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P.O.V. Alice

Algumas horas antes...

Emma estava orgulhosa em ter me ensinado o feitiço, parece que eu tinha um novo anjo da guarda.

- Me conte um pouco da sua história. - Disse enquanto amassava uma espécie de "pedra" de cocaína com uma colher.

- Não devia usar tudo isso. - Falei me levantando enquanto ainda não acreditava que o poder nunca havia se esvaido e que tudo poderia ter sido evitado.

- Não era você que queria curtir a vida? - Pareceu não me dar ouvidos.

- Certo, não vou ser uma pé no saco. - Gargalhamos. - Obrigada, de verdade. Não sabe o quanto me fez esquecer um pouco da realidade, me sinto melhor.

- O mundo não é um lugar ruim, só está mal frequentado. - Emma disse e logo em seguida cheirou uma grande fileira. Sabia que não era a única a pensar assim.

Me levantei e fui na outra fileira sentindo o cheiro que eu não julgava ser ruim.

- Acabei de perder a razão da minha existência.

- Leonardo morreu? - Me perguntou espantada.

- Bom, eu espero que não.

- Então o que aconteceu? - Se sentou na cadeira batendo no assento da outra indicando para que eu também me sentasse.

- Estava grávida, acabei de perder o meu filho.

- Sinto muito. - Pegou em minhas mãos. - Não quero ser evasiva mas, como sabe que era um menino?

- Intuição. - Respondi vagando em meus pensamentos lembrando de Baltazar.

Desviei meu olhar para porta e vi Félix que apareceu de repente parado com um olhar de espanto.

- Que merda está acontecendo aqui? - Gritou enquanto me analisava dos pés a cabeça. - Te deixei a poucos minutos completamente acabada!

Emma recuou em um canto, aparentava ter medo dele. Me fiz de desentendida

- Não estou te entendendo. - Andei na direção em que minha amiga estava buscando uma certa "proteção".

- Não dê nem mais um passo! - Félix gritou novamente vindo em minha direção me jogando na cômoda derrubando tudo o que estava em cima abrindo um corte no meu braço.

- Não faça isso com ela! - Emma pulou nas costas de Félix, o mesmo bateu na parede com muita força fazendo ela cair no chão, logo em seguida começou a distribuir vários pontapés, sangue saía de sua boca.

Precisava fazer algo mas magia não poderia ser usada, humanos não podem saber da existência de celestiais e eu não estava em um dos meus melhores dias.

- Por favor, não faça isso! - Implorei já sentindo as conhecidas lágrimas nos meus olhos.

Félix veio em minha direção e parou na minha frente.

- Tenho uma idéia melhor. - Tirou duas pistolas do paletó, engatilhando uma apontando para minha cabeça e me entregou a outra. - Atira nela ou eu atiro em você.






👽 vão ser dois capítulos pra compensar a demora 💙

Unidos pela LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora