A DAMA DO TRAFICANTE

Capitulo 47

Fábio Henrique 🍁

Vejo ela entrando sem ao menos me olhar, e Caike me encara rindo. Fico observando o mesmo tirar onda de mim, e já começo a ficar nervoso

- Ta rindo de que, caralho? - olho pra ele

- Da sua cara - liga sua moto e sai com tudo.

- Filho da puta - saio com a moto e vou para boca, quando chego vejo Heitor sentando jogando dominó com os moleques.  - Tá faltando trampo nessa porra? - falo encarando eles.

- Ah menos, estamos descansando do almoço  - Heitor diz e coloca sua pedra na mesa.

- Bora, atividade porra! - falo  e os meninos levantam com tudo. Menos o cuzão do Heitor - nem horário de almoço é ainda.

- Chato pra caralho - ele diz e guarda as pedras.

- Vai se foder - digo e entro na minha sala

Entro na minha sala e começo a ver umas pendências que preciso resolver o mais rápido possível, Alicia é o que a minha mente está pensando no momento, a filha da puta não sai da minha cabeça.

Minha mulher está em casa e eu aqui pensando na outra, papo de gente sem futuro. Olho para a aliança que era dela, que eu joguei aqui na boca e por um momento, um negócio louco me atingiu. Como uma saudade, que vem só para lembrar a gente da pessoa.

- Chefe, o parceiro morte tá subindo - meu soldado avisa que Leandro está subindo.

Passa alguns minutos e meu parceiro entra com o cuzao do primo dele, Leandro já vem e me abraça, o Daniel me cumprimenta e se sentam na minha  frente

- Calor da porra - Leandro diz - cadê a rapaziada meu companheiro? - olho no meu relógio.

- Já já chegam, foram resolver umas coisas - digo - Caike vai chegar já já. - Leandro adora o Caike.

- Moleque do caraio - Leandro diz sorrindo.

- Conta as boas? Gostou do meu baile?- ele me olha

- Tava mec demais irmão, tem que fazer mais uns como esse - digo com sinceridade

- Irmão, minha noite terminou da melhor forma - ele diz e esfrega as mão, o primo cuzão ri

- Deixa a Manu descobrir - Daniel fala rindo - ela vai te moer do pau - acabo rindo e faço toque com o mesmo.

- Vai nada, se eu não tenho em casa  - me olha - eu procuro na rua, Manuela tá renegando a boceta, não sei porque - ele diz

- Se minha parceira não quer dar a frente, tá fodido pra conseguir atrás

- Olha, eu acho que quando ela der um chá nele, só vai ser um e ele vai logo ficar de quatro por ela - o mesmo me olha e Leandro encara ele.

- Eu sou de todas, ela que lute com as sócias. - diz e eu nego.

- ainda bem que eu tenho minha mulher - ele me encara

- Filho da puta aqui, só pega as bebezinhas  - Leandro falou com o irmão.

- Alicia é muito gata mesmo, com todo respeito irmão - me encarou sério. - Ontem eu realmente não sabia da caminhada.

- Foi só um lance - eu falo - por mim ela pode rodar o morro, quero só a minha loira. - digo isso e vejo um brilho no olhar do Daniel.

- Então tudo bem se o Dani chegar nela? - Leandro pergunta

- Por mim - falo incomodado

- não irmão, porque se você não quiser, tá ligado - ele diz e eu assenti.

- Ela tá livre, minha mulher já basta, vou me preocupar com qualquer vadia agora? - falo e Leandro nega

- Tu sabe que a mina é fechamento viado, não fala assim - ele diz e vejo que ele está certo. - Você que errou com ela e tá ligado que ela tem todo direito de ter um alguém, você deu uma coroa de chifre pra ela. - falou e eu neguei com a mente

- Bora fumar um pra acalmar  - digo, mudando de assunto e eles sorriem

Passamos duas horas lá, pedimos comida e ficamos jogando conversa fora. Caike entra com a cara de sono e se senta com a gente

- Tava onde? - pergunto

- Na Alicia, dormi no sofá dela - ele diz e Leandro ri

- Mó confortável né viado - Caike riu e assentiu - o dia que a gente foi comer lá, eu quase dormi também.

- Aquele sofá deve ser mó bom pra foder gosotisinho - Caike fala. - Vou pedir a casa dela emprestado pra levar uma novinha la - os dois dão risadas

E eu começo a lembrar das transas que tivemos lá, porra... era bom demais, ela toda apertadinha, gemendo meu nome, enquanto eu empurrava nela com força.

- Fábio caralho - Leandro me chama

- O que foi porra? - pergunto

- Tô falando contigo irmão - ele diz - o sofá é bom? - me olhou e Daniel riu

- As ideias dos caras  - acenou com a cabeça e me olhou.

- Vão cuidar da vida de vocês - olho feio e eles dão risadas

- Aquela mina é mil grau irmão, Dani tu precisa ver, ela cozinha pra caralho - fala com admiração

- Esse pau no cu aqui trocou a mina gostosa, cozinha bem pra porra e fechamento com ele. Por uma que não vale um real - Leandro concordava e eu só escutando  - não sabe fazer nada, nem fritar um ovo e ainda a por cima interesseira  - diz contando nós dedos

- É caso de família nessa porra, pra tá me expondo filhos da puta - os dois dão risada

- Percebi que ela era diferente, Leandro tá ligado que é difícil uma mulher chamar minha atenção  - fala

Não ia arrumar confusão com  Daniel, o cara é um dos chefe de uma quadrilha de assaltantes de banco, e muito considerado do meio dos malandros. Não é um Zé ninguém, esse cara tem poder nas mãos, até político considera ele.

- Isso é verdade, esse aqui gosta de selecionar  - Leandro diz

- Mano, minha amiga é foda, hoje ela fez uma feijoada maravilhosa  - Leandro escuta e já sorri.

Pega o celular dele e disca um número.

- Alô  -  a voz dela de sono soa em toda sala.

- Convida eu pra comer feijoada Alicinha - Leandro diz

- Caike contou né!? - ela ri - Vem, tem bastante ainda - ela diz - Trás a Lorena, ela vai descer já já - vejo o carinho que o Le tem por ela.

- Já é minha parceira, vou pegar a doida e tô chegando aí, marca 10 - ela desligou e ele me olhou. - meu parceiro, também junto, brota em casa mais em - falou e me abraçou

- Pode deixar - digo

- Valei por me receber ai, qualquer só bater um fio - Daniel me cumprimentou - Meu primo fala bem de você, pode vamos começar uma aliança, tá ligado, parceiro do meu primo, se for 10, cola na banca também  - disse e eu vi sinceridade da sua parte.

- tamo junto, encosta mais vezes, é muito bem vindo no meu morro  - falo e ele sorri.

Os três saem e eu fico observando tudo, Daniel vai investir nela, certamente! E isso já me incomoda, até porque ela se dizia ser minha, e se entregar pra outro é sacanagem.

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