Carolina
Olho para o teto, pensando na merda que eu fiz. Merda não, até porque não me arrependo. Mas sei que custaria a minha vida, então preciso tirar o máximo possível dele.
Eu sei que ele está meio desconfiado, eu sinto isso, e sinto que tenho que sair o mais rápido possível daqui. Vejo Fábio chegar, me levanto e vou até ele correndo.
- Até que enfim, estava com saudades - ele me olha sem entender
- Ué, acabou de me ver - fala me descendo do seu colo.
- Idai? - olho pra ele, abraço ele bem forte e sinto seu aperto.
- Fiz lasanha amor - eu falo e ele abre um sorriso.
O plano precisa dar certo
- É mesmo? - assinto - vamos comer então gostosa - pega na minha mão e me puxa pra cozinha.
Ele vê a mesa toda montada e sorri pra mim, se senta e olha tudo. Sei que isso agradou ele, até porque eu não faço nada disso.
- Vou pegar a cerveja pra você - digo a ele que foi lavar a mão pra comer.
- Calma aí, vou no banheiro rapidinho - ele fala, vejo que a cerveja acabou e pego a coca.
Coloco em um colo e pego o comprimido e despejo no copo, passo a colher e me sento pra comer. Ele volta, se senta e põe o prato dele, começo a comer e fico queita.
Não pode dar errado
- Caraca, tá gostoso em. - ele diz e eu dou um sorriso
- Que bom que gostou vida - falo e pego na mão dele.
- cadê a cerveja? - ele me olha
- Acabou, amanhã você compra mais - ele assentiu - Toma coca mesmo - digo dando mais um garfada.
Comemos tranquilamente, Fábio toma o último golpe da coca do copo. Fico quieta vendo tudo aquilo, é com certeza o plano vai da certo.
Vou para o quarto e me deito na cama, logo ele chega vindo e ficando por cima do meu corpo. Ele me agarra, beija meu pescoço, ele ia cair no sono logo logo.
Ele se deita do meu lado e fica abraçado em mim, sinto sua respiração ficando leve e ali tenho a certeza que ele caiu no sono.
Espero mais uns minutos e ligo pra minha mãe.- Está pronta? - digo indo para o closet pegar minhas malas já prontas.
- Sim, estou indo aí - fala
- Já já troca os seguranças, vou ter que seduzir os outros dois trouxas. Preciso que a senhora esteja aqui pra me ajudar, vou pegar o dinheiro agora - falo pra ela
- Estou chegando - ela diz, escuto a batida do carro e desligo o celular
- Qual a senha dessa merda - penso comigo, olho para o cofre na linha frente, tento várias senhas, mais todas não vai.
Vejo a arma preferida dele, pego a mesma e vejo a numeração.
- Ele não colocaria uma senha não óbvia, será meu Deus? - disco a numeração da arma e o som de que abriu o cofre é um tanto alto.
- Caralho, consegui - olho o tanto de dinheiro que tem ali e dou um sorriso
Meus olhos brilham, são bolos de dinheiro. Isso me alegra pra caralho.
Pego uma pequena mala e coloco as notinhas lá. Não sei quanto eu peguei, mais vou conseguir viver muito bem com elas.
- Carolina? - minha mãe me chama
- Tô aqui - ela aparece e vê eu terminando de fechar a pequena mala com dinheiro.
- E agora? - pergunta pra mim
- Chama os dois trouxas pra dentro, vós levar as malas pra baixo. Eles dormindo, vamos cair fora daqui e ir pra bem longe.
- Ceará - ela diz - uma pequena cidade no interior. - ela fala e eu assinto
Descemos as malas e deixo encostada atrás da porta. Vou para fora e vejo os meninos já de plantão.
- Meninos, eu fiz bastante comida e o Fábio não quis jantar. Ele falou pra chamar vocês pra comer - digo
- chamou eles minha filha? - aparece atrás de mim.
- Estamos sem fome patroa - diz um moreninho
- Vem logo - puxo os dois bunda mole.
- Vamos ficar aqui fora mesmo patroa - o mesmo moreninho diz
- Trazemos a comida aqui então minha filha - minha mãe diz
- Vamos, então - digo olhando pra eles.
Pego a comida, coloco e faço os pratos. Pego dois copos de coca e coloco o calmante, minha mãe leva e eu fico esperando os dois babaca cair no sono.
[...]
Deixo eles caídos na porta, pego as malas, coloco no carro e me mando. Vejo Heitor na barreira falando com os meninos.
- Passa com tudo - falo
Minha mãe passa rápido e escuto um deles gritando mandando parar.
- mete o pé e vamos se mandar daqui. Heitor vai lá pra avisar - ela assentiu.
- Logo logo a bomba estoura - ela fala e eu dou um sorriso.
- O importante é que estamos ricas - ela ri.
Deu tudo certo, agora é só curtir e viver bem longe desse morro nojento. Desse povo nojento.
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A DAMA DO TRAFICANTE
Teen FictionEm meio de tantos problemas, eu conseguiria me manter de pé e feliz, mesmo sem a minha mãe, meu pai conseguiu suprir todo afeto e carinho que me faltava, sempre fomos nós dois, isso já me basta. Só que eu não imagina, que o verdadeiro problema est...