Capitulo 12

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Aqui está. Vou ver se consigo colocar mais amanhã. Espero que gostem.

xx

PS: Votem e comentem sff. Gostava de saber o que estão achar :)

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Segurei a cabeça entre as mãos. O que estava a acontecer-me? Uma coisa era ver, por engano, um vulto na rua, ao pé do apartamento de Harry a meio da noite, e outra bastante diferente era imaginar estar a ser atacada e dilacerada por espinhos. E a questão do tempo? Eu tinha a certeza de que estivera ausente uma hora, no entanto, Louis afirmava que tinham sido apenas dez minutos. Uma olhadela ao relógio indicou-me que ele tinha razão. Como era possível?

- Sentes-te bem? – perguntou Louis, preocupado. – Pareces um bocado perturbada.

- É que… caí por cima de um ramo ou coisa parecida – murmurei por entre dentes.

- O que se passou ali dentro? Ele viram o Harry?

Puxei o meu brinco, desorientada.

- Não obtive uma resposta direta, mas ele esteve ali de certeza.

- Como é que sabes?

Meti a mão no bolso e tirei a medalha.

- Encontrei isto no chão. É medalha de São Cristóvão do Harry; reconheci-a em qualquer lado.

Louis esfregou a barba de três dias que tinha no queixo.

- Então com que é que falaste?

Tossi com nervosismo.

- O sítio estava deserto e só vi uma pessoa, uma freira velha e pouco disposta a dar informações.

- Jessy, se tens assim tanta certeza de que o Harry esteva ali, temos realmente de contar à polícia. Lembras-te da tua obsessão com o tempo? Já se passaram quase três semanas desde que ele desapareceu.

Era a segunda vez que ele sugeria aquilo.

- Ir à policia e dizer-lhes o quê? Uma freira idosa está a sequestrar o meu irmão de dezanove anos que tem um metro e noventa de altura. Parece-te que isso soa a alguma ameaça?

Louis passou a mão pelo cabelo desgrenhado.

- Tens razão, se ele lá estiver será por sua vontade.

De súbito, as palavras dele recordaram-me qualquer coisa.

- Aquela freira, a irmã Catherine, resmoneou por entre dentes uma coisa esquisita sobre eu não ter sido convidada para a casa e, depois afirmou: “ Lembre-se que veio por sua livre vontade, Jessy.”

- A que propósito disse ela isso?

Preparei-me mentalmente, já prevendo a sua reação

- Não sei, mas ela disse que eu podia encontrar as respostas que queria na Casa Benedict, se eu… hum… trabalhasse lá durante catorze dias.

Os olhos de Louis faiscaram e ele ficou a olhar para mim, incrédulo.

- Diz-me que está a brincar.

Ergui as mãos no ar.

- Que outra escolha me resta? Eu pensava que tinha percebido como o jogo de Harry era. A medalha de São Cristóvão é a pista seguinte, evidentemente. A casa Benedict é onde eu tenho de estar.

Louis esfregou a testa.

- É perigoso estares ali sozinha – protestou ele.

Estremeci.

Não olhes para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora