Capitulo 16

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Hello, aqui está mais um capitulo como prometido. Só pra saberem o meu exame de matemática correu-me super mal, e vou ter de ir à segunda fase. (Os gajos que fazem os exames devem pensar que somos génios, facilitaram todos os exames menos o de matemática de 12º, lixando a minha vida e provavelmente a minha entrada na universidade no curso que queria) Falando de outros assuntos que não a minha vida académica arruinada em 3h, vou tentar voltar a postar antes de dia 10 mas não prometo nada, pk como vou ao optimus alive(com mt pena minha apenas nos últimos dois dias pois não consegui bilhete para dia 10) e preciso de arrumar as cenas e preparar tudo. 

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- Hoje, pode dedicar-se à sala de visitas, Jessy. O Senhor Liam manifestou o desejo de que trabalhe seis horas, no máximo, e faça uma pausa adequada para o almoço.

Engoli em seco, porque ela me olhava de cima a baixo com tanto desprezo que até me fazia sentir despida. Estaria a pensar que eu tinha exercido o meu poder de sedução sobre Liam só para ter tratamento especial? Sentia-me tão desprezível, que tive a vontade tremenda de lhe gritar que ainda era virgem, mas não o fiz, e segui-a com ar submisso.

 - Como está a correr o meu teste? – perguntei-lhe.

- Ainda estamos nos primeiros dias – respondeu-me num tom evasivo.

As palavras de Louis continuavam a pairar na minha cabeça, e falei antes de ter tempo de refletir.

- Julgo que deve ter ouvido falar da lenda em volta da Casa Benedict.

Ela estacou e voltou-se para mim lentamente. Tive de olhar para ela mais de perto, para a sua pele ressequida, parecendo que lhe tinham espremido qualquer gota de vida, e para a boca afilada que não passava de um traço nas feições engelhadas.

Os nervos fizeram-me balbuciar.

- Aquela sobre o fidalgo perverso que vendeu a alma ao Diabo e que diz que a casa atrai as pessoas para as julgar.

Depois de um olhar prolongado e intimidante, ela decidiu responder.

- Essa lenda tem algumas lacunas, Jessy. As pessoas não são atraídas, são convidadas e, o que é mais importante, é-lhes dada a oportunidade de salvarem a sua alma.

Quando a vi outra vez de costas, fiz uma careta de desprezo. Na minha primeira visita, a irmã Catherine parecera chocada com o facto de eu conseguir entrar sem ser convidada. Ela era suficientemente louca para acreditar na lenda? Eu compreendia como a Casa Benedict tinha ganho a sua reputação fantasmagórica, mas estava decidida a resistir a assombrações.

Arrastei-me atrás dela. A sala de visitas era mais cerimoniosa do que a sala de jantar, com muitos quadros, bibelôs e um vago ar de ostentação. Havia várias poltronas, dois sofás enormes forrados por um tecido verde e cor de cereja, um biombo e um pequeno piano. O mobiliário enquadrava-se no estilo francês, com superfícies envernizadas, e pernas arredondadas e harmoniosas, parecendo mais alto e elegante do que a mobília pesada e apertada da outra sala. O papel da parede tinha relevos e uma decoração de penas de pavão; tive a sensação de que centenas de olhos me observavam.

A irmã Catherine deixou-me sozinha sem qualquer explicação sobre oi que esperava de mim, embora houvesse o rol habitual de produtos de limpeza, a par de uma embalagem adicional de cera. A etiqueta tinha instruções para impermeabilizar um chão de madeira. Eu olhei par baixo e vacilei; o soalho era formado por centenas de minúsculos cubos de madeira, combinados uns com os outros como num puzzle. Alguns tinham escurecido com o tempo, outros estavam lascados ou tinham falhas, mas, no geral, o efeito era muito gracioso. Sabia da existência de máquinas para polir e proteger soalhos como aquele, mas era óbvio que eu tinha de lidar com este à mão. Ela parecia determinada a fazer-me sofrer.

Não olhes para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora