Capitulo 38

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Dias depois

Depois do que ouve, Fábio só me deixou em paz uma semana. Depois disso, ele me atormentou, como me atormenta até hoje.

Isso é ridículo, porque ele escolheu me trair, ele fez isso, é mais que justo me deixar em paz e eu viver a minha vida. Estou pensando seriamente em alugar essa casa e ir embora.

- Menina, o Fábio está te chamando lá fora. - dona Marlene me chama.

- Cara chato meu - Beijo ela e saio da cozinha, depois de uns 15 minutos

- Demorou porque? - me olha sério.

- Porque eu quis - digo grossa  - você quer o que? - olho pra ele.

- Vai arrumar suas coisas e deixar tudo guardado - ele diz

- Coisas? Que coisas? - olho confusa

- Você vau morar em casa, comigo. - ele diz

- Não vou mesmo, Fábio a gente não tem mais nada. - digo indignada.

- Eu disse que dei um tempo, não que eu terminei. - ele diz dando um golpe na sua cerveja.

- Me deixa em paz - falo seria - não quero mais você! Entendeu? - Falo baixo

- Paz? - começa rir. - Pensasse antes de abrir as pernas pra mim.

- Se você me queres se tanto, não tinha me traído. - digo com a dor no coração

- Te trai, e não foi só com ela. Achou o que? Que era a única - ele diz e meus olhos se enche de agua. - eu sou de todas, já você minha princesa - se inclina aproximando de mim. - É minha. - Fala irritado 

- Pensa como você quiser, não tenho nada com você. - Digo convicta.

- Olha, o negócio é sério, se suas coisas não estiverem arrumadas. Vou arrastar você do mesmo jeito, e você sabe que eu não brinco. - diz e deixa o dinheiro no balcão.

Coloco o dinheiro no caixa e volto para cozinha, dona Marlene volta pra lá e eu fico terminando de fritar as coisas, maldita hora que eu me envolvi com esse cara!

Termino o expediente e ajudo a fechar o bar,e despeço dos meus dois amores e vou andando pra casa. Devagar, porque algo me diz que ele vai estar lá, quando estou chegando,ele sai do carro e vem na minha direção.

- Demorou, em? - me puxa pelo braço, seu nariz está sujo de pó, então coisa boa não vai dar.

- Não tive pressa pra vir, me larga. - falo

- Estava fodendo com outro vadia? - Ele aperta mais meu braço.

- Não, eu estava andando devagar! - digo séria - olha, me deixa namoral. Vai pra sua casa e me deixa quieta. - falo e puxo meu braço.

- Você é uma vadia, estava dando pra outro nesses becos. Eu vou descobrir Alicia,  e vou matar vocês dois - ele grita.

- Vadia? - ele me olha - Vadia é a cachorra da Carolina. - não dá tempo de  reagir, sinto o choque contra o meu rosto.

- Não fala assim dela - puxa meu cabelo com força. - Entra nessa porra, anda - tira a arma e encosta na minha cabeça.

Abro o portão, e ele entra comigo. Assim que estamos dentro de casa, ele me dá um empurrão.

- Arruma suas coisas, vamos embora logo. - ele fala nervoso.

- Eu não vou, já te falei isso - falo séria - Não vou - me sento no sofá e coloco as mãos na minha cabeça.

- Você não vai? - pergunta pra mim - certeza? - assinto.

- Você vai sim, você vai porque eu estou mandando. - ele diz e vem na minha direção. - Você é minha, MINHA - gritou

- Fui sua, até você me trair. Eu NAO SOU SUA, ME DEIXA EM PAZ. - Grito.

Ele começa a me bater, eu me defendo óbvio, mas ele é mais forte e isso é uma vantagem. Sinto a sequência de socos e choque do meu corpo no chão.

- Olha aqui sua vagabunda, você vai aprender a me respeitar. Não sou esses filhos da puta que te comeu não.  -  ele grita.

Ele sai de perto de mim e vai pra algum canto da casa, me levanto devagar e morrendo de dor. Me sento no sofá  e vejo minha blusa cheia de sangue, toma coragem, respiro e vou para o banheiro.

Assim que me olho no espelho,  vejo meu rosto machucado, nariz sagrando. Choro por ver essa situação, pela dor emocional e física.

Escuto a porta bater, e respiro fundo. Vou andando devagar, e vou até lá fora.  Fábio foi embora, tranco meu portão e a porta de casa.

Vou tomar um banho e descansar, me permito chorar tudo e sozinha. Assim que saio do banho, coloco uma roupa leve e me deito pra dormir.

Me sentindo a pior pessoa do mundo!




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