Capitulo 15

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Aqui etá mais um capitulo. Postei antes de dia 26 porque achei que já tinha passado muito tempo desde o último e também porque decidi fazer uma (grande) pausa nos estudos e consegui acabá-lo. Espero que estejam a gostar da história. Depois de dia 26 devo postar mais um, talvez dia 30 ou dia 1. 

Quero agradecer a todas as que têm lido a fic e espero que esteja do vosso agrado. (Parece que estou a servir uma refeição, ahah XD)

Já chega de conversa vamos ao que interessa. 

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Nunca tinha demorado tanto tempo a arranjar-me, nem mesmo para ir a uma festa. Passei cerca de uma hora a olhar para a minha imagem e a escolher as roupas com uma atenção redobrada, com a noção de que isso era uma perda de tempo. Elas iam simplesmente ficar outra vez cobertas de sujidade e fuligem. O mais difícil era não dar a ideia de estar com todo aquele trabalho, principalmente porque Louis apareceria a qualquer momento e podia dar por isso. Virei a cara para um lado e para o outro, para ver como estava. Apesar dos esforços do dia anterior e do sono ainda pior do que o costume, tinha os olhos espantosamente brilhantes. Liam era uma mistura estranha, refletia eu, tirando uma t-shirt para substituir por outra um pouco mais justa, embora eu não tivesse exatamente uma figura curvilínea. Por vezes havia nele, uma espécie de cansaço da vida que não jogava com o seu ar descontraído. Também se tinha esquivado a falar do pai e referia-se à sua viagem como uma espécie de infortúnio. O que teria ele vindo fazer a casa efetivamente?

Olhei para a minha imagem refletida no espelho. Ia deixar de flirtar com Liam e, em breve, ele havia de desaparecer da minha vida. A minha única missão era resolver o mistério do desaparecimento de Harry. Sem o saber, Liam tinha dado uma ajuda ao contar-me que a Casa Benedict tinha sido uma igreja. Neste dia, eu tinha de fazer o impossível para arranjar uma oportunidade para a explorar e ver se a chave servia. Não ia distrair-me. Só que… quando Liam voltasse para a Austrália, eu não queria olhar para trás e perguntar-me qual teria sido a sensação de beijar o rapaz da praia de sorriso fácil e pele dourada. Espreitei pela janela e tamborilei com os dedos no parapeito. Ainda não havia sinais de Louis. Ele costumava ser pontual.

O som da campainha do apartamento fez-me saltar. Carreguei no botão do trinco e passaram apenas poucos segundos até os passos Louis ecoarem nas escadas. Mal tinha acabado de abrir o fecho, quando ele entrou de repente, com um ar ainda mais desmazelado do que o habitual; trazia a t-shirt coberta de óleo e o fundo das calças estava preto. Deduzi que ele tinha tido algum problema com o carro.

- O carro avariou? – perguntei-lhe, apavorada com a ideia de não conseguir ir para a Casa Benedict.

- Foi difícil pô-lo a trabalhar, mas não te assustes; deixei-o estacionado numa zona de parquímetro – a cara dele estava excecionalmente séria. – Até pode ser que não precises dele depois de ouvires o que tenho para te contar.

Abri a boca para protestar, mas Louis acabou até por levantar a voz para mim.

- Desta vez quero que te sentes e me escutes.

Empoleirei-me no sofá de Harry com as mãos entre os joelhos. Era óbvio de que Louis precisava de desabafar sobre qualquer coisa e ele merecia algum do meu tempo, mas os meus olhos desviavam-se constantemente para o relógio.

Ele pôs-se a andar sobre o tapete, para a frente e para trás.

- Jessy, agora, as coisas estão diferentes… eu sinto ainda mais o dever de me preocupar contigo…

Ele devia estra apensar na noite que tínhamos passado juntos, o que me deixou embaraçada.

- Já conheces a minha opinião sobre essa demanda em que pensas andar metida para encontrares o Harry.

Não olhes para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora