De Volta às Aulas

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Segunda Feira, 06 de Agosto de 2018

Querido Diário,

É... Eu estou de volta. Faz um tempão que não apareço por aqui.

(E antes de mais nada, quero comemorar meus 6 meses de diário, ai como as coisas passam rápido... Parece que foi ontem que comecei a escrever aqui, e já estou no post 73).

É que eu achei que como eu estava de férias não teria nada o que contar ou comentar, então resolvi dá um tempinho.

O que tenho para contar nesse mês todo que passou não é nada demais, e não irá acrescentar nada do que já está sendo sempre o que é, entenderam!?

Quero voltar a mais ou menos mais de um mês atrás, dia 27 de junho, dia do jogo do Brasil contra a Sérvia. Neste dia era o meu último dia de aula, ou seja, o último dia de provas finais antes que ficássemos de férias.

Lembro que nesse dia, eu teria que voltar da escola bastante cedo, para que assim desse tempo de eu assistir o jogo do Brasil na Copa do Mundo.

Após eu terminar de fazer minha redação-prova, fui mais que imediatamente para a saída. Eu tinha que pegar alguma van ou outro tipo de carro que pudesse me levar para casa. Foi então, que desci pela rua todo esbanjando simpatia. Mas não estava nenhum pouco com vontade de conversar com ninguém.

Chegando na parada, onde a gente pode pegar carro, percebi que estava tudo deserto. Lembro como se fosse hoje, aquela euforia do jogo do Brasil nesse dia: poucos carros nas ruas, lojas fechando, telões para as pessoas assistirem; e eu desesperado esperando que um anjo de carro do céu, descesse e mandasse um carro para eu ir pra casa. Meu desespero foi aumentando, após mais de 40 minutos esperando algum sujeito sequer que pudesse me levar; acho que nesse dia o pai do céu não estava comigo. Mas com muita espera, da dondoca aqui, eu consegui uma van.
Cheguei em casa, assistir o jogo, e para minha alegria o Brasil ganhou e mandou bem.

A minha felicidade nesse dia estava estampada para todo mundo ver, o garoto aqui, enfim estava de férias.

Os dias de férias foram se passando, teve o outro jogo do Brasil e México, e o alegre aqui, ficou feliz mais uma vez. Não sabendo a burra aqui que no dia 06 de Julho, o Brasil estava dando o adeus ao hexa. Não quero nem expor aqui meu desespero, angústia, tristeza... do que foi esse dia para mim.

Trágico! Trágico! Trágico!

Mas as férias foram se seguindo... Dormia super tarde e acordava tarde, no mais ou menos 11h ou 13h do outro dia, comia, ficava na internet... E assim minhas férias foram se passando...

Lembro, assim como hoje, que essas férias, custaram mais do que pude perceber. Era como se eu não estudasse mais, se é que me entendem!

Resumindo: Foram 38 dias de férias, muito boas; que não fiz nada, não viajei, enfim não fiz nada.

Assim como todas as férias, todas têm um fim. E a minha teve. Inclusive a minha! Logo a minha. Isso não é justo! Vou brigar com quem inventou as férias e esqueceu de inventar que ela não teria fim...

Assim, como todo Agosto, voltei às aulas. Isso mesmo, hoje eu fui à escola, meu primeiro dia, meu último semestre de estudo. Nas minhas contas, e nas contas dos meus amigos da escola, estamos a 4 meses para findar o ano letivo, é, é isso mesmo, iremos só até o início de Dezembro. Digam que isso não é uma maravilha gente!?

Best day of my life ( melhores dias da minha vida).

Como todo primeiro dia de aula, temos que nos emperiquitar todo. Botei minha farda da escola para a minha frustação. Só Deus sabe o tanto que odeio essa farda.

Cheguei na escola, né, cumprimentei meus amigos, botamos os papos em dia...

Saímos da escola, no quatro horário, às 16:15 da tarde.

Fomos para a praça, eu, Rafaela, Ana e Gustavo. Ficamos lá dentre uns 40 minutos.

Em dado momento na sala, dentro da escola, no intervalo se eu não tô fraco da memória, Gustavo disse o seguinte: "Quem quiser me chamar no whatsapp, me chamem, pois vou tá online 20 horas da noite".

Daí eu disse o seguinte: "Nessa hora aí vou tá assistindo a novela das 7, fico online 23h por aí."

Após alguns minutos sentado na praça, junto com meus amigos, assuntos começaram a fluir. Daí Rafaela perguntou se eu havia ficado com alguém nas férias. Eu disse que  não, não me recordando das minhas travessuras.

- Não, não, eu fiquei sim, fiquei.- eu disse voltando atrás do que eu havia falado.

Daí os curiosos ficaram todos querendo saber das minhas  safadezas... Foi aí que resolvi falar...:

"Então foi assim, meninos, eu tava lá na porta de casa toda plena, não, peraí, vamos do início... Essa pessoa mora em frente à minha casa, aí o pessoal dele começaram a sair, a mãe, os tios, primo... para um culto da igreja num interior lá perto né, aí eu fiquei, hum vai rolar hoje. Daí né, fiquei logo toda esperta sabendo que qualquer hora poderia rolar, aí meninos o pai dele, saiu. Saiu de moto, foi para uma festa lá num interior lá perto. Foi aí que fiquei mais esperta. Então eu pensei: vou tomar um banho e assistir a minha novela. Tomei meu banho, né, fui assistir novela, aí eu pensei, quando der intervalo da novela vou aproveitar pra comer. Foi então que escutei meu nome nos tímpanos do meu ouvido, fiquei assim... olhando pro lado e pro outro... é eu. Eu fui na porta e vi que era o que eu pensava, mas para confirmar minha intuição, eu perguntei a meu irmão quem era, e ele disse, daí eu confirmei minha intuição. É ele mesmo! Depois disso fui na casa dele, ele mora em frente a minha casa né, abrir o portão e entrei, daí ele disse, vamos ficar? aí eu disse, vamos!"

Daí minha amiga, Ana, me interrompe: "ele só disse isso e tu foi logo...?”

"Sim foi, eu já era acostumada mesmo, não precisava de cerimônia".

Minha amiga então fala: "Ata. Eu pensava que era a primeira vez".

"Que nada, miga, já tamo um tempão, já. Aí eu entrei no quarto, olhei a maravilha de cama..."

Gustavo diz: "E tu não ficou com medo de ninguém chegar?"

"Fiquei sim, perguntei a ele onde tava o irmão dele, ele falou que havia ido na rua, daí aproveitei né, eu nem besta nem nada..."

Resumindo: Falei para os meus amigos, que ele é evangélico, a família quase toda, menos o irmão e o pai. E que ele não era assumido. E que ele era bonito. Mas eu não falei que ele era o meu primo e que era o Marquinhos.

Irei contar exatamente como tudo aconteceu, não exatamente tudo, mas irei contar o que aconteceu de fato nesse dia.

Era dia 29 de Julho, um sábado, as aulas iriam ter início na segunda feira. Como já falei antes, o meu primo Marquinho mora em frente à minha casa. Eu disse também que não ficaria mais com ele. Por causa de alguns probleminhas que ocorreu.

Mas, no dia 29 do mês passado, eu estava vendo o penúltimo capítulo da novela Deus Salve o Rei, quando ouvir meu primo me chamar. Até achei estranho. Tanto que pensei que não era comigo. Ele me chamava pelo meu apelido que todos me conhecem. Até que perguntei ao meu irmãozinho quem era, aí ele disse que era o Marquinhos. Fui na porta e vi ele. Andei até lá e ele pediu que eu entrasse.

- Vamos fazer aquilo?- ele perguntou se sentado no sofá.

Eu ia hesitar. Não queria mais nada com ele. Eu já tinha perdido as contas das vezes em que ele me deixara na mão. Mas aí ele pôs a mão no pênis dele por cima do shorts e percebi o que ele queria. Ele só tem 14 anos e eu 17, pensei “o pênis ainda deve ser pequeno”. Mas aí liguei o foda-se pra isso. Confirmei que sim. Ele fechou o portão e mandou eu ir para o quarto.

Já havia entrado naquele quarto, mas não para aquilo. Nunca imaginei que isso fosse acontecer um dia entre mim e o meu primo naquele quarto. Não havia ninguém em casa, e por isso a barra estava limpa.

Meu primo Marquinhos entrou no quarto instantes depois, abaixando o shorts, confirmando minha intuição. Mas eu ia dar uma chance para o moleque. Ele era bonito, não podia perder aquilo. Abaixei o meu shorts também, e ele mandou ver. Até que o moleque sabia comandar uma putaria. O mais safado dele, era que ele falava muita putaria. Xingava. Não sei com quem ele aprendeu isso, essa geração de hoje, meu Deus...

Ainda tentei penetrar ele, mas de nada adiantou, no meio do caminho ele desistia. Então resolvi ser só penetrado por ele.

Ele tem um corpinho sarado, cabelos castanhos e olhos pretos. Acho ele um primo top.

No final fui para a minha casa. E como sempre, guardamos segredos. A família homofóbica dele não pode nem sonhar com isso.


( American Authors- Best day of my life)

Edson

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