Capitulo 34

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Meses depois

Termino minhas coisas e vou até a boca falar com o Fábio, subo o morro devagar. Vejo algumas pessoas me observando, porém, não ligo.
Encontro Lorena no meio do caminho, e sinto ela me encarar triste

- O que foi em? - pergunto

- Nada amiga, está indo aonde? - continua com a mesma cara.

- Na boca, falar com o Fábio. - acho estranho - o que foi, porque está me encarando assim? - ela me olha.

- Não amiga, não é nada. - ela diz - vamos comigo tomar um açaí? - sorri

- Vamos, mas antes vou falar com o Fábio. - digo e ela me impede - ue, vamos comigo então. - digo

- Depois você fala com ele, vamos!? - me chama de novo - eu pago. - ela pega na minha mão.

- Vamos comigo lá poxa, rapidinho. - digo

Depois de tanto insistir, ela aceita ir comigo. Subimos e a todo momento Lorena está quieta e pensativa.

- o que você tem? - pergunto novamente

- Eu vi uma pessoa que eu não gosto - ela diz

Vou andando e quanto mais perto da boca de fumo eu chego, um aperto no coração me dá.

- nossa, me deu um angústia agora. - falo e olho para a minha amiga.

- Vamos voltar, você não está se sentindo bem. - ela diz e tenta voltar.

- ei, calma, vem! Vamos falar com o Fábio e já voltamos. - sorrio. - Não deve ser nada.

Entro e vejo os vapores todos me olhando, passo por alguns e vou até a sala do meu namorado. Percebo que tem dois seguranças na porta, chego perto e eles se olham.

- Meninos, cadê o Fábio? - pergunto pra eles.

- Ele acabou de sair, foi resolver uma parada ali. - ele me encara

- Ah entendi, achei que ele estivesse aqui. - falo

- Não está patroa - eles me encaram.

- avisa ele que eu quero falar com ele. - digo

Viro minhas costas e vou até Lorena que ficou na entrada, encaro ela, e aparenta estar mais tranquila.

- Cadê? Já falou? - perguntou

- Ele não está - digo - Vamos tomar nosso açaí? - dou um sorriso.

- Vamooooos - ela me puxa e descemos sorrindo.

Chegamos no bar e pedimos nosso açaí, dona Marlene nos atende e me da um sorriso. Hoje estou de folga, não tem um dia que eu fique sem ver eles.

- Minha menina - ela beija minha testa - minha outra menina - beija Lorena.
Conversamos um pouco e pedimos nosso açaí, fico com Lorena e logo chega nosso açaí.

Começo a comer o meu e dou um sorriso, que logo morre ao ver Carolina andando com duas meninas.

- Aquela é a Carolina? - pergunto

- É - Lorena diz - voltou ontem. - ela fala e encara Carolina.

- Fábio já sabe disso? - pergunto

- Como certeza, tudo o que acontece aqui, chega no ouvido dele. - Lorena diz como se fosse óbvio.

- por isso ele estava esquisito ontem. - penso nele.

- Deve ser porque a Carolina só trás problemas amiga! - ela me encara, mas sinto que tem algo no ar.

- É deve ser mesmo - fico séria

•••

Começo a lavar a louça que eu sujei e espero por Fábio. Ele disse que iria dormir aqui em casa hoje, e até agora não voltou.

Não vou mentir, sinto que algo está acontecendo ou vai acontecer, porém, me recuso a aceitar isso. Espero que nada estrague o que construímos até aqui, ele vem se comportando bem.

Isso eu não posso mentir, depois daquela conversa que tivemos, ele melhorou muito. Então, eu confio nele de olhos fechados, porém, algo me fala que vai dar errado. E o meu medo é esse, insistir em algo que eu vou me machucar.

Termino de lavar as coisas e vou tomar um banho rápido, assim que término corro o banho e logo saio. Me sento no sofá, e fico esperando por ele.

Cochilo sentada e acordo no susto, olho as horas e marca 2 horas da madrugada, e ele ainda não chegou. Pego meu celular e nada, nenhuma mensagem ou ligação. Então, ligo para ele, mas logo vai na caixa postal.

- Esse cara está de caô para o meu lado - olho o whats

Ligo novamente e nada, então decido ir para minha cama dormir, verifico se está tudo trancado.

Arrumo minha cama e me deito pra descansar, já que vou trabalhar amanhã.

A DAMA DO TRAFICANTE Onde histórias criam vida. Descubra agora