Capitulo 33

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Fábio Henrique 🍁

- resolveu a parada das drogas novas? - Heitor assente - Caike já cobrou os caras, vamos faturar bem esse mês, se tudo sair como planejado.

- Final do mês tem a reunião da facção, vou levar a Lorena comigo - ele diz - vai levar a Aly? - ele me olha

- Não sei - digo

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou

- Brigamos, apenas isso - ele assente.

- Resolve carai - ele fala simples, se levanta e sai da sala.

Ela simplesmente não me responde, não me atende e os caras disseram que ela só vai trabalhar e ir pra casa, não saiu nem dos dias. Um certo arrependimento, fico pensando se vou lá ou não.

- Patrão, ela chegou aqui no trampo - uma dos meus soldados fala no rádio.

- Fica de olho - digo no rádio, pego minha carteira e as chaves da motos. Saio da boca e vou para o bar, tomar café. Quando chego, ela me olha e me ignora.
Dona Marlene vem atender, passo meu pedido e ela fica no caixa. Ela não me encara, mas vejo que está abatida. Depois que como, vou até o balcão pagar, ela não fala mais que o suficiente.

- Vou mais tarde na sua casa - digo  sério

Ela não fala nada, continua suas coisas e eu saio, me pergunto porque eu estou fazendo isso, sendo que não sinto nada por ela. A única que eu gostei, foi aquela loira caralho, e depois dela, me fechei para o romance.

Eu quero a Alicia, pra dizer que eu tenho alguém, sei que aquela loira sabe de alguma coisa aqui. Até porque, ela tinha as amigas dela e com certeza as mesmas contam a ela tudo o que está acontecendo.

E eu não vou ficar por baixo, aposto que se eu assumir a Alicia, ela volta, não que eu queira que ela volte. Mas, queria que ela visse o que ela perdeu.

Volto pra boca e termino de resolver minhas coisas, tudo na paz, ninguém quis invadir, drogas em dia. Então, estou tranquilo esses dias, os x9 disse que meu Morro não está na mira de ninguém. Estou bem com isso.

Só essa mina que anda me trazendo problemas, mas eu não vou admitir que ela saia da minha vida assim. Ela é maneira, mas eu não vou mudar por ela, olha só o que aconteceu, tentei ser um mano melhor pra uma vadia e ela me fodeu todo.

Mulher é um bicho, que nos deve respeito e estar do nosso lado em todo o momento. Amor não existe, não tem essa de amor, ele pode até existir para alguns, porém, pra mim não.

Termino minhas coisas e vou pra casa tomar um banho e comer. Relaxo por um momento, porque sinto que vou me estressar já já.

- Patrão, a mina chegou a casa - meu vapor fala pelo rádio.

- Beleza, valeu. Pode ir descansar. - falo.

Faço um lanche rápido e como, pego o meu carro e desço até a casa da Alicia. Buzino três vezes, logo ela sai e abre o portão. Entro e ela não fala nada, fecho o portão e entro na casa dela.

- Vai continuar assim? - pergunto tentando chegar perto dela.

- Já conversamos. - ela me olha - não sei porque você insiste. - ela me encara.

Vejo ela cortando os tomates e colocando em um prato, junto com cebola e alho.

- Não sei porque você insiste nisso, você é minha Alicia. - Falo encarando ela.

- Namoral, eu não te quero. - ela diz - entende? Não quero essa vida - ela me olha. E minha raiva me consome.

- É meu amor, só que pensasse antes de abrir as pernas pra mim, porque a partir daquele momento, você se tornou minha e já era. - falo encarando ela.

- Dei porque eu quis, sempre fui solteira. Você mesmo me falava isso. - engulo seco, porque eu realmente dizia que não tínhamos nada. - Então, agora você está se fazendo de besta. - ela me olha.
Deixa tudo na mesa e se levanta, coloca a água na panela e por no fogão.

- Você quer que eu te assuma? - pergunto - É isso? - ela me olha.

- Quero um relacionamento de verdade, é isso. - ela diz - uma pessoa fiel, você não vai me dar isso

- Como sabe? - pergunto

- Seu jeito, na sua cara da pra ver. Eu sinto que você vai foder minha vida. - ela me encara. - eu não quero isso. Por mais que eu goste de você. - ela fala séria e calma

- Eu posso provar ao contrário. - chego perto dela e ela se afasta. Agarro sua cintura e ela me olha séria

- Deixa? - passo a ponta do meu nariz por seu rosto. - Vai, me dá uma chance. - ela me encara. - vou mudar

- Não sei. - ela diz

- Vai amor, me dá um oportunidade? Só uma - ela me encara.

- Vamos com calma, ok? - ela me olha. - eu sou muito trouxa cara. - encaro ela. - uma única chance, ouviu? - Beijo ela devagar e ela retribui.

- Tudo bem, não vou desperdiçar. - sinto ela me abraçar e por um momento, fiquei feliz com o rumo da nossa conversa



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