Peço desculpa pela demora, mas estou no 12º ano e tenho que me concentrar um pouco mais nas aulas, principalmente em Matemática. Não vou empatar mais, espero que gostem carrots xx
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- Emproado, arrogante, convencido, machão… - aminha tirada só acabou quando esgotei os insultos.
Louis olhava para mim a abanar a cabeça de espanto.
- Ele está num país estranho, Jessy, não conhece o sistema e tu passas-lhe uma descompostura só por estar parado atrás de ti.
- Estava perto de mais para o meu goto e não me agradou o comportamento dele- sorri com relutância ao reparar na expressão atónita de Louis. Eu tinha um comportamento problemático e sabia disso. Deslizei com a ponta dos dedos pelo braço dele. – Ele referiu-se ao tempo. Tu sabes o quanto isso me afecta.
- Eu sei – disse Louis a acalmar-me. – a tua obsessão é um bocado… invulgar.
- Quase morri quando era criança, recordas-te? Se calhar, ainda continuo a fugir á morte.
- Tu és completamente estranha – comentou Louis. – É isso que eu adoro em ti.
Desviei o olhar, pouco á vontade.
- É sempre mais tarde do que imaginas – repeti em tom de troça, ainda furiosa com o desconhecido. – Como se fosse preciso lembrarem-mo. Aquele tipo parecia um estranho profeta da desgraça.
Louis ergueu o sobrolho.
- A maioria das pessoas não está a analisar o tempo como se fosse o seu último dia na terra.
- Bom, mas deviam. Passámos trinta e três minutos naquela esquadra da policia, uma perda de tempo que não nos levou a lado nenhum.
- Jessy, tens de ir ao psiquiatra.
Fiz uma careta.
- O psiquiatra é para o Harry… a minha mãe não me considerou suficientemente importante para ter um.
Chegámos ao prédio de Harry, digitei o código de entrada com impaciência e subi as escadas a correr, de três em três degraus. Abri a porta e absorvi a brancura das paredes e o espaço imaculado, sem coisa alguma fora do lugar.
- Estás a ver, Louis, eu não tinha exagerado. Isto podia ser a cela de um monge, e a cama está feita como num hospital, com a roupa tão entalada que não se consegue entrar lá dentro.
- É bastante impressionante – concordou ele.
- Não é?
Louis passou a mão pelo cabelo com um ar pensativo.
- Não me ocorre nenhuma explicação.
- Passou-se alguma coisa estranha aqui - insisti.
- E em relação aos amigos do Harry? Antes de fazermos mas alguma coisa, devíamos falar com eles.
Revirei os olhos.
- Na verdade, ele não tem nenhum. É uma pessoa tão imprevisível… num momento, divertido e cheio de energia, no seguinte, agressivo, e depois, deprimido. Pouca gente aguente isso.
Louis estendeu a mão para me afastar a franja dos olhos, e eu recuei instintivamente.
- Se a policia não vai fazer nada, então… devíamos revistar o apartamento e procurar pistas.
- Eles disseram que podíamos fazer uma participação de pessoa desaparecida.
- Sim, sim… eu falo nisso à mãe, mas ela não vai ligar. Aquilo que ela espera é o que o país inteiro esteja em alerta máximo e que accionem uma gigantesca caça ao homem… no mínimo. Agora vem dar-me uma ajuda.
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Não olhes para trás
FanfictionDurante toda a sua vida Jessy foi atormentada por Harry, o seu irmão manipulador. Agora ele desapareceu; no entanto, não parou de a perturbar. Quando a sua mãe autoritária a obriga a ir á procura do irmão, Jessy encontra uma série de pistas sisnistr...