2 meses depois:
Acordo com uma preguiça tremenda, são exatamente seis horas da manhã. Me levanto, faço café e fico vendo a neblina ir embora.
Vejo os status de algumas pessoas, a preguiça reina, não vou dormir. Olho no grupo, uma das milhares discussões de Lorena com a nova patroa, depois que Fábio arrumou uma fiel ele mal olha na minha cara. Eu não me importo, agora o de agir assim eu não sei o porquê.
Lorena estava xingando a loira de vadia, dou risada, essa não perde a oportunidade de arranjar treta. Vejo a ligação da dona Marlene e atendo, fico conversando com ela durante um tempo e depois desligo.
Como não vamos abrir o bar hoje, vou voltar a dormir. Me jogo na minha cama e volto a dormir, acordo com a ligação da Lorena dizendo que está vindo pra cá.
Me levanto, vejo que são 10 horas, não sei pra que vir tão cedo, mais tudo bem. Hoje eu ia tirar o dia pra dormir, esta um friozinho, climinha perfeito.
[...]
- Eu não vou, frio doido desse e você querendo ir pra baile Lorena - ela me olha já arrumada
- Idai, vai beber logo logo esquenta - ela justifica.
- Vou nada, vou ficar na minha cama que é melhor - ela bufa
- Mano, uma horinha de baile e voltamos - ela me olha
- eu não quero me arrumar Lorena - ela olha - aquieta a bunda cara - ela olha feio pra mim
- Tô puta da vida com você, fala comigo não - ela se senta na cama.
- Olha lá vei, tá até chovendo! Não vou nem fodendo - eu digo olhando pra janela.
- Vou pegar uma roupa emprestada e tirar essa aqui - ela diz toda emburrada.
Fico deitada assistindo, olho um filme pra mim assistir até minha novela começar. Acho, vou atrás de pipoca, faço minha comida e volto pra sala com os dois copos de suco.
- Trouxe pra mim - assinto
Ela se deitada do meu lado e fica queita, sei que está brava comigo. Mas poxa, frio desse, sair é burrice. Vou ficar em casa que está quentinho, e não tem barulho e nem gente chata.
Lorena dormiu em casa, no outro dia acordei e fui trabalhar. Como sempre um dia corrido, no finalzinho do expediente chega gente querendo comprar da um ódio.
- Vamos minha filha, anda logo - a nova patroa fala pra mim
Eu vou no meu tempo, demoro de propósito. Eu em, essa mal educada, acha que pode fazer isso com os outros.
Fábio olha tudo atento, falta de respeito com os moradores- Uma sonsa mesmo, sabe fazer nada - ela diz me olhando
- Olha aqui o embuste, você olha como você fala com os outros, mal educada! Ninguém aqui é seu escrevo não fia, se liga, desce desse palco aí que a xuxa é outra, sua nojenta - disse nervosa
- Como que é? - ela se levanta e me encara
- Isso mesmo que você entendeu, tá achando que é o que? - pergunto
- A mulher do dono disso tudo aqui! - ela diz
- Ué gente, o dono pra mim era o seu Zé? - olho com deboche para o lado. Dona Marlene sorri pra mim - Não entendi, sabia que querer ficar com as coisas dos outros é crime, além de ganhar fama de olho gordo - digo olhando bem pra pra
- Sua vadia - ela me xinga - vagabundazinha, queria o meu lugar - ela diz entre os dentes
- Além de zoião, ela é iludida - olho bem na sua cara
- Fábio, faz alguma coisa - ele me olha e eu encaro ele com tédio.
- Carolina, para, senta aqui e fica quieta - ele diz
- Vai deixar ela falar assim comigo? - ela olha pra ele indignada.
- Você começou a briguinha besta - ele olha pra ela e bebe sua cerveja - vamos embora - ele se levanta e puxa ela.
- Sua vadia - ela me xinga
Dou um sorrisinho e volto para o balcão, dona Marlene vem até mim e me abraçar.
- O menina ridícula - ela diz
- O minha velha, nem todos são como essa criaturinha aqui - eles me abraçam e só assim podemos fechar o bar.
Chego em casa, vou direto para o banho. Coloco meu pijama, e procuro fazer algo pra comer, faço uma janta leve. Escuto me chamarem, quando saio vejo Fábio com um fuzil, ele me olha feio.
- Namoral, não bate de frente com a minha mulher não, você não é porra nenhuma. - olho bem pra ele
- Ela que veio cheia de coisa pra cima de mim, não vou aturar gente como ela dizendo e querendo ser melhor que eu. Sendo que não é porra nenhuma - eu digo já nervosa - Olha, sei que você é o dono, eu te respeito. Agora, quem tem que respeitar os outros é a tua mulher, eu estava no meu trabalho, nunca ninguém falou comigo daquela maneira. Não sei se você sabe, todos me tratam super bem, gostam de mim e os que não gostam me respeitar! Então por favor, não venha aqui arrumar briga comigo, no fundo você sabe que eu tô certa - digo pra ele.
- o papo dado, vocês tem que respeitar ela - ele diz
- eu respeito quem me respeita, caso contrário, eu sinto muito - eu falo - era só isso? - pergunto
- Sim... - ele ia falar alguma coisa
- Ótimo, uma boa noite a todos - eu falo e entro pra dentro de casa. Tranco a porta e volto para o meu jantar , era só o que me faltava, o cara vir aqui me amolar.
Janto assistindo novela, ligo pro meu pai converso com ele durante um tempo. O mesmo disse que o trabalho está fazendo ele ganhar dinheiro e que logo logo está aqui.
Olho algumas no meu celular, vejo uma foto da patroa do morro e passo reto, mulher arrogante na moral. Eu não sou a mulher mais legal do mundo, mais sou gente boa quando a pessoa me trata da mesma forma.
Se é doido, vou fazer 18 anos mês que vem, logo logo vou entrar na faculdade e mudar toda essa realidade da minha vida, vou dar orgulho pro meu pai.
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A DAMA DO TRAFICANTE
Roman pour AdolescentsEm meio de tantos problemas, eu conseguiria me manter de pé e feliz, mesmo sem a minha mãe, meu pai conseguiu suprir todo afeto e carinho que me faltava, sempre fomos nós dois, isso já me basta. Só que eu não imagina, que o verdadeiro problema est...