Resgate

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— Atenção, é necessário que fiquem sempre conosco, não se dispersem — um dos policiais dava ordens. — Não corram para a vítima assim que a avistarem, o plano ainda pode dar errado. No caso de isso acontecer, partiremos para o segundo plano. Teremos uma equipe montando a guarda de vocês. Ao primeiro sinal de tiroteio, protejam-se atrás da guarda montada ou deitem-se no chão e protejam a cabeça. Ainda não temos o número exato de pessoas que estão no cativeiro, mas caso ultrapasse nossas expectativas, voltem imediatamente para a viatura e não voltem ou olhem para trás.

Abby, Kane e Lexa ouviam atentos.

— Senhor, ainda acho que deveriam ficar esperando aqui. É muito perigoso — disse Lincoln, um segurança que estava há muitos anos na família Griffin.

— Eu preciso estar lá, minha filha precisa de mim — disse Kane, pensativo.

— Como decidir, senhor. Estaremos no carro atrás de vocês.

— Lexa, não quero que vá — disse Luna, com a preocupação visível em seus olhos.

— Eu não conseguirei ficar aqui sentada esperando tudo acabar, preciso fazer alguma coisa. Preciso estar lá quando a resgatarem — disse Lexa, aproximando-se de Luna. — Eu ficarei bem, Luna.

— Isso é perigoso demais.

— Eu sei, me preocupa mais ainda saber que Clarke está esse tempo todo nas mãos de criminosos, correndo perigo. Eu nunca irei me perdoar se não for.

Lexa foi pega desprevenida em um abraço desajeitado de Luna.

— Sempre soube que me amava — brincou Lexa.

— Eu sempre deixei que soubesse.

— Igualmente.

Luna caiu na gargalhada.

— Você? Aham... — continuou rindo ao se afastar de Lexa.

— Tá bom. Eu te amo, peste — disse Lexa.

— Own — Luna apertou a bochecha de Lexa — Cuide-se, certo?

— Tudo bem.

— E traga a sua loirinha de volta.

— Pode deixar — os olhos de Lexa brilharam com a possibilidade de ter sua namorada de volta.

— Ei, Lexa — chamou Monty — Tome cuidado!

— Tomarei.

— Precisamos ir agora — Lincoln chamou Lexa.

No caminho para o local, a cabeça de Lexa funcionava a todo vapor. Estava preocupada, só queria que tudo acabasse. Estava sentada ao lado de Abby, que mantinha a cabeça baixa.

— Minha filha te ama muito — disse Abby, ainda com a cabeça baixa.

Lexa permaneceu calada.

— Quando vi Clarke, sabia que havia algo de diferente nos olhos. Nunca a vi daquele jeito — Abby deixou um sorriso escapar — Ela disse que eu iria amar você, mas só não podia amar muito porque ela tinha ciúmes.

Lexa ouvia tudo atentamente, concentrada em cada palavra que Abby dizia.

— Não fique chateada com ela por não ter falado que vinha de uma família renomada. Ela pretendia contar, Clarke tinha medo de te expor, medo de te colocar em perigo, fazer de você alvo de mídias. Tinha medo de o nome Griffin afastar você dela. Essa era a única preocupação.

Lexa segurou a mão de Abby e sorriu, abriu a boca para dizer algo mas fora interrompida.

— Estacionaremos as viaturas a uma distância razoável e seguiremos a pé. Alguns policiais já estão posicionados nos arredores do local — informara um dos policias.

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