Capitulo 31

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Fábio Henrique 🍁

  Fico parado olhando o celular, ela não me responde, exagerei sim. Mas, ela tem que fazer o que eu quero, não o que ela quer. Mando um áudio, e ela fica on e sai, me levanto da minha mesa e vou para o bar onde ela trabalha.

- O seu Zé, cadê a Alicia? - pergunto arrumando o meu boné. Ele me olha e passa a mão na testa.

- Ela está de folga hoje filho, mas acredito que esteja na casa dela - ele diz e eu assinto.

- Valeu aí viu - ele balança a cabeça e volta a fazer o que tinha que fazer.

Pego minha moto e vou até a casa dela, Alicia está na frente do portão estendo roupa, ela me vê e para pra me encarar.

Desço da moto, fico parado olhando pra ela, que não embolsou nenhuma reação. Está séria, como nunca vi.

- Posso entrar pra gente resolver esse b.o? - pergunto

Ela revira os olhos, e abre o portão, sorrio me sentindo vitorioso. Ela não fala nada, só abre o portão, fecha e entra pra dentro da casa dela. Vou logo atrás, ela foi pra cozinha.

- Preta, vamos se resolver - digo olhando ela

- Não, isso não vai da certo - ela fala sem me olhar - você viu, as coisas que você me xingou? - ela diz

- Cara, eu bebi demais, e mandei sem pensar - digo, mas realmente, depois que saí da casa dela. Eu xinguei ela de tudo, mas não precisa exagerar não.

- esta pondo a culpa na bebida, sendo que bebida não tem nada a ver com o que somos de verdade - ela revira os olhos

- mano, vou ficar correndo atrás de você não - falo indiferente - quer ou não? - ela nega

- Não quero - ela fala me olhando encostada na pia

- Como assim não quer? - pergunto - sabe quantas querem o seu lugar? - pergunto pra ela

- Idai? Eu não sou elas e elas não são eu - ela fala firme - outra, não sou eu quem perde, não preciso de uma cara, que toda vez acontece alguma coisa já vem me xingando. - ela diz séria.

- Qual foi Alicia? - pergunto indignado, não sei o porque dessa indignação minha. - Você me quer sim! - falo já
nervoso.

- Não, eu não quero - ela diz - mesmo, que eu tenha gostado demais de ficar com você - ela fala olhando pra abaixo - eu não mereço algo instável - ela diz firme

- já está com outro? - pergunto - responde porra - grito

- Se eu tivesse, não é da sua conta, não temos nada! - ela fala me peitando

- Quem é o filho da puta? - pergunto - quem? - aperto seu rosto

- não tem ninguém, me solta - me empurra

- Se eu souber que você está com outro - ela me corta

- Não temos nada Fábio Henrique  - ela diz nervosa

- Temos, só acaba quando eu digo que acaba -  falo olhando bem na cara dela - já está dando para outro, só que uma coisa eu te digo - aponto o dedo no seu rosto - você é minha, minha - empurro seu rosto com o dedo.

- Bom, eu já disse, aceita se quiser. Não temos nada, não quero nada com você, achei que fosse possível tentar, mas você não é o que eu quero. Eu tô falando na boa, não existe outra pessoa, só estou deixando claro que eu vou seguir minha vida e não vai ser com você. É isso, sai da minha casa - falou

- Não, você me pertence - digo nervoso, não vou perder essa mina - minha, se eu souber que você está com outro, eu te mato - digo irritado

- Engraçado, você pode ter outras, não é de ninguém, não é isso que você fala - vou pra falar e ela não deixa - eu não quero isso pra mim, não foi isso que eu planejei, foi outra vida, Deus me livre ser mulher de bandido, não sei onde eu estava com a cabeça, quando cogitei ficar com uma pessoa como você - ela  sai de perto de mim e vai pra cozinha

- Você é uma vadia, quer foder com outros. Esta dando essa desculpinha, mas mulher de bandido uma vez, é sempre mulher de bandido - ela me encara

- Mulher de bandido? Uma merdinha como você? - viro a mão no seu rosto que faz ela cair com o impacto - sai, SAI AGORA - ela grita - agora que eu não te quero mesmo, seu bandido de merda - ela grita

- A partir de hoje, você é minha, queira você ou não - ele aperto seu rosto - entendeu? - pergunto

Solto seu rosto e vou embora, ela fica lá sentada no chão chorando. São todas iguais, mas essa nao vai sair da minha vida, igual a vadia da Carolina. Essa é minha e só sai morta da minha vida.


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