegou duas semanas de suspensão).
— Quietinho aí Zack. – Nath jogou uma bolinha de papel na cabeça dele. – Ninguém gosta de química, é difícil, cheio de cálculos complicados, além de ser perigoso.
— É por ser perigoso que é legal...
— Tudo bem, tudo bem, vocês querem viajar né? – A diretora bufou chamando nossa atenção de volta para ela. – Então os lugares para os quais eu telefonei, porque já esperava essa resposta, são...
— SEMANA DE MODA DE PARIS! – Nath gritou do meu lado se levantando e como todo mundo tinha feito silêncio e estávamos nas primeiras fileiras, todos olharam para ela.
— An, obrigada srta, mas Paris é um pouco acima do orçamento que temos. Nossas opções de destinos são...
A diretora falou alguns lugares e a turma ia votando sim ou não, no final sobrou, uma estação de esqui em vermont que teria sido a viagem de formatura do terceiro ano se eles não se formassem no verão, ou visitar a casa branca em Washington e como agora estávamos no início do inverno e ninguém estava nem aí para a casa branca, decidimos por vermont. Nath estava bem animada, mesmo não sendo paris ela amava neve e os olhos dela brilharam ao saber que lá era um vale cercado de montanhas.
— Muito bem, irei telefonar de novo para eles e acertar todos os detalhes da viagem, até o fim dessa semana possivelmente as autorizações estarão prontas para seus pais assinarem. Estão dispensados por hoje.
— Vocês vão nessa viagem né? – Ross perguntou assim que saímos.
— Neve molhada, frio e vários adolescentes malucos juntos no mesmo hotel, o que pode dar errado né? – Leah disse irônica.
— Deixa de ser chata Leah. Estou sentindo que essa vai ser a melhor viagem das nossas vidas! E é neve! Não existem muitas coisas nessa vida melhores que neve! E eu nunca esquiei! Amor, você vai viajar comigo né? – Nath fez a típica chantagem dela no Elliot, ficou beijando o pescoço dele e sussurrando. – Hum, você vai né Elliot? Né meu amor?
— Uhum, pode continuar... – Ele respondeu fechando os olhos e a abraçando.
— Parem com isso. – Ross disse fazendo cara de nojo.
— Imaginem só como vai ser romântico gente! – Nath continuou tentando nos convencer. – Ainda mais agora que todo mundo tem seu parzinho.
Ela fez um coração com as mãos para o Ross e a Leah e depois para mim e o Zack.
— Bom, se você vai, mamãe vai me obrigar a ir também então... – Ross deu de ombros e abraçou a Leah de lado a olhando malicioso. – E pode até ser legal no fim das contas.
— É talvez seja mesmo. – ela deu um selinho nele que sorriu.
— Safados... Eu que devia ficar com nojo aqui. – Nath riu.
— Eu vou também. – Elliot disse beijando a bochecha da Nath.
— E minha oompa loompa aqui? Vai ir também? – Zack perguntou me abraçando por trás e beijando minha bochecha.
— Não sei não, amaria ir, mas meu pai deixar vai ser tão difícil. – Resmunguei.
— Se a tia Marisa te ajudar ele deixa sim. – Ele me deu um selinho. – Em todo caso, se você não for eu não vou.
— Mas...
— Shh, como você acha que eu conseguiria ficar em um lugar tão romântico assim sem minha maravilhosa namorada? – Ele arqueou as sobrancelhas e eu o abracei e devolvi o selinho sorrindo.
— Minha mãe vai deixar relaxa.
— Gente, temos que ir, nos vemos depois tá? – Ross foi embora com o Elliot e a Nath, e Leah foi até a moto dela indo também.
— O que você acha de eu te levar para tomar um sorvete agora? – Zack me puxou até o carro dele me encostando nele e ficando na minha frente.
— Eu ia adorar... – O celular dele apitou e ele o pegou rapidamente e depois me olhou bufando.
— Vou ter que substituir um cara no trabalho, foi mal Emy.
— Tudo bem. – Dei de ombros. – Eu posso ir para casa andando e a gente sai outra hora.
— Espera, eu nunca te levei no meu trabalho né?
— Não, eu nem sei no que você trabalha Zack. – Disse rindo.
— Eu sou garçom em uma cafeteria. Ei o que acha de eu te levar lá? Você me espera e depois a gente sai. Eu só vou cobrir meio turno dele.
— Não vai ter problema?
— Claro que não, eu te apresento para o pessoal também, tenho certeza que eles vão te adorar.
— Ah, então tá bom.
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When we fell in love...
Teen FictionEu sempre fui apaixonada por ele. Desde criança, desde que ele me protegeu naquele primeiro dia de aula. Só tem um problema, a partir daquele dia Zack me trata como uma gatinha indefesa, pequenininha e que precisa de ajuda para tudo, e não me leve a...