Capitulo 11 - parte I

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Aqui está mais umcapitulo. Uau, a minha escola está quase a terminar. Este ano passou a correr :) Espero que com vocês esteja tudo bem. 

Espero que gostem.

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Louis veio buscar-me pouco depois do meio-dia para me levar à Casa Benedict. Enquanto ele conduzia, observei-o de perfil, com as palavras de Sara ainda no pensamento. Uma coisa estranha era ele parecer-me particularmente atraente nesse dia e receei que isso fosse por saber que Sara estava interessada nele. O mais correto era dizer-lhe de uma vez por todas que não perdesse tempo à espera de algum envolvimento amoroso entre os dois, mas algo me impediu de ser sincera. A menos de uma dezena de quilómetros de distância da cidade, havia campos repletos de trigo tão alto como uma criança, espantalhos de ar prazenteiro e casa miniaturais cujas portas de entrada mal me davam pelo queixo. Vi até uma placa a sinalizar uma forja antiga e um museu de máquinas agrícolas, o que não seria a atração mais interessante do mundo.

- O que é que sabes sobre casas senhoriais? – perguntei a Louis.

- Hum… não muito. Apenas que o proprietário abastado ou o fidalgo rural viviam na casa grande e os aldeões nas pequenas casa que ele possuía.

- E que eles lhe pertenciam… de corpo e alma.

- Acho que sim. No caso do castelão, a pessoa era dona da aldeia inteira.

- Não te parece estranho que estes sítios tenham sobrevivido?

Louis encolheu os ombros.

- Tinhas dito que ela estava sobre a alçada da igreja agora, não é?

- Foi o que a minha mãe me contou – mordisquei o lábio. – Não vejo qualquer sinal dela.

- Será que existe mesmo? – inquiriu Louis numa voz sombria.

- Ela está algures por aí – afirmei. – A povoação só tem um caminho. Não é possível esconderem uma ruína gigante a desmoronar-se.

Louis emitiu um som inesperado, fazendo uma inversão de marcha abrupta e parando o carro de repente.

- É possível – replicou ele, olhando para a frente, estupefacto. – É possível esconde-la atrás daquilo.

Os portões de madeira tinham três de metros de altura, pelo menos. Estavam unidos por uma corrente enfiada nos puxadores circulares de metal e presa com um cadeado impressionante. De cada lado, havia um muro de pedra irregular que se estendia até onde a vista alcançava. Devia rodear toda a propriedade. O perímetro estava coberto de árvores e folhagem de toda a espécie, com os ramos suspensos sobre o pavimento, obrigando o muro a abaular em alguns sítios.

- Uau – proferiu ele baixinho. – E o que são aquelas coisas esquisitas de pedra sobre os pilares do portão? Parecem cabeças de águia com o corpo de um leão.

- São grifos – murmurei por entre dentes. – Criaturas míticas conhecidas por serem as guardiãs de tesouros inestimáveis ou… por protegerem do mal.

- Fascinante – comentou Louis, lançando-me um olhar de esguelha. – Não há campainha ou intercomunicador. O que fazemos?

Saí do carro, com a entrada imponente a deixar-me intimidada. Agitei a corrente, irritada, e a inha mão ficou logo manchada de ferrugem amarela e espessa. Virei a cabeça para Louis e ele encolheu os ombros, fazendo uma expressão como se dissesse “não me perguntes”. Puxei cautelosamente um dos portões em direção a mim e tive a primeira visão da propriedade. Logo a seguir à entrada, havia uma casa de portão minúscula com telhas cerâmicas de canudo, que me fizerem lembrar a casinha de gengibre de Hansel e Gretel. A corrente era comprida e havia uma abertura com dimensão suficiente para me deixar passar encolhida. Louis desceu o vidro da janela e eu regressei para junto do carro.

Não olhes para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora