Capítulo 43 - último

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Lily


Acordei de manhã ou devo dizer de tarde, já que na noite passada não fechei os olhos por mais de uma hora. Já sabia que bebês recém nascidos precisavam da tanta atenção mas não imaginava o quanto. Minha sorte é o Aaron, ele estava tão nervosos achando que não conseguiria ou não se sairia bem como pai e até para segurar nossa filha ele estava com receio. Depois de algumas semanas ele finalmente perdeu o medo e admiro sua disposição em passar a noite acordado junto comigo. Isso me deixa radiante mesmo com todas essas noites de sono mal dormidas, ele esta feliz e não esconde isso. Faz questão de ficar com ela praticamente o dia inteiro e quando não vai trabalhar, ele é o pai mais babão, carinhoso e protetor que conheço. Á ajuda dos meus pais mesmo de longe é muito bem vinda, sempre recorro a minha mãe quando não sei o que fazer quando ela começa a chorar desesperadamente. Desde que voltei para os Estados Unidos, eles já vieram aqui duas vezes e isso não é nada ruim.

Ainda sentada na cama percorro o olhar pelo cômodo vazio. Pela hora Aaron já está na empresa. Preciso falar da sua mudança, conseguiu seu cargo de contador por conta própria e honestamente, parecia uma garotinha quando foi fazer a entrevista, e quando passou ficou radiante, só o vi assim no dia em que a nossa filha nasceu. Ele me contou que essa era a primeira vez que trabalhava realmente na sua área de formação e não precisou usar truques ou seu nome e status para conseguir a vaga, ele é muito inteligente já sabia disso, mas me surpreendo a cada dia. O Aaron arrogante, rude, egoísta e mal educado que conheci a algum tempo atrás faz parte agora de apenas algumas lembranças, algumas delas até engraçadas mas faço questão de lembra-las, afinal foi justamente por aquele Aaron que me apaixonei. Esse novo Aaron está completamente diferente, um diferente muito bom. Tudo bem que as vezes ele fica de mau humor mas sempre passa. E seu ego sempre intacto isso o deixa engraçado.

Não posso deixar de mencionar sobre como estamos agora que voltamos para Nova York, sua antiga casa que antes era sem vida e com cores monótonas deu espaço para uma casa mais iluminada e com cores mais fortes e vivas. Mesmo depois de três meses da minha cirurgia cesariana ele ainda me trata igual, sempre me ajudando nas pequenas coisas e sempre atencioso. O convenci de não contratar empregados ou babá, a Suzana está sendo como uma mãe para ele e uma avó para nossa filha. Já que sua mãe verdadeira não liga a mínima para o filho ou neta. Alice Charlotte, Aaron fez questão de escolher o primeiro nome, segundo ele combinou com seu nome não reclamei porque também achei o nome lindo assim com ela que herdou toda beleza da família do pai, querendo ou não ela se parece com o Aaron e um pouco com a Mary.

Está sendo totalmente incrível essa experiência de ser mãe, sinto um amor incondicional por aquela ser tão pequeno, frágil e fofo, ela é como se fosse um pedaço de mim e daria minha vida pela segurança dela. A amo mais que tudo, na verdade desde o dia que soube sempre amei, e depois de ver aquele rostinho pequeno e rosado ganhei mais uma felicidade. É um pouco cansativo mas no fim sempre vale a pena, e com a ajuda do Aaron sempre fica mais fácil.

Levantei da cama ainda um pouco tonta, não é fácil dormir apenas quatro ou cinco horas por dia. Tomei um banho rápido me preparando para o dia de hoje que vai ser muito longo. Assim que coloquei os pés para fora do quarto ouvi um som maravilhoso e único da minha princesa chorando, me dá um aperto no coração sempre que a ouço chorar. Desci as escadas um pouco mais rápido hoje, ela estava na sala junto a Suzana que tentava acalma-la fazendo caras e bocas.

- Suzana, o que ela tem ? - a peguei no colo depois de sentar na poltrona grande da sala. Assim que a peguei ela se calou.

- Ela acabou de acordar acho que está com fome. - sentou a minha frente. - isso é interessante, assim que a senhora pega ou fala com ela acontece isso, acho que ela consegue reconhecer a senhora.

Meu irresistível chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora