I Need You CONCLUÍDA

I Need You

   Ao entrarem na casa, Lexa rapidamente tirou os sapatos e andou descalça, agradecendo por seu carpete dá aos seus pés o alívio que eles necessitavam.

   Clarke correu o olhar por todo o ambiente. A sala de Lexa, apesar de ser pequena, aparentava ser aconchegante. O piso era completamente de madeira e o sofá de cor marrom realçava a cor do piso. Na parede, alguns quadros de pintura abstrata. Uma estante localizada na parede a frente do sofá comportava uma grande tv, alguns cds e filmes na parte inferior do lado esquerdo da estante, enquanto que do lado direito havia alguns livros de espessura assustadora que Clarke imaginou serem do curso de medicina de Lexa. Havia também uma janela grande, escondida por uma longa cortina de cor bege.

   Na estante havia, ainda, algumas fotos em porta retratos. Algumas fotos de Lexa quando era criança, algumas fotos com Luna e outras recordações de viagens que Lexa havia feito. Mas uma chamou a atenção de Clarke, Lexa estava ao lado de uma linda moça, as duas estavam completamente agasalhadas ao lado de uma lhama, Lexa exibia um largo sorriso, com a mão sobre o animal, enquanto a outra moça aparentava certo medo, mantendo distância. Ao analisar mais, Clarke encontrou mais uma foto, dessa vez era em uma praia, Lexa usava um biquíni deixando a mostra toda a beleza que seu corpo possuía, seu cabelo molhado caindo sobre os ombros e um óculos escuros no alto da cabeça. Em mais algumas fotos de Lexa na praia ela aparecia se deliciando com o que parecia ser manga, mais adiante Clarke encontrou uma foto de Lexa abraçando uma garota por trás, as duas exibiam sorrisos espontâneos.

   Clarke não sabia dizer por que, mas essa foto provocara nela certo ciúmes.

   — Fique a vontade, preciso ir limpar isso aqui — gesticulou para os lábios.

   Clarke analisou um pouco mais a casa, feliz por estar ali. Olhou uma mesa  com um abajur e alguns papéis. Imaginou ser ali que Lexa estudava. Pôde imaginá-la sentada à mesa usando óculos com aquela feição que Clarke já conhecia.

   Clarke andou um pouco mais pela casa e foi em direção à Lexa. Ela estava no banheiro tentando limpar os lábios.

   Após um tempo Lexa percebeu a presença da loira na porta do banheiro. Clarke reprimia um sorriso ao ver as caretas que Lexa fazia cada vez que levava o algodão ao lábio machucado.

   — Deixa eu ajudar — Clarke pegou o algodão e com a mão livre segurou a ponta do queixo de Lexa.

   — Aai! — resmungou Lexa, afastando o rosto.

   — Calma!

   Clarke aproximou-se mais um pouco de Lexa, na tentativa de ser rápida, mas com os olhos de Lexa fitados nos seus era quase impossível.

   — Aliás, me perdoe por isso — disse Clarke, sem desviar os olhos dos lábios de Lexa.

   — Você me acertou em cheio.

   — É, eu sei — disse Clarke, olhando para Lexa — Me perdoe, deve tá doendo tanto.

   — Tá sim, doendo de forma absurda, se eu fosse você não conseguiria dormir hoje pensando no que fez comigo — dramatizava Lexa. — O gosto de sangue ainda tá na minha boca, é horrível!

   Lexa sorriu e Clarke sentiu como se tivesse inúmeras borboletas batendo as asas incontrolavelmente na parede da sua barriga.

   Seus olhos, antes concentrados em limpar cuidadosamente os lábios de Lexa, haviam se perdido e agora Clarke não sabia se continuava tentando limpar ou se parava pra tentar recuperar o ar que havia fugido completamente dos seus pulmões.

   — Me distraia — pediu Lexa — esse remédio que eu coloquei no algodão possui uma substância que faz o machucado arder, era o único que eu tinha aqui — Lexa olhou para os lindos lábios rosados de Clarke — Quando você conversa comigo eu esqueço que a dor existe.