Capítulo 2

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Lily

- Acorda Will - entrei no seu quarto como um flash - Aiiii mas que merda Will !!- gritei pulando em um pé só, pois o criado mudo estava ao lado da porta, mas até ontem ele estava ao lado da janela, porque meu amigo tem essa mania de trocar as coisas de lugar toda hora.

- O que foi Lily ? Não grita sua doida não tá vendo que eu estou dormindo. - se cobriu inteiro com o lençol.

- Levanta que você tem que me ajudar a escolher uma roupa e eu só tenho quarenta minutos - puxei o lençol e ele se levantou reclamando algo que não entendi. - e vê se para de ficar mudando as coisas de lugar.

Me virei pra sair, mas esqueci que havia deixado a porta aberta resultado, bati com a testa bem na ponta da porta. Me segurei pra não soltar um palavrão daqueles.

- Deixa eu ver isso - Will ficou na minha frente - Nossa tá saindo sangue. - me assustei e corri para o espelho, o corte foi um pouco acima da sobrancelha - isso não dá pra disfarçar com maquiagem.

- Você tem um band-aid ai ? - perguntei, ele abriu a primeira gaveta me entregando o band-aid, rosa com várias joaninhas.

- Você tá me zoando, não vou usar esse negócio. - O olho inconformada.

- Coloca logo isso, eu vou procurando a sua roupa, não demora.

Saiu do quarto me deixando sozinha e irritada, não tem coisa pior que bater com o dedinho do pé em alguma coisa e pra completar minha sorte eu meto a cara na porta, bem que dizem que as portas são burras, Lily você não pode julgar muito não, meu subconsciente sempre motivador. Sai do quarto seguindo para o meu, encontrando um vestido preto e vários acessórios em cima da cama. Não demorei nem dez minutos e já estou pronta, sai do quarto o encontrando na cozinha.

- Lily por favor, presta atenção em tudo e olha por onde anda - peguei uma maçã e sai.

- Eu não sou tão idiota assim, pelo amor Will.

- Boa sorte amiga - me mandou um beijo no ar, fingi que peguei e coloquei dentro da bolsa.

Assim que subi no ônibus, me sentei ao lado de uma mulher que estava com uma criança no colo, ela me olhou e sorriu fiz o mesmo. Com o passar do tempo já estava ficando incomodada com as pessoas olhando pra mim, não é possível que ninguém pode colocar um band-aid fofinho no rosto que as pessoas olham, peguei meu celular e tentei esconder com o cabelo.

- Até que não é tão feio assim - falei pra mim mesmo.

O ônibus parou e sai praticamente correndo, por sorte não estou atrasada, coloquei meu crachá. Assim que dou a primeira passada alguém esbarra em mim derrubando minha bolsa . O encarei e senti minhas pernas bambas e um frio na boca do estômago.

- Me desculpe, eu não te vi - ele pegou minha bolsa e bateu na tentativa de limpa-la, sorri.

- Não tem problema eu também estava distraída -  disse ainda atordoada, ele me entregou a bolsa.

- Você vai entrar ? - apontou para o grande prédio a nossa frente, assenti. Caminhei ao seu lado até o elevador, quando fui apertar para subir nossas mãos de encontraram, senti um choque percorrer por todo meu corpo me fazendo tirar a mão bruscamente. As portas se abriram então entramos juntos, não havia mais ninguém no elevador o que me deixou nervosa. - Você vai pra qual andar ?

- Último - digo olhando para baixo, não consigo encara-lo, por que ?. Sinto o elevador começar a se movimentar.

- Você está procurando o Sr Watson ? - ficou de frente a mim.

Meu irresistível chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora