Quinta feira, 15 de Março de 2018
Hoje o dia amanheceu lindo. Um dia bem alegre após um dia muito chuvoso.
Eu fui pra escola.
Desci do ônibus e sentei-me em um banco da parada. Minutos após, chegou o ônibus onde os meus amigos vêem. Gustavo chegou e sentou ao meu lado sem falar um "oi". Depois Rafaela chegou e falou comigo. Ela perguntou se eu sentir saudade, e respondi que não sentir saudade nenhuma, ela ficou chateada e me deu uma "patada"
Eita!!
Tivemos 4 horário de aulas como sempre. O dia na escola também foi ótimo. Falei com Gustavo como sempre. No intervalo minha amiga Alice ouviu minha conversa bem suspeita denúnciando-me. Pedi a ela que não contasse a ninguém sobre mim. Ela jurou não contar.
Após saírmos da escola, Gustavo sumiu e foi andar com umas meninas lá. Enquanto eu, Ana, Rafaela fomos pra praça, pra falarmos sobre: "como eu me apaixonei por Gustavo”.
Acho que Gustavo sumiu só pra não ter que ouvi o que eu tinha pra dizer.
Rafaela falou que ele não queria saber do que eu ia falar.
Sentamos em um dos bancos da praça. Fiquei um pouco com vergonha de falar. Até que alguns minutos de insistência da parte delas eu comecei a contar; do início ao fim. Contei tudo mesmo, até a parte do menino que estava interessado em Gustavo, que fazia várias perguntas sobre ele.
Elas ficaram perplexas. Surpresas. Todo o adjetivo de alguém que fica assustada em saber uma coisa surpreendente.
Elas me aconselharam que era bom eu esquecer o Gustavo e me apaixonar por alguém que fosse igual eu, pra não ter que me decepcionar.
Depois disse a elas que escrevia uma história numa plataforma. Elas ficaram curiosas e deixei que elas lessem uns 3 capítulos deste diário aqui.
Elas gostaram.
Teve um momento que elas me deram uma informação sobre o Gustavo: Que quase todas as pessoas de onde eles moram desconfiam que ele é gay ( típico de gente do interior) até elas mesmo, mas só que agora elas não desconfiam mais. Só porque ele não quis nada comigo. Como se isso fosse alguma afirmação da sexualidade dele.
Após, fomos pra parada, sem falarmos mais nada sobre o assunto. Gustavo ficou todo nervoso quando cheguei com as meninas. Acho que com medo de eu ter contado algo comprometedor dele.
- Contei mesmo!- exclamei pra ele.
- Seu viado desgraçado, como é que tu pode fazer isso?- Gustavo grita comigo, chamando a atenção de todos.
- Ah eu falei mesmo.- disse sarcástico- Tu é um viado também. Gosta de pegar meu celular e ver homem pelado.- esbravejei chamando mais a atenção de todos.
Os amigos dele do interior da onde ele mora estavam todos olhando para nós, principalmente Rafaela e Ana. Érica, uma das amigas dele, aproximou-se de nós.
- O que tá acontecendo aqui?- Érica pergunta.
- Falei pra todo mundo que Gustavo é gay. Falei que ele gosta de ver homem pelado no meu celular. De saber como faz sexo com outro homem.- disse quase gritando- Ele é um viado isso, sim. Ele não diz isso, mas é que eu sei. As meninas me falaram isso. Falaram que todos lá do interior de vocês, suspeitam que ele é gay.
Gustavo está muito furioso. Vermelho. Quase chorando.
Ele me empurra.
- Cala a tua boca!!- ele esbraveja.
Dessa vez, chamamos a atenção de todos. Todos mesmo. Fiquei com vergonha da situação. Até daqueles que moram no mesmo interior que eu. Agora eles sabem tudo de mim. Pensei.
Começo a chorar. Olho pra todo mundo ao redor. Estão todos me olhando. Érica leva Gustavo, que está todo tremendo para porta de um bar, ao lado. Ele está transtornado, percebo isso.
- Por que tu fez isso, Edson?- pergunta Rafaela.
- Porque eu quis. Estava cansado dessa farsa de Gustavo.- digo chorando.
- Tu é louco, isso sim.- Rafaela diz na minha cara.
Ana só olha pra minha cara e sai. Rafaela vai atrás dela. Eu fico parado, sem reação. Todos estão me olhando. Era mais de mil me olhando. Deveriam estar pensando que eu sou um viado maluco.
- O quê que vocês tão olhando?- grito com as pessoas.- Nunca viram um viado, não?- completo.
Após, voltamos pra parada sem falarmos mais nada sobre o assunto. Gustavo ficou todo nervoso quando cheguei com as meninas. Ele deveria estar pensando que contei alguma coisa dele pra elas.
Imagina se eu tivesse contado!? Imagina o que aconteceria ali!
Ele não falou, mas percebi pela expressão no rosto dele.
Depois cortamos o gelo, e nos falamos normalmente. Diferente dele, eu nunca que iria trair ele. Afinal somos amigos.
Voltei pra casa de ônibus...
Porra que a novela O outro lado do Paraíso foi boa véi. A Clara descobriu tudo sobre o Renato, já estava na hora de a máscara cair. E o BBB18, a Ana Clara e a Gleice são as novas líderes. A Gleice escolheu os 10 mil reais, enquanto a Ana Clara escolheu a imunidade. Fez bem a Gleice escolher o dinheiro pois a família dela está passando um momento difícil.
Depois disso, fui na rua. A noite, né. Já falei que só saio a noite. E Otávio só me chama de águia noturna.
De longe vi Tavinho mexendo no celular sozinho na porta da casa dele.
- O que tu tá fazendo aí, viado?- pergunto pra ele que está grudado na tela do celular.
- Tô baixando uns vídeos de pornô...- ele diz.
- E logo de mulher?- pergunto curioso por ele está baixando vídeos pornográficos heterossexuais.
- É porque vou transar com Léo.- ele diz.
- Humm.- fico curioso.
- Ele tá lá no quintal, no banheiro.- ele diz- Tô baixando uns vídeos pra ele ver.- Otávio conclui.
A noite estava um pouco fria. E poucas pessoas pela rua. Interior é assim mesmo. E eu amava. Ninguém na rua, tudo isso era bom.
Tavinho se levanta, e diz pra eu acompanhar ele. Ele fala pra entrar em silêncio, e faço isso.
Vou caminhando pelo beco que leva ao quintal. Está escuro. Mas não tanto. Quando chego no banheiro, vejo Léo sentado numa cadeira todo pelado. Fico surpreso com a cena, mas também não deixo de gostar daquela cena. Tavinho mostra os vídeos pra ele. Léo pega o celular dele, e inclina para melhor ver. Enquanto isso olho para o pênis dele. Aquele sim era o pênis mais grande que eu já vi na vida. Super grosso, e com uma cabeçona. Daria um ótimo ator pornô. Mas pornô gay, pra fazer aqueles viados todos ficarem com caganeira.
Passo a mão pelo pau dele. Bato uma pra ele, enquanto ele ver o vídeo. Nem faço questão de ver, afinal era vídeo hétero. Otávio faz o esquema. Diz que vamos pra casa da irmã dele, onde ninguém mora. A mesma casa que fomos eu, ele e Chico. Ele fica vendo o vídeo, até que acaba. Começa a se vestir, e diz que vai esperar a gente por lá. Ele sai e fica somente eu e Otávio.
- Viado, tô nervoso pra ficar com ele. Tu viu o tamanho do pau dele?- falo.
- Humm... deixa de ser frouxa, viada.- ele diz. E dou uma risada.
Otávio diz que vai dentro de casa pegar uns preservativos. Fico esperando ele fora do banheiro. Alguns instantes depois, ele volta. Vou em direção a saída, quando ele diz:
- Deixa eu te pegar?- ele pergunta me olhando com um olhar safado.
- Ah não.- digo pra ele.
- Bora. Tô doidinho pra te pegar.- ele insiste.
Na minha cabeça penso: “Se eu der pra Tavinho agora, vai ser melhor pra Léo entrar dentro de mim”.
- Tá bom, eu deixo.- digo pra Otávio.
Abaixo o short. Ele também.
O pau dele entra com facilidade. Era a primeira vez que ele me penetrava. Antes disso, ficamos. Mas foi eu que fui o ativo da relação. Já fazia algum tempo isso. Alguns meses pelos menos. Estávamos na porta da igreja Católica onde sempre ficamos. E ele estava louco pra dar. Não perdir a chance e fiz o que tinha pra fazer.
Agora, nesse momento, ele estava trabalhando em mim. Ele gozou rápido. Devia estar doido de tesão.
Com dor, subo meu short e digo pra ele que Léo estar nos esperando.
Edson
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O Garoto do Diário [ REVISADO]
Non-FictionMinha vida nunca foi uma daquelas que digamos "melhor de todas." Apesar de já ter passado por muitas coisas ao longo da minha vida, continuo lutando para que se torne melhor. Bem, meu nome é Edson, e quero dizer que minha vida mudou drasticamente de...