Capitulo 14

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Vejo um karaokê ali, e quem me conhece sabe que eu gosto de cantar. Caike me bota em cima no pequeno palco que tem ali, escolhe a música, e eu com a maior cara de besta. Ele pega uma cadeira do  barzinho que tinha próximo do palco, coloca, e abaixa o microfone na altura certa pra mim cantar e eu me sento.

- Ai rapaziada, salve. Bora animar, quero ver geral cantando aqui viu  - ele fala e todo mundo ri - Bora rapariga, solta o gogó aí - ele fala e coloca a música.

- Filho da puta - falo baixinho. Respiro fundo e começo a cantar

- " Meu ponto de equilíbrio é você, você. Surtada, tempestade em copo d'água. Fica bravinha por nada, mais ainda é você, você.
Surtada, tempestade em copo d'água, e mesmo estando errada não dá o braço a torcer. " - Olho pra Lorena que tá bem na frente e sorrio, me divirto com ela cantando junto.

- MARAVILHOSA  - Lorena gritou pra mim

- " Do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável. As palavras ser capaz de abalar o inabalável. Só quando eu brigo com ela eu me sinto fraco, nao existe um grande homem sem mulher do lado. " - Se tinha alguém que não estava me olhando, passou a olhar.

- " Eu tô ligado que não tem que ser assim, e que eu deveria gostar muito mais de mim. Mais eu nunca conheci uma mulher que nem ela, e se mesmo  existir eu ainda quero só ela. Eu sei que toda mulher carrega em si, uma força que só elas são capaz de ter, as vezes eu me pergunto o que ela viu em mim, eu sei bem o que vi nela e não sei descrever. Não somente a sua aparência, mais a sua inteligência e o jeito que ela senta é de impressionar. Mina pra frente, dependente, treinada chapa quente, vai pra cima do progresso, sabe o seu lugar..."  -  fecho meus olhos e sinto toda a brisa vindo.

- " Eu e ela é casal breck de enquadro, mais saímos dos b.os e estamos recuperados, mó engraçado, essa bandida é mó brisa, quando passa de calcinha ela me hipnotiza. Vontade de largar tudo e construí família, de sair do aluguel e mudar pra Brasília. Papo de sair no jet, de fumar uns backs, de beber uma black, de ter um moleque. Se der nois faz hoje memo, que eu tô sem tempo e tô vivendo, querendo vê você todo momento e é isso memo relacionamento. E toda vez que a gente briga eu juro que aprendo , sabe porque? - abro os olhos

- " Meu ponto de equilíbrio é você, você. Surtada, tempestade em copo d'água. Fica bravinha por nada, mais ainda é você, você.
Surtada, tempestade em copo d'água, e mesmo tando errada não dá o braço a torcer. " - canto e dou um sorriso.

 -  Podem aplaudir gente, minha melhor amiga é foda - Lorena diz assim que todos batem palmas pra mim.

Fico vermelha né, todo mundo ali prestando atenção em mim. Não tem 4 ou 5 pessoas a mais que eu não conheço, a casa tá cheia, cheia de pessoa mesmo.

Canto a música até o fim, todo mundo batendo palma pra mim. Dou um sorriso de agradecimento, e saio do palco.


- caralho, arrasou vidaa - ela vem e me abraça.

- Mina, você é foda pra caralho  - dou um sorriso.

- aiai - abraço ele também.

Continuo sorrindo e agradecendo as pessoas que vem falar comigo, faço algumas amizades por ali com mulheres de alguns traficantes. Pego meu prato de carne e me sento pra comer

- Amiga, o povo não para de te elogiar - dou um sorriso

- Tô vendo, tô ficando bestinha aqui já - ela sorri

- Oi, posso ficar aqui com vocês? - uma mocinha diz

- Me chamo Manuela, sou sobrinha da Dona da casa - Ela diz.

- Alicia e Lorena - Eu falo  - senta aí - Eu dou um sorriso pra ela, Lorena comprimento mais fica na dela.

- Até que enfim achei vocês, acredita que eu não achava por nada - ela ri - Caike ia me apresentar vocês, mais o cara some - ela ri

- Menina, não pede nada pro meu irmão, aquilo é uma mula - Lorena diz rindo

- adorei você cantando viu, mulher tu é daora - ela diz - o povo tá falando de tu, só elogios - ela fala e eu dou um sorriso.

- Que isso, nem foi tudo isso não - ela olha pra Lorena que ri.

- Imagina se fosse né mona - dou um sorriso.

Ficamos lá conversando, até a hora da gente ir  embora, peguei o  número da Manu e volto pra casa. Tomo um banho e durmo pelada mesmo, tô cansadona.

A DAMA DO TRAFICANTE Onde histórias criam vida. Descubra agora